Misantropo (MURRO)
(2021, Raging Planet
Records)
[Lançamento: 22/outubro/2021]
Não deixa dúvidas que um
nome como Murro trará consigo música para agredir. E, de facto, em Misantropo
isso acontece. O quarteto assina um trabalho curto que se demarca dos cenários
atuais por conseguir introduzir toda aquela causticidade das histórias cantadas
e narradas que nos remetem para os seminais Mão Morta. A este aspeto
juntam uma atitude completamente desprovida de regras, o que só pode vir do punk.
O panorama fica completo afinações muito graves e sujas que poderia estar num
disco de stoner. Os riffs são densos e, muitas vezes, cheiram a
industrial – o que se torna bem notório num tema como Fábrica. Mas, aqui
e ali, os ritmos colam-se aos Motorhead e até há passagens a roçar o death
metal e o grind. E como conseguem os Murro sobreviver nesta
panóplia de influências? Pois, aparentemente muito bem, estando-se
perfeitamente nas tintas para os rótulos, seguindo o caminho que lhes apetece e
juntando às canções aquilo que gostam. E só esta autenticidade vale a pena.
Sempre em português, Misantropo vai de murro em murro até desfazer a
face do ouvinte. Que, certamente, não se preocupará muito com isso e até irá
procurar levar mais algum Murro. [80%]
Highlights
Consequente, Fábrica,
Pá Modi Bó, Estrábico
2.
Consequente
3.
Auto Flésh
4.
Silvestre
5.
Galinhas
6.
Homem do Talho
7.
Fábrica
Line-up
Hugo Cão – vocais
Macaco Rápido – guitarras
Valter Costa – baixo
Tiago Cê – bateria
Internet
Edição
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