Review: Let Me Be A Ghost (KRISTOFFER GILDENLÖW)


 Let Me Be A Ghost (KRISTOFFER GILDENLÖW)

(2021, New Joke Music)

[Lançamento: 03/setembro/2021]

 

Em meados do ano passado Homebound mostrava um Kristoffer Gildelöw intimista e introspetivo, na altura anunciado como antecessor de um álbum a lançar no final de 2020, Empty, que acabaria por não surgir. Mais tempo se passou e surge, então, mais uma obra-prima: Let Me Be A Ghost. E de uma forma sub-reptícia, o músico vai criando melodias verdadeiramente encantadas, algumas delas... de outro mundo! São doze temas onde constam três partes do tema título, sendo que o objetivo é, de forma espaçada, regressar à melodia principal do disco. Nos espaços que existem entre esses momentos centrais, Kristoffer Gildenlöw joga, de forma absolutamente perfeita, com as emoções, as paragens, os silêncios, as acelerações e as explosões. As bases musicais dividem-se entre guitarras acústicas, texturas de piano e o recurso a sintetizadores. A espaços surge a guitarra elétrica a criar as tais explosões ou solos de enorme beleza. E depois, não há como esquecer momentos que prometem ficar para a história: os jogos vocais em The Wind, as cordas dispersas por diversas canções, as melodias e os vocais graves a lembrar Leonard Cohen em Blame It All On Me ou a magistral componente flamenca de Don’t, com as palmas a acompanhar um solo de guitarra ao melhor nível de Al Di Meola ou Paco de Lucia. Calmo, atmosférico, profundo e de uma beleza ímpar, Let Me Be A Ghost atinge os níveis que nomes históricos como Pink Floyd e Roger Waters também atingiram nos seus álbuns, o que, portanto, também faz deste trabalho um registo essencial em qualquer discografia. [93%]

 

Highlights

Fade Away, Don’t, Lean On Me, Let Me Be A Ghost pt. II, Still Enough, Where I Ought To Be

 

Tracklist

1.      Let Me Be A Ghost pt. I

2.      The Wind

3.      Blame It All On Me

4.      Falling, Floating, Sinking

5.      Fleeting Thought

6.      Fade Away

7.      Don’t

8.      Lean On Me

9.      Let Me Be A Ghost pt. II

10.  Still Enough

11.  Where I Ought To Be

12.  Let Me Be A Ghost pt. III

 

Line-up

Kristoffer Gildenlöw – vocais, guitarras, baixo, teclados

Joris Lindner – bateria em Drums On The Wind, Falling, Floating, Sinking, Fleeting Thought, Lean On Me, Still Enough and Where I Ought To Be; hammond em The Wind

Dirk Bruinenberg – bateria em Let Me Be A Ghost pt. III

Erna auf der Haar – vocais em Lean On Me

Ronja Gildenlöw – vocais em The Wind

Marcel Singor – guitarra solo em Fleeting Thought

 

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Edição

New Joke Music

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