Entrevista: Hok-Key

 


 Os Hok-Key, são uma banda oriunda da Bielorrússia e que se estreia em inglês e na editora italiana Wormholedeath Records. A banda que já passou pela Covilhã, em 2017 e já foi uma comedy metal band assina In Existence, um disco rico em originalidade e criatividade e introduz o experimentalismo no seu metal de inspiração gótica. Um disco de tal forma entusiasmante que nos levou a ir conhecer melhor este coletivo de estranho nome.

 

Olá, pessoal! Tudo bem? Obrigado por esta oportunidade! Importam-se de apresentar os Hok-Key aos metalheads portugueses?

Olá! Saudações a Portugal, somos a banda de metal melódico Hok-key da Bielorrússia e acabámos de trabalhar no nosso novo álbum In Existence. Atualmente está disponível em todas as plataformas digitais em todo o mundo.

 

A primeira coisa que se repara é no vosso nome. Como é que Hok-Key surge e o que significa?

Quando começamos a tocar o nome soava como uma banda OK. Tocávamos comedy metal e era um nome bastante adequado para aquela época. Depois disso, transformou-se em Hok-key, mas não tem nada a ver com hóquei no gelo.

 

De facto, começaram como uma comedy metal band! Quando sentiram a necessidade de fazer algo mais sério?

É verdade, tocávamos músicas na forma de paródia. Éramos jovens e foram bons velhos tempos. Em 2005 mudamos a formação e começamos a pensar em mudar de género. Queríamos tocar músicas mais melódicas com base no heavy metal.

 

Cinco anos depois de Kalasi Pad Siarpom estão de volta com In Existence. O que fizeram durante este período?

Em 2017 - 2018, estivemos em tournée pela Europa durante a nossa Reaping Europe Tour. Já fizemos vários concertos e participamos em muitos festivais em todo o continente. Depois, começamos a escrever novas músicas e depois de algumas mudanças na formação da banda gravamos este LP.

 

A pandemia afetou a criação deste álbum? Foi por isso que demorou tanto?

Não acho que a pandemia tenha afetado os cronogramas, foi um processo normal. Gravamos mais músicas do que temos num álbum e escolhemos as melhor para serem incluídas no álbum.

 

Esta é a primeira vez que têm um álbum inteiro em inglês? Por que tomaram essa decisão?

Sim, este é o nosso primeiro álbum inglês. Recebemos muitos pedidos de pessoas de outros países para ter músicas em inglês para que pudessem entender as letras. De outro ponto de vista, foi um tipo de experiência e achamos que foi um sucesso. No entanto, também incluímos uma música em língua bielorrussa chamada Alma Mater, que é dedicada a todos os bielorrussos.

 

In Existence é um álbum muito dinâmico e cheio de criatividade. Onde vão buscar tanta inspiração?

Acho que é o nosso dia a dia que nos inspira. Claro, também somos inspirados por outras bandas e artistas, mas os gostos musicais de todos os membros da banda são diferentes, portanto, não podemos citar exatamente que artistas nos inspiraram.

 

Como analisam In Existence em comparação com os vossos lançamentos anteriores?

É um álbum bastante experimental e é o nosso primeiro álbum com letras em inglês. Também achamos que é o nosso próximo passo na história da banda.

 

É também a primeira vez com a Wormholedeath Records? Como se proporcionou essa ligação?

Sim, é a primeira vez. A história é muito direta: estávamos à procura de uma editora para publicar o álbum e as propostas do Wormholedeath foram as melhores.

 

Podemos ler no vosso PR que já visitaram Portugal. Que lembranças têm dos espetáculos cá?

Sim, visitámos Portugal em 2017. Foi apenas um espetáculo mas devemos dizer que foi o mais quente durante esse período. Já visitámos a Covilhã, não é uma cidade grande mas ainda nos lembramos desse concerto incrível e das pessoas incríveis.

 

Como é o dia-a-dia de uma banda de metal na Bielorrússia? É fácil encontrar bons lugares para tocar ou gravar?

Nós temos o nosso próprio estúdio, portanto não temos problemas com a gravação do material. De momento, não é tão fácil tocar metal no nosso país por causa das restrições do Covid e da situação política no nosso país. O maior problema é que é impossível tocar no estranjeiro por causa disso.

 

Mais uma vez, obrigado. Querem acrescentar mais alguma coisa ou enviar uma mensagem para os vossos fãs?

Permaneçam verdadeiros, permaneçam Hok-key! Esperamos voltar a Portugal mais uma vez e que seja um grande espetáculo!

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