Entrevista: Crimson Fire

 


Cinco anos depois de Fireborn (segundo álbum da sua carreira), com muitas mudanças pelo meio (editora, line-up, passagem a quinteto, inclusão de breves teclados) os gregos Crimson Fire regressam com mais uma obra-prima que os leva, verdadeiramente, para uma nova dimensão dentro do heavy metal tradicional. Another Dimension é o seu nome e foi o mote para mais uma conversa com o coletivo de Attica.

 

Olá, pessoal, obrigado pela disponibilidade e parabéns pelo novo álbum. Another Dimension já está cá fora, portanto, como têm sido as reações até agora?

Obrigado, Daniel, por nos receberes aqui na Via Nocturna! Até agora, temos recebido boas reações de todo o mundo. Passou-se um mês após o lançamento de Another Dimension e geralmente todos parecem concordar que este álbum é o nosso melhor esforço até agora.

 

Um lançamento que surge cinco anos após o vosso último lançamento, Fireborn, e este já tinha sido lançado seis anos após a vossa estreia. Por que demoram tanto tempo entre lançamentos?

Existem muitas razões. Em primeiro lugar, gostamos muito de tocar os nossos álbuns ao vivo. Quando sentirmos que já tivemos espectáculos suficientes é que começaremos outro álbum. Também demora algum tempo para um álbum ser composto, gravado, mistura e masterizado. Obviamente, houve mudanças na formação que não tornaram o processo mais fácil e, em relação ao nosso último lançamento, também tivemos que lidar com as restrições da COVID.

 

Precisamente, entre o último álbum e este, muita coisa mudou na vossa formação. O que aconteceu?

Para nós, isso faz parte de tocar música. Às vezes, os músicos não concordam com as decisões que a banda precisa tomar para se aproximar de seus objetivos e não querem fazer parte da banda. Nos Crimson Fire todos os membros da banda são iguais, portanto respeitamos a sua opinião, não houve amargura entre nós e continuamos amigos. Claro, o núcleo da banda (John e Stelios) não mudou desde o início. Com a nova formação sentimos que estamos mais sólidos do que nunca e mal podemos esperar para começar a estrada!

 

Os novos membros tiveram a oportunidade de participar nas sessões de composição deste novo álbum?

Sim, claro. Dinos Ganitis esteve sempre lá e até contribuiu com músicas e ideias. Ele e Stelios trabalharam de perto em todos os aspetos do álbum. Andy Vlachogiannis também gravou a bateria de Another Dimension. Em suma, a sua contribuição foi importante.

 

Como definirias Another Dimension para os leitores que ainda não conhece este álbum incrível?

É um álbum divertido que os levará de volta aos anos 80 num instante. Fechem os olhos e deixem-se viajar para... Outra Dimensão. Se gostam de Iron Maiden, Def Leppard, Europe, Judas Priest e outros, têm que ouvir o álbum!

 

No artwork de Another Dimension podemos ver a mesma águia que vimos na capa de Fireborn. É a vossa mascote? Se sim, por que não surge no vosso álbum de estreia, Metal Is Back?

Bem, Fireborn teve a ver com o reinventar e o renascimento musical que vem com cada álbum. Portanto, a melhor forma de expressar essa ideia foi por meio da imagem da Fénix que renasce das suas cinzas. Gostamos tanto da Fénix que decidimos mantê-la para Another Dimension também, quase como uma mascote. Neste álbum, porém, a Fénix da capa é criada pelo lendário Andreas Marschall!

 

Podemos dizer que Fireborn e Another Dimension estão liricamente conectados?

De certa forma, todos os nossos álbuns estão conectados, já que temos temas comuns nas nossas letras, mas Fireborn não é a sequência lírica de Another Dimension.

 

E musicalmente? Este álbum é um avanço em comparação com os vossos álbuns anteriores?

Certamente. Escolhemos o título Another Dimension para representar uma mudança de estilo, um passo à frente no nosso som. Queríamos fazer algo diferente dos álbuns anteriores, por isso decidimos adicionar teclados de fundo às músicas para dar uma atmosfera mais "espacial" e muitas camadas de guitarras.

 

Já têm algo planeado para apresentar seu álbum ao vivo?

Estamos a planear uma apresentação ao vivo do álbum em dezembro ou janeiro. Se as condições do COVID permitirem, certamente que o faremos! Ainda estamos em negociações para este espectáculo e não podemos dizer mais nada por enquanto.

 

Só para terminar, não teremos que esperar mais cinco anos pelo próximo álbum, pois não (risos)?

Eu não sei (risos)! Não, podemos dizer com segurança que já compusemos uma série de faixas que são mais do que suficientes para outro álbum. Esperamos poder gravar em breve e avançar para um novo lançamento mais uma vez.

 

Obrigado, pessoal. Querem enviar alguma mensagem para os vossos fãs portugueses?

Obrigado, Daniel! Adoramos-vos a todos e mal podemos esperar para vos conhecer na estrada! Visitem as nossas páginas nas redes sociais e deixem-nos os vossos comentários ou enviem-nos as vossas mensagens.



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