Se em 2017 o EP homónimo
funcionou mais com uma demo para dar a conhecer o nome
Nightshadow, quatro anos depois as coisas mudam claramente de figura. Três
temas (dos cinco que o EP continha) foram recuperados e juntaram-se a outros
sete naquilo que é o álbum de estreia dos californianos. E se gostam de power
metal europeu com toques da aspereza dada pela escola americana, então, este
álbum é para vocês. Nick Harrington, guitarrista e membro fundador, foi quem
nos respondeu desde San Diego.
Viva Nick! Parabéns
pela vossa estreia e obrigado pela disponibilidade. Antes de mais, importas-te de
apresentar a banda aos metalheads portugueses?
Muito obrigado! Somos os Nightshadow, uma banda independente de power
metal de San Diego, Califórnia. Somos formados pelo vocalista Brian Dell, os guitarristas Nick Harrington e Danny Fang, o baixista Chris Bader e o baterista Sean Woodman.
Nightshadow é um novo e
empolgante projeto. Podes contar-nos como a vossa viagem como banda começou?
Nightshadow foi originalmente iniciado por mim em 2012,
quando ainda estava na faculdade. No entanto, estar na escola complicou as
coisas e o projeto não saiu do papel até 2015, depois de me ter mudado para San
Diego. O ano e meio seguinte foi gasto apenas a tentar encontrar membros
estáveis para completar a formação. Esta estabilizou finalmente no início de
2016 e fizemos o nosso primeiro espetáculo em julho desse ano.
De que forma Strike Them
Dead mostra a vossa evolução como banda desde o EP homónimo?
No que nos diz respeito, o EP homónimo foi, na
verdade, mais uma demo para distribuir às pessoas e espalhar a palavra. Strike
Them Dead foi como nós tentamos o nosso melhor para lançar um álbum de boa
qualidade. Fizemos um nome para nós mesmos em San Diego com os nossos espetáculos
ao vivo, e queríamos capturar essa energia e colocá-la num álbum matador para
as pessoas. Em termos de música, não há uma grande mudança. Regravamos 3
músicas do EP para o álbum. A principal evolução foi apenas a qualidade do
produto final.
Que outras experiências tiveram
antes de Nightshadow?
Antes de Nightshadow, a única pessoa que teve experiência real numa
banda era Chris. Ele tinha tocado em algumas bandas no início dos anos 2000.
Sean já tocou em algumas bandas antes de Nightshadow, mas Brian e eu não tínhamos nenhuma experiência
numa banda e Danny tinha muito pouca, se alguma.
Que nomes ou movimentos citarias
como as vossas principais influências?
As nossas principais influências são Stratovarius, Hammerfall, Helloween, King Diamond,
Symphony X, Manowar, Judas Priest, etc. Embora sejamos principalmente uma banda de power metal, também
incorporamos algumas influências de thrash e death metal melódico.
O baterista Sean Woodman não
esteve no vosso primeiro EP, em 2017. Desde quando ele está a bordo?
Sean juntou-se a nós em dezembro daquele ano. O
EP saiu em abril e o nosso baterista na época, Nick Mafi, deixou a banda em setembro.
Como definirias Strike Them
Dead para os leitores que não vos conhecem?
É direto, sem barreiras, de power metal in
your face. Se são fãs de bandas como Helloween e Gamma Ray, irão gostar. Definitivamente, somos influenciados pelo power metal
europeu, mas também temos aquele toque americano áspero.
Como foram as sessões de
escrita e gravação? Correu tudo como planeado?
As sessões de escrita foram bem lentas (risos).
Não somos os mais eficientes quando se trata de escrever. É definitivamente
algo que precisamos trabalhar. A gravação correu muito bem. Gravamos a bateria
e a voz em estúdio e gravamos as guitarras e o baixo em casa. As guitarras
demoraram mais do que o esperado, mas queríamos ter certeza de que estavam tão
perfeitas quanto possível. Depois surgiu a pandemia e tivemos que esperar 4
meses para gravar os vocais porque o estúdio estava fechado. Aí as coisas não saíram
como planeado, mas no final tudo deu certo.
Já tiveram a oportunidade de
gravar algum vídeo para este álbum?
Infelizmente não. Só conseguimos fazer um lyric
video da música Ripper. Com a pandemia em alta, tantos lugares a fechar
as portas e as pessoas a manter distância umas das outras, não conseguimos
reunir-nos para fazer um videoclipe de verdade.
Mais uma vez, obrigado Nick. Foi
uma honra fazer esta entrevista. Gostarias de deixar alguma mensagem para os
vossos fãs ou acrescentar algo mais a esta entrevista?
Obrigado pelo teu tempo! E obrigado a todos que
conseguiram o álbum e nos apoiaram! Temos CDs e t-shirts disponíveis na nossa
página do Bandcamp para quem quiser.
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