Entrevista: Balls Gone Wild

 


O power trio de turbo rock oriundo de Colónia, Balls Gone Wild, está de regresso aos discos com um Stay Wild que bem demonstra a sua capacidade energética e festiva. A mais notória alteração foi a mudança de baterista, tema que foi devida e sucintamente explicado nesta entrevista. Mas, outras temáticas, nomeadamente o novo álbum, foram abordados nesta conversa com o vocalista e baixista Vince van Roth.

 

Olá, Vince, tudo bem? Stay Wild é o vosso terceiro álbum. Como têm sido as reações até agora?

As reações têm sido boas. É música de festa para beber cerveja. É para ser divertido e é isso que as reações nos dizem. Peguem numa garrafa de cerveja ou qualquer outra coisa, aumentem o volume e enlouqueçam (risos).

 

Como descreverias Stay Wild para os nossos leitores que não vos conhecem?

11 músicas que fazem vocês querer festejar e tomar muitas bebidas e ter muita diversão. Músicas que têm ótimos ganchos, bons grooves e uma execução incrível! É de longe o melhor disco que fizemos… Até agora!

 

De High Roller para Stay Wild mudaram de baterista. O que levou a essa mudança na secção rítmica?

Falta de capacidade de tocar o instrumento e o covid…

 

Como foi o processo de composição deste álbum?

Depende. Na maioria das vezes, começa com a música. Às vezes começa com um riff que Tom ou eu trazemos para o ensaio e escrevemos o resto juntos. Outras vezes, o Tom já tem os riffs prontos, eu arranjo e escrevo as letras. Às vezes eu tenho a música inteira pronta. Há muitas maneiras de ser criativo, tu sabes. Às vezes uma música leva semanas, às vezes fica pronta em 10 minutos, não podes forçar a fazer e ficar boa ou pelo menos a achar que é bom.

 

Liricamente, em Stay Wild falas sobre que?

Um pouco de tudo. Festas (Stay Wild), lutas (Knocked Out), mas também coisas sérias como depressão (Hangman) ou a situação que temos por causa do covid (Masked City). E claro, a coisa mais importante do mundo – amor (Feel My Love, Ready For Love)!

 

Mais uma vez entregaram a produção a Martin Buchwalter. Ele é o homem certo para obter o som que procuram?

Totalmente! Ele é um dos meus amigos mais próximos e na verdade também foi o primeiro baterista dos Balls Gone Wild. Gravámos o primeiro disco Dicks Made Of Dynamite quase todo em duo. Ele tocou bateria, eu toquei baixo, todas as guitarras rítmicas e twin e os solos. Tom “só” tocou os seus solos neste primeiro disco. Martin gravou, misturou e masterizou todos os discos dos BGW que existem. É sempre bom estar em casa dele, o estúdio Gernhart em Troisdorf, Alemanha, é como uma casa longe de casa! E ele sabe o que faz, ouçam o que ele tem feito! Martin e eu também tocamos numa outra banda chamada Perzonal War e foi assim que nos conhecemos. Uma banda de heavy metal. Confiram!

 

Lançaram algum single/vídeo para promover este álbum?

Sim… O primeiro single que lançamos foi Masked City e o segundo Hangman. O terceiro será School On Fire.

 

Podemos dizer que Hangman e Masked City são representativos de todo o álbum?

Sim, são, mas por outro lado não são, porque o disco tem muitas influências que podes ouvir nas diferentes músicas. Quando estou a escrever tenho uma abordagem mais orientada para os ganchos, Tom e Artyrium trazem o Punk para a banda, eu trago um pouco de thrash para a festa… muito tendencioso, sabes (risos).

 

Para além dos Perzonal War, estão em mais algum projeto?

Tom é o chefe da sua banda Nitrovolt, na qual Artyrium também toca bateria. Eu toco baixo nos Perzonal War e guitarra para uma banda chamada Ski's Country Trash, uma mistura de rock, country e um pouco de metal aqui e ali.

 

Quais são os vossos planos de tournée para este álbum? Portugal está incluído?

Vamos fazer alguns espetáculos na Alemanha e estou a planear marcar mais alguns. Fora da Alemanha não é tão fácil. Tom e eu temos família e filhos e temos um emprego diário. Adoraríamos fazer uma tournée, mas é difícil pagar por isso e fazer da maneira certa…

 

Obrigado, Vince, foi uma honra fazer esta entrevista. Gostaria de enviar uma mensagem aos vossos fãs portugueses?

Obrigado pelo convite. Aos nossos fãs portugueses: comprem a porra do disco, tomem uma cerveja, fiquem bêbados e festejem muito. Aproveitem a vida e sejam gentis uns com os outros. Adoramo-vos a todos e a cada um! O vosso apoio é altamente apreciado!!!


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