Review: Revel In Time (ARJEN ANTHONY LUCASSEN'S STAR ONE)

 


Revel In Time (ARJEN ANTHONY LUCASSEN’S STAR ONE)

InsideOut Music

Lançamento: 18/fevereiro/2022

 

Arjen Anthony Lucassen continua o seu trajeto de bem construir canções e álbuns. Por norma, seja em que projeto for, o neerlandês consegue sempre surpreender pela forma como se envolve, como envolve os seus companheiros de profissão e como envolve os fãs e os ouvintes nas suas criações. Do lado dos Star One já não havia nada significativo há 12 anos desde o lançamento de Victims Of The Modern Age. Três singles em 2021 davam a ideia de estar a ser construído algo grandioso. E Revel In Time veio confirmar isso. Dos inputs dados pelos imensos convidados nem vale a pena falar. É um dado adquirido que são os melhores e que melhor que isto é impossível fazer. Importa, pois, falar das criações. Aquelas estruturas sobre as quais se pode desenvolver a genialidade dos executantes. com um especial cuidado ao nível vocal com muita diversidade e excelência a todos os níveis – a solo ou em coral. E a primeira revelação a respeito de Revel In Time é que é um disco que não deixa dúvidas quanto ao seu mentor. Isto é, claramente, a matriz composicional, estrutural e criativa de Arjen Anthony Lucassen. Volta a ser um disco de verdadeiro metal – o seu último Transitus dos Ayreon tinha apresentado outras nuances – com riffs poderosos e batidas fortes e sempre com o virtuosismo presente em todos os aspetos. É na verdade um enorme regresso do projeto Star One num registo que toca todos os extremos: desde a componente atmosférica e progressivo de uns Pink Floyd ou Genesis (na genial Lost Children Of The Universe) até aos riffs groove de inspiração mais moderna (como em 28 Days, Bridge Of Life ou The Year Of’ 41), passando pelas sonoridades analógicas criadas pelos órgãos, num registo muito deeppurpeliano (Back From The Past e Fate Of Man são os exemplos mais eloquentes e espetaculares). Aqui e ali surgem apontamentos eletrónicos (em Beyond The Edge Of It All, por exemplo, esta ainda enriquecida com o exotismo de elementos orientais) e até abordagens mais estranhas, como em Prescient. Dito isto, em Revel In Time, Arjen Lucassen inspira-se em filmes e na temática do tempo para construir mais uma obra multifacetada, cheia de simbolismo, onde cada tema tem uma abordagem diferenciada. E onde cada instrumentista ou cantor (cerca de 30 no total!) contribuiu para levar a coesão do trabalho de Ed Warby e do próprio Lucassen e as suas composições a um nível superior de intensidade e de magnitude. [92%]

 

Highlights

Back From The Past, Lost Children Of The Universe, Fate Of Man, A Hand On The Clock, Beyond The Edge Of It All

 

Tracklist

1.      Fate Of Man

2.      28 Days (Till The End Of Time)

3.      Prescient

4.      Back From The Past

5.      Revel In Time

6.      The Year Of ’41

7.      Bridge Of Life

8.      Today Is Yesterday

9.      A Hand On The Clock

10.  Beyond The Edge Of It All

11.  Lost Children Of The Universe

 

Line-up

Arjen Lucassen – guitarras, teclados, baixo, vocais

Ed Warby - bateria

Erik van Ittersum - solina strings

Marcela Bovio – vocais, backing vocals

Irene Jansen - backing vocals

 

Convidados

Vocais: Brittney Slayes, Russell Allen, Micheal Mills, Ross Jennings, Jeff Scott Soto, Brandon Yeagley, Joe Lynn Turner, Will Shaw, Damian Wilson, Dan Swanö, Floor Jansen, John Jaycee Cuijpers, Roy Khan, Hellscore Choir, John Jaycee Cuijpers, Alessandro Del Vecchio, Wilmer Waarbroek, Mike Andersson, Tony Martin

Guitarra solo: Michael Romeo, Timo Somers, Ron Bumblefoot Thal, Joel Hoekstra, Marcel Singor, Adrian Vandenberg, Steve Vai

Sintetizador solo: Jens Johansson, Alessandro Del Vecchio

Moog: Lisa Bella Donna

Hammond: Joost van den Broek

 

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Edição

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