Missin’ Pieces (MINDLESS)
(2021, Pure Steel
Records)
Em
1989, os suecos Mindless Steel mudaram a sua orientação musical,
deixando o seu classic heavy metal/NWOBHM, e enveredando por uma linha
mais leve e melódica, mais próxima dos Def Leppard e Europe. Por
via disso, a capa do álbum Missin’ Pieces apareceu apenas com o nome Mindless.
Sendo a mesma banda, o objetivo era vincar que o estilo tinha mudado. Embora
isso não signifique que tenha piorado. Porque, de facto, dentro deste conjunto
de temas muito mais radio friendly, com maior destaque dado aos teclados
e de elevada sensibilidade melódica, havia muita qualidade. Originalmente
lançado pela Delta Recording, surge agora a sua reedição pela Pure
Steel Records, na sequência de outros relançamentos levados a cabo pela
editora germânica depois da assinatura com a banda. Esta edição vem adicionada
de 5 temas que estavam presentes na demo de 1986, que nada acrescentam
porque estão todos no alinhamento original do álbum. [85%]
Runnin’ For Life (WHITE HEAT)
(2021, Karthago
records)
Depois
de White Heat e Krakatoa, chega a vez de Runnin’ For Life,
o terceiro e último trabalho lançado pela banda belga White Heat. Runnin’
For Life foi originalmente lançado pela 21 Records, em 1985 e a sua
reedição faz parte do catálogo Heavy Metal Classics que a Karthago
Records tem promovido. Voltam a estar presentes os vocais ásperos e as
guitarras poderosas, num equilíbrio entre o hard rock dos AC/DC
ou ZZ Top e o metal de uns Accept. À semelhança do que
acontecia nos anteriores álbuns, também para esta reedição, a banda regravou, 4
dos temas presentes no álbum e que assim completam esta proposta. [82%]
Accelerator (FAITH AND FIRE)
(2021,
High Roller Records)
Os
Faith And Fire foram um projeto criado por Tony Moore e Mike
Flyntz, ambos dos lendários Riot. O projeto nasceu em 2002 e apenas
lançou este álbum, Accelerator, em 2006 pela Metal Heaven. Surge
agora a reedição a cargo da High Roller Records que aos 12 temas
inicialmente presentes no disco acrescenta mais um conjunto de faixas nas suas
versões demo e outras captadas na sala de ensaios, esticando o
trabalho até dois discos com 16 temas cada. Para os fanáticos dos Riot e
destes membros (aos quais se juntam outros nomes conhecidos, como Danny
Miranda e John Miceli), pode ser bastante engraçado. Para os
restantes, fiquem apenas com os 12 iniciais, porque é aí que está o que
realmente interessa: heavy metal com grande capacidade melódica e
soberbos solos. E, curiosamente, apesar de começar num registo Riot,
gradualmente os Faith And Fire vão-se afastando e caminhando em direção
de algo mais próximo do NWOBHM, acabando por dar destaque ao sentimento
com alguns temas calmos, altamente melódicos e emocionais. [89%]
Tortured Whole (SANGUISUGABOGG)
(2021,
Century Media Records)
Uma
capa horrível, um logo ilegível e um nome impronunciável. A estreia em formato
longo dos americanos Sanguisugabogg não podia ser mais fraturante. E a
música acompanha. Gore/grind sem nenhuma intenção de algo mais a não ser
agredir e provocar. Sexualmente violento e verdadeiramente no limite dos nomes
mais extremos (Autopsy, Napalm Death, Cyanide), Tortured
Whole é isso mesmo: uma tortura. Mas uma tortura que tem algo que abona a
seu favor: os riffs muito graves e pesados (às vezes num registo doom)
criam ganchos e com uma simplicidade que se torna eficiente. O resto bem que
poderia ser chamado de Neanderthal metal pela sua postura primitiva e
abrutalhada, apenas cortada pelas singelas melodias dos dois interlúdios
instrumentais: Pornographic e Interlube. [61%]
Em Direto do Brasil – As Sessões do Sounds Like Us (BESTA)
(2021,
Raging Planet Records)
O
coletivo nacional Besta continua ativo e depois do álbum Eterno
Rancor (2019, Lifeforce Records) e do EP e single de 2020,
respetivamente, Mongoloid e Dissector, regressa aos lançamentos
com o EP disponibilizado pelo selo Ragingplanet, Em Direto Do Brasil - As
Sessões Do Sounds Like Us. Este curto trabalho de
pouco mais de 10 minutos de música reúne quatro temas gravados ao vivo para o
programa Discover, nos estúdios Family Mob, em São Paulo, no
Brasil, onde se inclui uma versão de Social Sterility, dos Napalm Death. Adicionalmente, o disco
inclui ainda três inéditos de estúdio, onde se inclui mais uma cover,
desta feita dos Only Living Witness, VTA. Para além da música, este
EP inclui, ainda, uma faixa multimédia com entrevista e o programa completo.
Estas gravações foram feitas no Brasil há três anos e estavam na gaveta desde
essa altura. [67%]
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