Os Ancient Settlers apenas têm
presença agendada no Porto, no Metal Point Club, a 16 de outubro, mas o seu
primeiro longa-duração, Our Last Eclipse, já anda a rodar por aí. E com
muito boas análises, diga-se! Via Nocturna 2000 foi falar com o coletivo com
base em Espanha, mas formado por descendentes de venezuelanos e um finlandês
que moram espalhados por toda a Europa. O motivo foi, é claro, a sua bombástica
estreia.
Olá, pessoal! Em primeiro
lugar, obrigado pela disponibilidade. Ancient Settlers é uma banda nova, portanto,
podem apresentar-se aos metalheads portugueses?
Olá, somos uma banda de death metal melódico formada por
ex-membros dos Haboryn, Bajo Zero, Aesthesis, Nightrage, Etnica, Gamalyel, entre outras. A banda começou em 2020 com Antony Hämäläinen, Carlos Chiesa na guitarra solo, Herman Riera na bateria, Miguel
Herrera no baixo, René Gonzalez
nos teclados e Emmy Reyes na
guitarra base, que foi substituído por Agustin
Martinez alguns meses atrás. As nossas principais influências vêm da cena
do metal nórdico e do heavy metal clássico. O nosso primeiro
EP chamou-se Autumnus e foi lançado
no ano passado. Recentemente lançámos o nosso primeiro LP Our Last Eclipse disponível em todas as plataformas e em formato
físico.
Quais são os vossos objetivos e
ambições com Ancient Settlers?
Este projeto foi criado
para deixar as nossas pegadas na nova era do metal melódico. Queremos que Ancient
Settlers seja uma referência no futuro para as próximas bandas. Claro que
existe a intenção de nos apresentarmos em qualquer lugar que pudermos, fazer tournées, pegar e sentir o público em
cada espetáculo, mas o objetivo principal é esse. Para deixar uma marca.
E o título do álbum – Our Last Eclipse: The Settlers Saga Pt. 1. O que significa?
Our Last Eclipse leva-nos à profunda
e sombria desolação do nosso mundo moderno. Antecipa a queda da civilização
como a conhecemos. Tudo isso testemunhado de um ângulo de primeira pessoa.
Este título indica que este
pode ser um álbum conceptual e também que uma continuação pode sair em breve.
São estas duas conclusões acertadas?
Claro, este álbum é sobre
a primeira parte da saga. O próximo álbum será lançado antes do esperado.
Podemos ver este projeto como
filho da pandemia?
Com certeza, isso foi
útil para fazer o primeiro álbum muito rápido. Estávamos 100% focados na
produção. Deixando de lado tournées e
espetáculos. Também há algum gosto pandémico na música!
Vocês são, na maioria,
descendentes de venezuelanos que vivem em vários países. É fácil gerenciar toda
a vossa distribuição geográfica?
Não muito. É difícil para
ensaiar. Tentamos encontrarmo-nos pelo menos uma vez por mês. Mas o facto de
cada um morar num lugar diferente às vezes pode ser uma dor de cabeça.
Para complicar ainda mais, têm um
vocalista finlandês. Como foi que Antony se tornou parte deste projeto?
Estávamos à procura de um
frontman. Mostramos-lhe as músicas em
que estávamos a trabalhar e ele gostou. Pedimos para ele fazer parte da banda e
ele não hesitou.
Afirmaram que estão a tentar explorar
as fronteiras do death
metal melódico moderno. De que forma isso
tem sido feito?
Estamos a tentar criar o nosso
som e a tentar explorar e ir além dos elementos tradicionais do death metal melódico. Existem alguns
limites que queremos respeitar, mas estamos a tentar ter a mente tão aberta
quanto o género nos permite e mantê-lo metal.
Chamaram Fredrik Nordstrom para
as tarefas de produção. Sem dúvida, ele é o melhor para o vosso som, mas a que
nível colocou ele a vossa música?
Eu diria que ele levou isto
ao nível “profissional”. Este género tem um som particular e acho que ninguém o
conhece melhor. Assim, quando lhe enviámos as faixas, ele sabia o que tinha que
ser feito para as transformar num um álbum de death metal melódico.
Após este grande trabalho,
quais serão os próximos passos e ambições para os Ancient Settlers?
Agora estamos a trabalhar
no nosso próximo EP, uma próxima tournée
em outubro e alguns outros projetos a serem anunciados em breve.
Obrigado, mais uma vez. Querem acrescentar mais alguma coisa?
Gostaria de agradecer por este espaço para nós. Estamos ansiosos para te conhecer a ti e aos metalheads portugueses. Espero ver-vos no nosso próximo espetáculo no Porto.
Comentários
Enviar um comentário