Damn Sessions (DAMN SESSIONS)
(2021, Raging
Planet)
[Lançamento: 28/junho/2021]
(...) The
blues as a life style, the rock ‘n’ roll as a lifestyle ouve-se a abrir Pure
Malt. E esta frase bem pode simbolizar toda
a filosofia inerente aos Damn Sessions, quarteto que se estreia de forma
genial com o seu trabalho homónimo. E se ao órgão subtil de My Name Is...
se contrapõe o baixo denso (a lembrar Motörhead), os tons graves e a
distorção suja, isto só vem provar que para os Damn Sessions o cuidado
nos pormenores estará sempre, como se perceberá no desenvolvimento do disco, em
primeiro lugar. Um disco todo ele com uma certa áurea de fora-da-lei, não só
pela forma como foge aos estereótipos da composição da música atual, mas também
pela forma como busca inspiração nas criações fora da caixa de Leonard
Cohen ou Bob Wayne. Foi com Pure Malte que começamos, este
que é uma das canções com maior destaque melódico. Porque também é de linhas
melódicas assombrosas que se fala em Damn Sessions. Negras,
melancólicas, mas genuinamente tocantes e envolventes. Por outro lado, Mind
Your Step, com batidas ritmadas de percussão leva-nos para os coros de
escravos nos campos de algodão do sul dos EUA. Depois também há momentos,
guardados lá mais para o final, onde a distorção se acentua, os temas se
desenvolvem em crescimento e até a se nota a inclusão de ritmos mais maquinais.
É o que acontece em Super Raga. Ou em Promise com alguma dose de
experimentalismo. Ainda antes, Djisas liderado por um enorme baixo traz
adicionado batidas de um jazz e pormenores deliciosos de uma guitarra
capaz de desenhar verdadeiras obras-primas. Mas também Laura, escolha
para primeiro vídeo, é outro momento de uma rara beleza, carregada de técnica e
enriquecida pelo spoken word em francês. E falta falar de um pormenor
que não é muito abordado em música: os silêncios. Este álbum tens alguns desses
momentos que se mostram geniais porque nem é preciso ninguém tocar para
transpirar uma enorme musicalidade. Mais uma prova da genialidade e talento deste
quarteto, que sob o denominador do álcool, de bares decadentes e de sonoridades
sulistas, apresenta uma coleção de 11 canções que carregam uma forte componente
boémia, romântica e explosiva. [94%]
Highlights
Mind Your
Step, Djisas, My Name Is..., Pure Malt, Laura
1.
My Name Is...
2.
Comeback
3.
Pure Malt
4.
Mind Your Step
5.
Djisas
6.
Laura
7.
Immortals
8.
Super Raga
9.
Promise
10. Moan
11. Farwell My Darling
Line-up
Rogério Xavier – guitarras
Pedro Pereira – vocais
Rui Rodrigues – baixo
Marco Diogo – bateria
Convidados
Fred Gracias – instrumentista
Vicente Santos – teclados
Ben Solheim – fiddle, slide guitar
Bruno Arruda – vocais
Pedro Coelho –
guitarras
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