Entrevista: Sign X


 

Apesar do trabalho já desenvolvido nos Châlice, o álbum Like A Fire, lançado no final de 2019, deixou no ar um agradável travo de qualidade. O novo coletivo chamava-se Sign X e aquele disco era uma estreia soberba. Pouco depois a pandemia chegou, mas os Sign X continuaram firmes a trabalhar e a preparar um digno sucessor dessa estreia. O que acontece agora com Back To Eden. Mais uma vez, estivemos à conversa com o guitarrista e teclista Oliver Scheer que nos esclareceu que Paraíso é este onde o coletivo regressou.

 

Olá, Oliver! Como estás e como passaste este tempo desde Like A Fire com uma pandemia pelo meio?

Oh, meu, que momento estranho e ainda está a acontecer. Definitivamente passamos o nosso tempo a escrever e a produzir o nosso novo álbum Back To Eden. E dificilmente poderíamos fazer qualquer promoção ou apresentações ao vivo para apoiar Like A Fire… isso foi frustrante, mas por outro lado nada perturbou o nosso processo de composição para o novo álbum. Agora estamos muito felizes com o nosso trabalho e mal podemos esperar para apresentar o álbum inteiro aos nossos fãs.

 

Precisamente com um novo álbum já cá fora - Back To Eden. Correu tudo tão bem que este é um regresso ao paraíso com os Sign X?

Na verdade, tive uma visão da banda a fazer um espetáculo após a pandemia e comecei com essa música e Basti diz ao público “Aqui estou de volta ao paraíso…”. Porque o nosso paraíso é o palco ao qual pertencemos. Ninguém imaginou que demoraria tanto tempo para tocar estas músicas ao vivo. Mas no final voltamos ao nosso paraíso... sem dúvida.

 

O álbum foi concebido, criado e gravado durante a pandemia? De que forma isso vos afetou?

Como banda não nos afetou muito. Estamos na nossa bolha de escrita e produção. Mas também fez algo que influenciou a música, as letras, todo o processo e o estado de espírito de todos. No final foi uma pandemia muito criativa!

 

Nos teclados, tens Michel Jotzer como convidado. No entanto, em Like A Fire ele era membro da banda, não era? O que aconteceu?

Foi apenas uma questão de tempo, distância e stress de prazo. Produzir e gravar com prazos é como um campo de batalha e não é adequado para todos. Mas Michel faz parte da Sign X-Family e ainda tocou a maioria dos teclados no novo álbum. Veremos o que o futuro traz.

 

Além de Jotzer também têm como convidados os nomes de Andy Horn (nos teclados também) e Ronnie Munroe (nos vocais). Como foi possível essa cooperação?

Andy Horn misturou e produziu LAF assim como BTE e nessa função ajudou-nos com algumas ideias de teclado… que surgiram naturalmente. Com Ronny, temos uma ligação de amizade nos últimos anos por causa de um momento difícil que ele estava a passar. Ao longo dos anos, a ideia de um projeto ou uma música sempre esteve nas nossas mentes. Para este álbum eu tive a ideia de Forever King e a sua parte como o rei negro. E funciona perfeitamente!!

 

Quando decides que um convidado é necessário para uma ou mais músicas? E o que procuras que os convidados aportem às vossas criações musicais?

Nós nunca decidimos que é “necessário” É apenas uma coisa que durante anos quisemos fazer… simplesmente porque podemos. Antes de mais, é importante que o convidado goste da música e de toda a ideia. A partir daí é deixar fluir...

 

De que forma definirias Back To Eden em comparação com a estreia Like A Fire?

Acho que crescemos. Todo o processo de composição e produção foi muito diferente das produções anteriores. Toda a gente foi ao limite com todo o seu coração e alma e tínhamos tudo nas nossas próprias mãos. Uma situação muito motivadora e satisfatória.

 

Quando decides que um convidado é necessário para uma ou mais músicas? E o que procuras que os convidados aportem às vossas criações musicais?

Começamos a escrever músicas durante a gravação do último álbum. Após o lançamento, principalmente naquele tempo da pandemia “não vais a nenhum lado”, começamos a apresentar as nossas ideias aos demais e a trabalhar nelas. A outra coisa diferente que fizemos desta vez foi gravar uma nova música enquanto ainda ensaiávamos e trabalhávamos nela. Uau... isso foi tão diferente... mas achamos que é a nossa maneira de fazer os próximos 20 álbuns ou algo assim.

 

O que têm em mente para promover este álbum no que diz respeito a espetáculos ao vivo?

A performance ao vivo é mais importante do que nunca. Há tantas maneiras de se promover na internet, como também tentamos fazer. Mas com certeza precisas de muito dinheiro para todas essas formas de promoção, inclusive revistas impressas. Por exemplo: a melhor maneira de te promoveres no Spotify são as playlists. E podes pagar por isso e podes pagar por seguidores, podes comprar tudo. Mas é esse o caminho certo para um músico? Precisamos do nosso palco e precisamos do público na nossa frente!!

 

Muito obrigado, Oliver, mais uma vez. Queres acrescentar mais alguma coisa a esta entrevista?

Do fundo de nossos corações, desejamos ir à vossa cidade em breve para agitar os últimos dois anos. Até que isso aconteça ouçam Back To Eden e sintam o que sentimos ao gravar esta joia.


Comentários

DISCO DA SEMANA #47 VN2000: Act III: Pareidolia Of Depravity (ADAMANTRA) (Inverse Records)

MÚSICA DA SEMANA #47 VN2000: White Lies (INFRINGEMENT) (Crime Records/We Låve Records)

GRUPO DO MÊS #11 VN2000: Earth Drive (Raging Planet Records)