Markus Sigfridsson tem tido muito trabalho com os
Darkwater e Harmony, mas ainda lhe sobra tempo para compor outras canções que
não encaixam nas suas bandas. Desta forma rodeou-se de um conjunto de grandes
músicos suecos para criar o projeto All Things Fallen que já vai no segundo
álbum, Shadow
Way. Um álbum com uma vibe diferente do primeiro, como nos confidenciou
o multi-instrumentista.
Olá,
Markus, obrigado pela disponibilidade. Shadow
Way é o teu novo álbum. Em primeiro lugar, parabéns pelo ótimo trabalho!
Qual foi o processo que te levou a este álbum depois de All Things Fallen?
Obrigado, ainda bem que gostaste.
Depois do primeiro álbum, que tinha muitas músicas antigas, escrito de 2013 em
diante, eu queria que o novo álbum tivesse uma abordagem a um som progressivo
mais leve e um som mais quente, quase um pouco estilo anos 70. Não tenho
certeza se consegui isso, porque no final, quando se trata de escrever músicas,
a escrita e a inspiração leva-te para outro lugar, o que é ótimo.
All
Things Fallen pode ser considerado um supergrupo? O que te motivou a criar esta
banda?
Eu nunca pensei nisto como um
supergrupo, embora os elementos que eu reuni sejam incríveis no que fazem. Eu
queria músicos que eu soubesse que iriam fazer uma ótima apresentação e dar um
toque extra às músicas e fazer a produção brilhar. A razão pela qual eu comecei
a banda foi porque escrevo muita música e queria que fosse lançada. Também é
emocionante poder estar no controle de toda a produção, em comparação com, por
exemplo, Darkwater, onde somos muitas pessoas a escrever e a produzir tudo
juntos, o que eu adoro, mas é divertido ser capaz de fazer as duas coisas.
Uma
vez que todos vocês pertencem a outras bandas, foi fácil criar este álbum? As
restrições causadas pela pandemia acabaram por ajudar?
Não, acho que não, não
pessoalmente, talvez alguns dos elementos tenham sentido que tinham mais tempo
para o fazer. Não creio que tenham saído muitas coisas positivas da pandemia.
O
teu primeiro álbum foi lançado de forma independente. Este é um lançamento da
Blackoak Records. É a tua própria editora?
Sim, é a minha editora.
Como
foi a tua abordagem de composição para este novo álbum? Mudaste alguma coisa em
comparação com o trabalho anterior?
Sim, um pouco, tentei, como disse
anteriormente, tornar as músicas um pouco menos progressivas, um pouco mais
melancólicas, mais quentes e com mais influência dos anos 70. Mas deixei que a
escrita me levasse por onde fosse. Por exemplo, se eu tentar escrever uma
música num estilo especial, o resultado final pode ser completamente diferente
do que eu pretendia, e eu gosto disso.
Podemos
ouvir um pouco de metal melódico e progressivo
adicionado de algumas influências orientais. De onde surgiu inspiração para esta
coleção de músicas?
Eu diria que nos inícios de Rainbow
e Scorpions. Eu também gosto da forma como os Myrath e Kamelot
fazem isso.
Dito
isso, de que forma descreverias Shadow Way?
Escuro, mas ainda melódico.
Melancólico tanto na letra quanto na música. Uma mistura de hard rock
dos anos 70 com metal moderno progressivo e metal escandinavo. Muitas
vezes recebo inspiração ao assistir a palestras on-line para letras. Não
vejo muitos filmes na televisão, logo não tenho muita inspiração daí. Exceto na
música Desert Of The Real que é inspirada no primeiro filme Matrix.
Eu leio e ouço muitos audiobooks que me podem inspirar.
Como
analisas o trabalho de Dennis Koehne?
Foi ótimo trabalhar com ele, eu
encontrei-o no soundbetter.com. Ele acertou o som que eu queria
instantaneamente, portanto só tenho coisas positivas a dizer sobre ele.
Quando
surge a ideia de incluir um violino em duas músicas? E onde encontraste Maria
Gregoryeva para esse papel?
Maria também esteve no primeiro
álbum em duas ou três músicas. Também a encontrei no soundbetter.com.
Ela é absolutamente incrível, phrasing muito bom e um pitch perfeito
na execução e também consegue fazer algumas grandes improvisações.
Alguns
espetáculos ou até mesmo uma tournée serão possíveis
com a ATF, considerando as vossas agendas com as outras bandas?
De momento não, é um projeto, mas
vamos ver o que o futuro traz.
Muito
obrigado, Markus, mais uma vez. Queres enviar alguma mensagem para os teus fãs?
De nada! Sim, já comecei a trabalhar
em material novo, portanto haverá um terceiro álbum. Além disso, se quiserem apoiar
a banda, a melhor maneira é transmitir as nossas músicas com frequência e
adicionar nossas as músicas às vossas listas de reprodução. Pode soar estranho,
mas significa muito!
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