Kyle Mcneill é vocalista
dos londrinos Seven Sisters, mas aproveitou algum tempo livre gerado pela
pandemia para criar algumas músicas que acabaria por lançar através do seu
projeto pessoal, Phantom Spell. O resultado é Immortal’s
Requiem, motivo que nos levou à conversa com o britânico. Que desde já
avançou que os Seven Sisters, tem passagem agendada pelo nosso país, em 2023.
Confiram e fiquem atentos.
Olá, Kyle, como estás? Immortal’s
Requiem é o teu álbum de estreia a solo. Como têm sido as reações até agora?
Estou muito bem,
obrigado. As reações foram melhores do que eu esperava! Claro, nunca se sabe
como as pessoas irão reagir, mas esperas sempre uma resposta positiva. Como comecei
do zero com este novo projeto, construindo-o desde o início, tive um começo
extremamente forte. Pelo qual estou extremamente grato!
Como descreverias este álbum para os leitores que não o
conhecem?
Eu diria que se são
fãs de Uriah Heep e Kansas há uma grande possibilidade de gostarem
de Immortal’s Requiem. É uma mistura bastante equilibrada do Heavy
Metal inicial e de Prog Rock do final dos anos 70, com um forte foco
na melodia e na composição (em oposição a estruturas de música mais livres e
músicas de jam).
Immortal
Requiem é um álbum conceptual? Em caso afirmativo, que tema é abordado?
Há um conceito
solto que flui através das primeiras 6 músicas do álbum, mas eu não iria tão
longe a ponto de dizer que é um álbum conceptual completo. Ele concentra-se em
torno de um mago cuja mente começa a deteriorar-se depois de estar vivo durante
centenas de anos. Ele luta com demónios, literal e figurativamente, e, no
final, consegue encontrar a libertação.
Phantom Spell é o teu projeto a solo, no qual és responsável por
todos os instrumentos tocados, bem como pela produção. Que parte do processo
foi mais difícil para ti?
Eu diria que a
parte mais difícil de todo o processo foi escrever e gravar as partes do
teclado e do órgão Hammond. Eu não sou um teclista “de verdade”, por isso
demorei algum tempo para escrever as partes apropriadas para esses
instrumentos. Eu não queria ter ideias que seriam fisicamente impossíveis de tocar
numa situação do mundo real. A produção é sempre difícil quando estás tão
envolvido com o projeto do início ao fim. Eu tenho que me lembrar de dar um
passo atrás de tempos em tempos e voltar com uma nova perspetiva. É fácil
perdermo-nos quando se está preso sozinho na sua própria sala de estúdio!
Em julho de 2021 lançaste um single chamado Keep On Running. Podemos dizer que
funcionou como um prelúdio para este projeto a solo?
É justo dizer que
sim. Durante a pandemia, encontrei-me com mais tempo disponível (como muitos de
nós) e escrevi a música sem nenhum objetivo real em mente. Escrever por
escrever. A minha esposa convenceu-me a lançá-la! Depois disso senti-me inspirado
a escrever mais algumas músicas no mesmo estilo.
E há uma versão alternativa desta música incluída como faixa bónus
neste álbum. De que forma é diferente da música original?
Foi toda regravada,
o andamento é um pouco mais rápido e acrescentei mais algumas coisas no arranjo
para melhor se encaixar com as outras músicas do álbum.
Também, como faixa bónus, este álbum tem uma cover de Moonchild de Rory Gallagher. Por que escolheste
essa música?
É uma música que
eu queria gravar há alguns anos e esta parecia a desculpa perfeita. Eu, como
muitas pessoas, absolutamente adoro o estilo de Rory. Essa música em particular
sempre me pareceu a rondar o proto-metal com o seu riff estilo Two
Minutes To Midnight. Obviamente é anterior aos Iron Maiden. Esse riff
é tão sinónimo do movimento NWOBHM que me surpreendeu um pouco na
primeira vez que ouvi Rory a cantar assim!
Fizeste algum vídeo para promover este álbum?
Não. Não estou
particularmente interessado em fazer esse tipo de coisa. Normalmente são muito caros
e eu não tenho dinheiro para os promover adequadamente (o que custa mais do que
o próprio vídeo). Posso fazer no futuro, nunca direi nunca. De momento, não é
algo que esteja a planear.
Quais são os teus planos ao vivo para este álbum? Portugal está
incluído?
Eu gostaria de
levar Phantom Spell para a estrada no futuro. Ainda não comecei a
procurar outros membros. Posso começar o processo de headhunting em
2023. Se eu conseguir juntar um grupo ao vivo, é claro que adoraria tocar em
Portugal!
E quanto aos Seven Sisters? O que podemos esperar para o futuro
próximo?
Bom, por falar em
tocar em Portugal, podemos fazer isso em 2023! Nada está definido ainda, mas o nosso
planeamento provisório inclui Portugal. Dedos cruzados, podemos fazer isso
funcionar. Além de fazer mais espetáculos, esperamos gravar o álbum número 4.
No entanto, precisamos de o escrever primeiro…
Obrigado, Kyle. Queres enviar alguma mensagem aos teus fãs
portugueses?
Foi um prazer!
Obrigado pelo convite. Para quem está a ler isto: espero encontrar alguns de
vocês no próximo ano num concerto ou dois dos Seven Sisters. Obrigado
pelo vosso apoio e aproveitem o novo álbum dos Phantom Spell!
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