Love 2 Be Hated (SOCIAL DISORDER)
(2021, AFM
Records)
[Lançamento: 18/junho/2021]
Anders Rönnblom teve passagens pouco significativas por
bandas como Dark Tyrants, Desert Rain, Firewind e Romance
e, atualmente, é músico dos Killer Bee. E Social Disorder? Bom
este é o seu projeto. Ultrapassados os problemas associado à
bebida, entregou-se de corpo e alma à música – a sua resposta e terapia. Este
projeto nasceu já este ano e o primeiro disco não tardou – Love 2 Be Hated.
Um disco onde o sueco assume todos os instrumentos acompanhado pelo sensacional
vocalista Thomas Nordin e por uma lista de convidados de peso nas
carreiras e com peso no resultado final. E, comece-se logo por dizer, que Love
2 Be Hated é um disco fantástico! A base é um hard rock assente no
passado (às vezes surgem imagens sonoras de Rainbow ou de Whitesnake),
com espetaculares e subtis apontamentos de órgão a enfatizar essa mesma
tendência. Mas que aqui surge muito bem adornado por uma produção moderna, clara
e poderosa. Rönnblom gosta de ir baralhando e consegue fazer isso de uma forma
que o álbum acaba por nunca perder nem o seu sentido de equilíbrio, nem de
coesão, nem capacidade de surpreender. E é logo ao segundo tema, Dreaming,
que as variações começam, numa abordagem muito mais próxima de um power
metal melódico, sendo que algumas referências a um heavy metal
também são notórias no tema-título. Já, Down On My Knees, um dos temas
mais fortes, envereda por um sentimento blues onde se destacam coros de
matriz gospel. Aliás, este final de disco é, ao nível da referida
diversidade o melhor exemplo. Senão repare-se: já falámos de Down On My
Knees, Out Of Love traz o colorido sulista com a inclusão de uma slide
guitar, The One é uma magnifica balada e Wings Of Serenity um
instrumental de classe. Compostos os temas (todos por o próprio Rönnblom, com
ajudas pontuais), os convidados apenas ajudaram a engrandecer ainda mais o que
já estava bem feito desde o seu início. São convidados que ajudam a elevar o
nível das canções, mas que nada fariam, se estas não carregassem já um pedigree
de nível elevado. Em resumo, bem se pode dizer que, de facto, Anders
Rönnblom exorcizou os seus demónios com a música. Mas com uma música de tal
modo intensa e arrebatadora que, quase de certeza, poderá levar outros (os
ouvintes) a seguirem o mesmo caminho de redenção e exorcizarem os seus próprios
fantasmas. [95%]
Highlights
Windy Road,
Dreaming, Raise A Glass, Down On My Knees, Wings Of Serenity
1.
Windy Road
2.
Dreaming
3.
Scars
4.
Love 2 Be Hated
5.
Raise A Glass
6.
Sail Away
7.
Down On My Knees
8.
Out Of Love
9.
The One
10. Wings Of Serenity
Anders Rönnblom – guitarras, baixo, piano
Thomas Nordin – vocais
Tracii Guns, Jeff Duncan, Johan Niskanen – guitarras
Shawn Duncan, Snowy Shaw, Kenta
Karlbom – bateria
Rudy Sarzo – baixo
Dave Stone, Leif Ehlin, Thomas
Widmark – teclados
Fredrik Tjerneld – guitarra solo
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