Entrevista: Elle Tea

 


Pegando nas iniciais lidas em inglês do nome do mentor deste projeto, Leonardo Trevisan, chegamos ao seu nome: Elle Tea! O italiano tem sido um ávido consumidor de música, mas, como tantas vezes acontece, consumir já não era suficiente, era necessário criar. E Fate At My Side é o primeiro resultado dessa experiência que, para já, tem tudo para continuar, mas apenas como projeto de estúdio.

 

Olá, Leonardo, tudo bem? Obrigado pela disponibilidade. Antes de mais, podes apresentar o teu projeto Elle Tea aos metalheads portugueses?

Olá! Elle Tea é um projeto de metal/hard rock clássico da Itália.

 

Quando idealizaste este projeto? Quais foram os teus objetivos?

Desde que me lembro, tenho sido uma pessoa bastante musical, mas quando o hard rock e (um pouco mais tarde) o heavy metal entraram na minha vida, tudo dentro de mim mudou para sempre. Não havia nada importante, nada que valesse o meu tempo, exceto o rock. Passei cada segundo dos meus dias a pensar nos meus artistas favoritos e no próximo álbum que estava disposto a comprar, a ler revistas, a olhar aquelas capas incríveis e a procurar no Youtube raras apresentações ao vivo. Mas ser um ouvinte já não ser suficiente para mim e queria fazer a minha música, os meus álbuns e cantar numa banda. Depois de anos de prática de composição e gravação, cheguei a um ponto que me deixou bastante satisfeito e comecei a gravar com um método pessoal por conta própria. Fate Is At My Side é o primeiro álbum completo que consegui criar (2017) e o ponto de partida da publicação Elle Tea. Portanto, não há um momento específico em que idealizei o projeto, mas simplesmente toda a minha jornada de vida até agora e para a frente. O meu objetivo é continuar a minha jornada musical e lançar músicas enquanto tiver algo para cantar.

 

É a tua primeira experiência sozinho? Quais foram as maiores dificuldades que encontraste?

Sempre fiz música por conta própria e as dificuldades surgem a cada novo passo. Diria que o maior rio a atravessar nesta jornada foi aceitar que gravar é uma questão de compromissos e dedicação.

 

Antes de Elle Tea, tiveste alguma outra experiência musical?

Tenho tocado com outros músicos ocasionalmente e de 2015 a 2017 estive numa banda com alguns amigos, divertimo-nos muito nessa altura.

 

O nome do projeto é um pouco estranho. De onde surgiu e o que significa?

Elle Tea é simplesmente o som das minhas iniciais (LT) em inglês e também acho que tem uma vibe misteriosa.

 

Que nomes ou movimentos mais te influenciaram?

Eu diria a NWOBHM e o power metal melódico. Também sou apaixonado por hard rock dos anos 70, rock celta, folk acústico e punk melódico dos anos 90/00.

 

Como foi a tua preparação para este álbum? Quais eram os teus principais objetivos?

Não sei, demorei em cada música e trabalhei nelas até ficar satisfeito com o resultado. Os meus objetivos eram fazer um álbum sólido, melódico e prazenteiro.

 

Na música Riding In The Dust podemos ouvir aquilo que parece ser uma voz feminina. Quem é ela?

Pergunta engraçada! Acredita ou não, sou apenas eu a usar um falsete agudo.

 

A experiência de incluir algumas partes em italiano na música Part Of The Devil soa muito bem. Será algo para voltar a tentar no futuro?

Obrigado! O italiano pode ser uma ótima língua para cantar, às vezes uso-o, mas não com tanta frequência. No próximo álbum (ano que vem) vou incluir uma música com algumas seções italianas que gosto bastante.

 

Atualmente, Elle Tea já é uma banda completa ou ainda não?

Sim, de momento este é um projeto estritamente de estúdio e não estou disposto a fazer espetáculos ao vivo a menos que algo realmente grande e louco aconteça. A minha paixão é muito mais escrever e gravar do que atuar ao vivo.

 

Portanto, com este projeto ainda não tiveste oportunidade para tocar ao vivo? Tens alguma coisa planeada para o futuro?

Fizemos alguns espetáculos quando estava numa banda em 2016. Essas são algumas das minhas melhores lembranças até hoje, tivemos ótimos momentos! Por enquanto, não estou disposto a levar as minhas músicas para o palco.

 

Muito obrigado, Leonardo, mais uma vez. Queres acrescentar mais alguma coisa?

Agradeço o teu interesse e tempo! Certamente teremos uma conversa novamente no futuro para os próximos álbuns. Vou publicar um álbum por ano, uma vez que já tenho material gravado e depois pode demorar mais algum tempo a publicar novos discos, mas irei continuar a fazer música com paixão como sempre fiz! Obrigado, novamente e até a próxima!


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