Entrevista: Autumn's Child

 


Três álbuns em três anos mostram bem a capacidade construtiva de Mikael Erlandsson. Mas também mostra a capacidade criativa do ex-Last Autumn’s Dream e do coletivo que gira em seu torno, porque cada disco lançado apresenta sempre algo de novo. Isso volta a acontecer num Zenith que traz como novidade o também membro dos Hammerfall Magnus Rosén. Voltamos a falar com o sueco, desta vez com o tema a centrar-se no novo disco, embora a temática Last Autumn’s Dream não tenha sido esquecida.

 

Olá, Mikael! Mais uma vez, obrigado pela tua disponibilidade. O novo álbum está aí -quais são os sentimentos nos Autumn's Child?

Achamos que este é o nosso melhor esforço até agora e queremos que o álbum seja uma jornada musical com muito som diferente em cada música.

 

Três álbuns em três anos – que fase criativa incrível! Desta vez a pandemia alguma teve influência?

Não, na verdade estamos a tentar fazer as melhores músicas para cada álbum.

 

Quando começaram a trabalhar neste novo álbum?

Começamos logo que o Angel’s Gate acabou.

 

Para este novo álbum, mantiveste a mesma equipa vencedora de anteriormente?

Desta vez, Jona toca teclados apenas numa música e está ocupado com muitas outras bandas, portanto Magnus Rosén dos Hammerfall é um novo membro na banda.

 

E a respeito de convidados? Quem tens desta vez?

Temos muitos músicos convidados que se apresentam neste álbum. Amigos próximos meus com quem costumo trabalhar em palco. Há Sayit Dölen (guitarra), Martin Olsson (baixo), Joel Starander (baixo), Rasmus Ehrnborn (guitarra), Roberth Nygren (guitarra acústica) e Anna-Mia Bonde (backing vocal). Eu queria muito convidá-los porque gosto das suas atuações.

 

Entretanto, mudaram de editora, entrando na Pride And Joy Music. Porquê é que isso aconteceu?

A AOR Heaven vai acabar com a sua editora e como já trabalhámos com a Birgitt da Pride And Joy, tudo isso foi muito bom.

 

Este terceiro álbum chama-se Zenith. Por que escolheste esse título?

Porque sentimos durante o trabalho com o álbum que queríamos alcançar algum tipo de Zenith.

 

No aspeto de criação e composição seguiste a mesma metodologia dos álbuns anteriores?

Sim, mas desta vez em algumas músicas podes ouvir outras influências de bandas como Styx, AC/DC e até Cheap Trick.

 

Achei curioso o artwork da capa com uma Flying V futurista. Quem foi o criador?

Foi uma ideia nossa, mas, como sempre, transformada em arte por Eric Phillipe que é um verdadeiro mestre e ele fez mais de 20 capas para nós, incluindo os álbuns dos LAD.

 

O que pretendes afirmar com essa capa? Que continuarão a rockar no futuro?

Foi uma ideia muito fixe e vamos ver o que faremos no futuro, mas estamos a manter a ideia desta banda de que queremos que cada música soe diferente da anterior e pode ser algo mais pesado no próximo álbum.

 

Nas tuas próprias palavras, como definirias Zenith?

Temos algumas músicas que estão na veia das coisas que fizemos com os LAD, mas depois também temos algumas influências dos anos 60 e 70 e também algumas influências clássicas de AOR.

 

Já que falas nos LAD, tens alguma novidade a seu respeito? É previsível um regresso nos próximos tempos?

Bem, veremos o que o futuro nos reserva. Os elementos dos LAD agora estão ocupados com os seus próprios projetos. Mas a minha porta está aberta, sempre. Também irei continuar a tocar músicas dos LAD com os Autumn’s Child. É como se estivessem relacionados.

 

Tens algum espetáculo planeado para promover este álbum?

Não há espetáculos planeados por causa dessa coisa de covid. Voltaremos a esse assunto.

 

Obrigado, mais uma vez, Mikael. Queres acrescentar mais alguma coisa ou enviar uma mensagem para os teus fãs?

Muito obrigado por ouvirem as nossas músicas!! São todos vocês que me dão a razão e o significado de fazer música e realmente, do fundo do meu coração, desejo ver-vos num espetáculo ou apenas em público.


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