Entrevista: The Hu

 


A meio de uma tournée americana com os Five Finger Death Puch e os Megadeth (que ainda decorria por alturas da entrevista) e ainda antes de virem até à Europa, fomos falar com Teeka para nos apresentar o novo álbum dos The Hu, intitulado Rumble Of Thunder. Aqui fica patente todo o exotismo de uma banda oriunda da Mongólia que consegue cruzar a modernidade com ancestralidade, sempre com uma mensagem forte de proteção das diferenças culturais e da defesa do meio ambiente.

 

Olá, Teeka, obrigado pela disponibilidade. Rumble Of Thunder é o segundo álbum dos The Hu, três anos depois de Gereg. Como foi a vossa metodologia de trabalho para este novo álbum?

Trabalhamos no nosso segundo álbum vendo o Gereg como a base. O novo álbum inclui muitas músicas que são mais heavy rock e poucas outras que têm ritmo suave.

 

Antes de falarmos um pouco sobre o novo álbum, podemos falar sobre a banda The Hu? Quando nasceu e com que intenções?

O principal objetivo da banda The Hu é criar música diversificada que seja apreciada em todo o mundo, independentemente de diferenças de fronteira ou cultura.

 

A Mongólia não é um dos lugares mais prováveis do mundo de onde poderíamos esperar que uma banda de metal viesse. Como é a cena no teu país? Existem bons locais para tocar ou bons estúdios para gravar?

Avançamos por ser uma das primeiras pessoas que trouxeram uma nova luz ao género rock com sucesso. Existem muitos artistas talentosos na Mongólia e muito potencial, especialmente no rock.

 

Foi uma decisão fácil de tomar, começar uma banda no teu país?

Foi precisamente começar a banda na Mongólia porque o género Hunnu rock é baseado na mistura de componentes tradicionais e rock moderno.

 

De regresso a Rumble Of Thunder, quais foram os vossos propósitos para este álbum?

O objetivo do álbum é empurrar as barreiras do que é conhecido como género rock convencional.

 

Uma vez que usam bastante instrumentação tradicional, como é feito esse trabalho de mistura com os instrumentos metal?

O equilíbrio entre o instrumental moderno e o tradicional é a chave para o nosso sucesso e instrumentos de metal como bateria e baixo têm que estar em sincronia incrível para fazer o Hunnu Rock Music.

 

No campo vocal também há uma forte influência tradicional, não é?

As técnicas de canto de garganta são usadas no refrão e nas notas altas para criar as melodias. Foi altamente influenciado pelos nossos ancestrais e pela sua música.

 

Em relação aos vídeos, foram criados como se fossem filmes. Com quem trabalharam nesse aspeto?

O nosso produtor, Dashka, apresentou um enredo que melhor se encaixaria nas músicas que estamos a tocar. Ele dirigiu e produziu cada um deles.

 

Um deles foi gravado no deserto Mojave e o outro na Mongólia. Que mensagens estão a tentar passar?

Não importa de onde viemos, ainda estamos numa terra verde. Podemos ser o futuro e o passado e criar música que todos amam. Os vídeos são a representação da mensagem.

 

Os aspetos ecológicos e ambientais também são uma luta vossa, estou certo? Quais são as principais preocupações abordadas neste álbum?

Cantar a beleza da natureza e torná-la uma canção de rock não é tão fácil como parece, mas as mensagens que tentamos comunicar são simples, vivam conscientemente e deixem algo para as gerações futuras.

 

À data da nossa conversa estão a meio de uma tournée pelos Estados Unidos com Five Finger Death Punch e Megadeth. Como estão a correr as coisas?

Tem sido incrível, o público é muito fixe. Todos os artistas da tournée trazem as suas próprias bases de fãs e fomos expostos a muitas pessoas diferentes.

 

Muito obrigado, mais uma vez, Teeka. Queres acrescentar mais alguma coisa?

Muito obrigado pelo teu tempo e mal podemos esperar para conhecer os nossos fãs na nossa próxima tournée europeia!




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