Da
região mais a sul de Portugal surge mais um nome de peso a prometer agitar as
águas do som mais extremo. Falamos dos Baltum que têm a circular um EP de três
temas em formato digital e que preparam o lançamento do álbum de estreia, a
acontecer lá mais para o final do ano. Para já, fomos conhecer este novo projeto
numa conversa com o vocalista Sérgio Ramos.
Olá, Sérgio, tudo bem?
Antes de mais, obrigado pela disponibilidade. Podes apresentar-nos este novo
coletivo nacional, os Baltum? Quando começaram e o que vos motivou a erguer
este projeto?
Baltum
surge em 2020, das cinzas de Mortualium e é composto por Kenneth
Campeã (guitarra ritmo), Ângelo Guerreiro (bateria), Sérgio Ramos
(voz), Marco Saúde (guitarra lead) e Marco Roberto
(baixo). Por essa altura, alguns elementos que já integravam Cold And
Deceased (que se carateriza pela rapidez, frieza e agressividade) sentiram
a necessidade de ter uma sonoridade mais melódica. O Kenneth começou a compor
ideias de raiz, mais melódicas e com ligeiras novas influências. Foram surgindo
novos membros e a banda começou a ganhar coesão.
De que forma surge o
vosso nome? Tem algum significado?
“Baltum”
é reconhecido como o primitivo nome romano de Albufeira (Algarve). Honramos
assim a origem geográfica - do núcleo - da banda.
Já tinham tido outras
experiências musicais antes desta nova aventura? Que experiências trouxeram
para Baltum?
Referenciando
apenas algumas bandas: eu sou vocalista em Godofe Keios e Cold And
Deceased; o Kenneth tocou guitarra em Deep Odium e toca em Cold
And Deceased; o Ângelo tocava bateria em Deep Odium e toca em Apocalypse
Conspiracy; o Marco R. cantava em Sordid Sight e tocou baixo em Mágoa
e o Marco G. tocou guitarra em Thorpit e toca também em Cold And
Deceased. Todo esse background acaba por nos dar uma maior
maturidade em termos de criação/exploração musical e nas tomadas de decisão,
por exemplo.
Que nomes ou movimentos
mais vos influenciam?
As
nossas maiores influências são o Death e o Black metal, cunho
bastante evidente na sonoridade de Baltum. Alguns elementos também
partilham o gosto por influências mais folk ou sonoridades mais
melódicas e sinfónicas, criando assim a nossa sonoridade que, a nosso entender,
não é “cópia” de nenhuma banda ou fórmula em específico.
Vocês acabam de lançar
um EP de três temas, Losing Myself. É apenas em formato digital?
O
EP tem apenas formato digital, está neste momento disponível no Bandcamp
e YouTube. Talvez fique disponível em mais plataformas. Ainda estamos a
estudar essa possibilidade, enquanto absorvemos o feedback do EP.
Curiosamente, o vosso
primeiro lançamento até foi um álbum ao vivo, Live At Inferno das
Trevas. Não é muito vulgar isso acontecer, por isso como se proporcionou
essa oportunidade?
O
muito modesto áudio desse álbum foi capturado na Casa das Virtudes, em
Faro, e foi colocado no Bandcamp porque havia a necessidade de gerar
algum conteúdo fácil de divulgar. Foi um concerto que nos deu bastante prazer e
essa foi também uma das razões que nos levou a partilhá-lo.
Os três temas de Losing Myself também
estavam no trabalho ao vivo. Esta é uma forma de lhe dar uma roupagem mais
trabalhada ou melhor produzida?
Penso
que estes três temas fazem um bom apanhado do som que Baltum tem vindo a
compor. Para o EP queríamos dar a conhecer o suficiente, criando também, em
quem nos escuta, a vontade de explorar um pouco mais a nossa sonoridade. Teria
que ser uma amostra curta, mas abrangente, ao mesmo tempo. Por outro lado,
estabelecemos também uma espécie de deadline para a finalização do EP.
Estes três temas estavam completos há já algum tempo, necessitando apenas de
serem produzidos em estúdio.
Um primeiro
longa-duração já está a ser preparado? O que nos podes adiantar a este
respeito?
O
nosso longa-duração sairá até ao final do ano. Teremos nove temas. Podem
esperar um desenvolvimento da sonoridade do EP, mantendo o mesmo conceito e a
mesma estética. Ainda estamos a ultimar alguns detalhes, mas muito em breve
teremos novidades.
Como funciona o
processo de composição nos Baltum?
A
composição de Baltum tem passado muito pelas criações do Kenneth. Esses
nove temas que iremos lançar no LP foram compostos aquando dos ensaios com o
Ângelo. Nos primórdios do que viriam a ser os Baltum só eles os dois
integravam o projeto. Houve sempre uma abertura na abordagem ou alteração às
composições que, naturalmente, acabaram por evoluir ao longo dos ensaios. Os
novos temas que iremos compor serão criados já com todos os elementos presentes
na banda. No que toca às letras, algumas foram escritas pelo Kenneth e outras
por mim, mais ou menos em igual parte.
E como estamos em
termos de palco? O que têm planeado para os próximos tempos?
O
nosso próximo concerto será dia 6 de outubro, abriremos essa noite do Faro
Alternativo 13, que será realizado na Casa das Virtudes. Temos mais ofertas em
cima da mesa, mas ainda não podemos confirmar. Podemos, sim, afirmar que temos
bastante vontade de tocar, mostrar a nossa música e trazer mais ouvintes para o
mundo de Baltum. Seria um enorme prazer dar o nosso contributo num ou
outro festival de peso, no próximo ano. (sim, podem contactar-nos!)
Obrigado, Sérgio, pela
oportunidade! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Em
nome dos Baltum, agradeço a entrevista e a oportunidade de divulgar a
nossa música. Teremos mais notícias em breve. Podem seguir-nos no Bandcamp,
Facebook, YouTube e Instagram. Continuem a apoiar o Metal
nacional, obrigado!
Grandes! Aguardamos o EP.
ResponderEliminarObrigado pelo apoio e divulgação!
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