Entrevista: Ereb Altor

 


Faz parte do pacote de reedições que a editora neerlandesa Hammerheart Records tem vindo a trazer a público. Desta vez, a escolha recaiu nos Ereb Altor e o primeiro trabalho a ser alvo dessa reedição é Nattramn. Foi este o disco que transformou a banda num quarteto e que permitiu, com um line-up estável, poder alcançar palcos e festivais maiores. É um dos discos essenciais da carreira dos suecos e foi sobre ele que falamos, mais uma vez, com Mats.

 

Olá, Mats, tudo bem? Obrigado por mais uma oportunidade para conversarmos. Desta vez o motivo da nossa conversa é a reedição do vosso lendário álbum Nattramn pela Hammerheart Records. Quando surgiu esta ideia de uma reedição e porquê?

Olá, Pedro, estou bem, obrigado! Bem, o álbum está esgotado há anos e sentimos que havia uma procura para este álbum ser lançado novamente. Juntamente com todo o nosso fundo de catálogo.

 

Na altura, o álbum foi bem recebido e hoje é considerado essencial na vossa discografia. Como olham para este álbum agora que passou o teste do tempo?

Cada álbum tem um lugar e um tempo para mim, este representa o que eram os Ereb Altor naquela altura e eu não quero mudar nada, embora encontre muitas coisas que faríamos melhor hoje, mas não é essa a questão. Não nos arrependemos de nada. A produção é muito clara e muito boa e definitivamente há algumas boas músicas no álbum. Algumas delas ainda têm lugar no nosso set list ao vivo.

 

Incluíram alguns extras nestas reedições?

A única diferença é que desta vez é apresentado num deluxe slipcase.

 

E quanto ao trabalho de remasterização, quem teve essa responsabilidade?

Esta reedição de Nattramn não é remasterizado, é o som original e como mencionei anteriormente, este álbum tem uma produção muito boa e não foi necessária uma remasterização.

 

Falando no line-up, Nattramn é primeiro álbum como quarteto e também o que inicia um longo período de estabilidade. Podemos dizer que é um álbum que é uma marca na vossa carreira?

Sim, foi bom finalmente ter um line-up completo e isso ajudou-nos definitivamente nos anos seguintes com a estabilidade e tal. Eu acho que este álbum segue o caminho que começamos no Fire Meets Ice, mas é muito melhor executado. De alguma forma, encontramos o nosso caminho e o nosso som neste álbum.

 

Portanto, também nesse aspeto foi um dos álbuns mais importantes da banda, não concordas?

Juntamente com Fire Meets Ice, sim! É parte essencial da nossa discografia e levou-nos a palcos maiores e a festivais.

 

Na altura, as reviews consideraram Nattramn um pouco mais obscuro que os trabalhos anteriores. Agora, olhando para trás, tens a mesma sensação?

Sim, tem mais obscuridade escandinava e compara-se ao álbum anterior. Mesmo que Gastrike seja mais ou menos um álbum de Black Metal, ainda sinto que Nattramn tem algum tipo de obscuridade que faltava em Gastrike.

 

Esta reedição é uma ação isolada ou parte de um plano maior de reedições dos vossos primeiros álbuns?

Não é uma ação isolada. Na verdade, todo o catálogo anterior de Ereb Altor é reeditado este ano. Todos os álbuns vêm num slipcase deluxe. Agora todos os nossos fãs podem completar a sua coleção Ereb Altor em CD.

 

Obrigado, mais uma vez, Mats. Desejo-vos a todos o melhor!

Obrigado, Pedro! Mantém a chama viva e stay metal!!!


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