Sami e Sakke são dois finlandeses com a ideia de criar um
projeto de soft
rock. A ideia foi crescendo e, atualmente, já têm um álbum lançado, homónimo
e via The Sign Records e já alargaram a banda a outros músicos. A inspiração de
nomes como Thin Lizzy, ZZTop ou The Allman Brothes Band está toda lá e
reflete-se num disco cheio de boogie woogie! Do duo, foi com Sami que
falamos a respeito deste projeto e deste álbum.
Olá, Sami, parabéns pela estreia e obrigado pela
disponibilidade. Primeiramente, podes apresentar a banda aos rockers portugueses?
Olá e
obrigado por nos contactares! Somos os Velvets, uma banda clássica de rock and roll de Helsínquia,
Finlândia. Começamos a banda como uma dupla formada por Sakke e eu, Sami,
em janeiro de 2021, quando tínhamos algum tempo livre nas nossas mãos e
queríamos tentar uma abordagem mais suave do rock'n'roll. O nosso primeiro álbum autointitulado foi lançado no dia 24 de
setembro.
Podes dizer-nos que nomes ou movimentos mais vos influenciaram?
Quando
começamos a banda, Moon Martin estava em alta rotação para nós dois. A sua
música realmente inspirou-nos a fazer algumas canções de amor e a ter uma
abordagem diferente para o rock'n'roll. Outros que nos inspiraram são os Hurriganes, The Allman
Brothers, ZZ Top, Canned Heat, Funkadelic, Thin
Lizzy e Grand Funk Railroad, para citar alguns.
Como surgiu o vosso nome e o que significa?
Velvets parecia ser o nome certo para a banda. Acho que dá uma boa ideia sobre
a nossa música e o que ela poderia ser; algo suave e algo elegante. Claro que
tínhamos muitas ideias diferentes para o nome, mas Velvets foi o que
imediatamente nos pareceu “é isso”.
Podes contar-nos como começou esta viagem enquanto banda
e com que objetivos?
Conheci o
Sakke em 2017, quando a nossa outra banda Rokets começou. Desde então temos
feito músicas juntos e, desta vez, queríamos fazer algo diferente e tentar uma
abordagem diferente. Perguntei a Sakke se ele queria fazer comigo algumas
canções de rock suave e algumas canções de amor e, felizmente, ele gostou. A ideia era
começar com um álbum e depois ver o futuro. Agora estamos prestes a começar a
ensaiar ativamente como uma banda e a escrever novo material, portanto, este é
apenas o começo de nossa jornada.
Como definirias Velvets para os leitores que não vos
conhecem?
Velvets é uma banda de rock'n'roll. Nós experimentamos os diferentes tipos de estilos e agarramos nas músicas
que gostamos e foi assim que o primeiro álbum surgiu. Queríamos criar algo
doce, rock e
tudo mais. Talvez pudesses chamá-lo de soft-hard-rock? Nós adicionamos alguns elementos de blues, schlager e funk para obter uma boa mistura de tudo que boogies e woogies.
Honey
foi o primeiro single/vídeo. Acham que é representativo do
álbum?
Honey foi a primeira música que fizemos como Velvets e também queríamos
que fosse a primeira prova da banda para o público. Foi aí que começamos, portanto
diria que representa muito bem a nossa música. É uma música de rock clássico que
conta uma história identificável. Para mim também é uma música de verão, por
isso julho foi a época perfeita para o lançar.
Como decorreram as sessões de escrita e gravação? Tudo
como planeado?
Tudo correu
tão bem quanto possível. Gravamos a bateria do álbum na cabana de Sakke em
abril. O resto dos instrumentos e vocais foram gravados depois disso no nosso
local de ensaio em Helsínquia. As sessões de gravação duraram cerca de uma
semana no total. Emil, o baterista dos Velvets, e Marco, o baixista,
ajudaram a clicar em “gravar”, proporcionando-nos comida, bebida, diversão e
bons momentos. Em suma, foi um projeto super divertido de fazer.
Os Velvets são uma dupla. O álbum foi feito apenas por
vocês dois ou tiveram alguma ajuda extra?
Sakke fez
quase todo o trabalho. Escreveu todas as músicas, tocou todos os instrumentos,
cantou os backing vocals, gravou o álbum e tratou da mistura. Matias Ahonen na Audiamond
fez a masterização. Eu escrevi as letras e fiz os vocais. As fotos da capa do
álbum foram tiradas pelo baixista dos Velvets, Marco Menestrina.
O logo da banda foi desenhado pelo nosso amigo JP Saari e o layout foi
desenhado por Ardo Kivi no Thee Sencedio. Estou muito feliz com o
resultado e grato por todas as pessoas que nos ajudaram a começar!
Portanto, tendo começado como um duo já alargaram a
banda, pelo que percebo...
Com certeza.
A ideia era formar a banda e fazer o primeiro álbum em dupla, pois sabíamos que
seria uma forma rápida e eficiente de fazer isso. No entanto, nós dois gostamos
de tocar ao vivo, portanto reunir uma banda também era o propósito original deste
projeto. A banda agora está completa com um baixista, um baterista e um
teclista e mal podemos esperar para colocar essa banda de boogie woogie no palco e
na estrada!
Sendo este um lançamento pela The Sign Records, de que
forma surgiu essa ligação?
Procurei Kaj da
Sign Records em março, quando terminamos as versões demo das músicas
do álbum. Já havíamos entrado em contacto anteriormente a respeito de outro
projeto e queria saber a opinião dele sobre os Velvets, já que acabamos
de começar e não tínhamos muitos pensamentos sobre a nossa música além dos
nossos. Ele pareceu gostar realmente e não poderíamos estar mais felizes com a
editora que escolhemos! Todas as pessoas da Sign têm sido super prestativas e
nós agradecemos. Bons tempos pela frente!
Sendo uma banda jovem com uma estreia fantástica, até onde
acham que podem ir? Que objetivos têm para o futuro?
Por enquanto,
queremos apenas divulgar a música e poder tocá-la na frente de um público ao
vivo em circunstâncias normais. O mundo parece estar-se a abrir de novo aos
poucos, por isso iremos com certeza fazer alguns espetáculos quando for a hora
certa para isso. Primeiro na Finlândia e depois fora. Uma tournée europeia é
definitivamente algo que estamos a planear fazer, portanto vemo-nos nos espetáculos
mais cedo ou mais tarde!
Obrigado, Sami, mais uma vez, foi uma honra fazer esta
entrevista. Queres deixar alguma mensagem para os vossos fãs ou acrescentar
algo mais?
Muito
obrigado pela entrevista, foi um prazer. Ouçam a nossa estreia e não se esqueçam
do rock'n'roll!
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