Sem perder tempo, Marco Marouco apresenta o segundo
álbum do seu projeto, On The Loose. Dark Emotions é um álbum que fica marcado por
algumas alterações ao nível do line-up e da linha musical seguida. E,
numa altura, em que os trabalhos de um novo disco já avançam, voltámos a falar
com o guitarrista deste projeto algarvio que, para já, não tem o palco em
vista.
Olá, Marco, tudo bem? Pouco mais de um ano depois, o teu projeto
On The Loose lança um novo álbum. Como passaram esse período?
Boas, Pedro, tudo bem por terras
algarvias… muito calor mas um medronho fresquinho ajuda. Em relação a On The
Loose estive a promover o nome do projeto um pouco por todo o mundo através
de entrevistas e redes sociais. Quando o primeiro disco foi posto no mercado já
tinha composto o Dark Emotions, depois foi uma questão de produzir o
disco com alguns contratempos normais de um projeto musical.
Quais foram os teus objetivos quando partiste para a composição
de Dark Emotions? Ou ainda são temas que vieram do
período de confinamento?
A composição do Dark Emotions foi
igual à do disco homónimo. Fiz umas 15 músicas, mas no fim escolhi apenas 9
para o disco. Os objetivos são sempre os mesmos, fazer música de que gosto,
neste disco estava numa onda mais hard rock e Heavy Metal por
isso as composições não foram tão Doom Metal tradicional.
E no aspeto da composição, continuas a trabalhar sozinho ou
desta vez foi um esforço conjunto da banda?
Em termos de composição eu continuo a
trabalhar sozinho; quando se trata de estruturar as músicas o João Ventura dá
uma tremenda ajuda para fazer as músicas, depois das estruturas finalizadas o
Pedro canta o que quer onde lhe é pedido para tal.
Porque Dark Emotions? De que
forma surge este título e como se conecta com a componente lírica do álbum?
Dark Emotions… eh pá estava a atravessar uma
parte menos boa da minha vida e só pensava em coisas negativas por isso pedi ao
Rick Thor para escrever letras sobre isso mesmo, destruição, desolação,
tristeza. O Rick conseguiu mais uma vez explanar o que me ia na cabeça de uma
forma genial.
Como decorreu o processo de composição deste conjunto de novos
temas?
Eu, normalmente, em duas semanas consigo
ter ideias para umas 15 música. Depois entre mim e o João Ventura
decidimos como estruturar tudo até ficar uma música, depois disso passo ao Paulão
que é o produtor ele faz uns arranjos e deixa as guitarras já como produto
final, segue a gravação da bateria que neste caso foi no estúdio do Vítor
Bacalhau com uma bateria dos anos 70. O Paulão fez uma pré mix e passei
tudo ao Pedro para gravar as vozes, entretanto o João Covas ia gravando
o baixo, no final o Paulão lá fez a sua magia com a mistura final e mastering.
Ao nível da formação existem algumas novidades. A mais notória é
a troca do Flávio Lino pelo Pedro Fialho Jesus. Foi a agenda mais preenchida do
Flávio que esteve na origem desta troca?
Sim, a razão foi mesmo essa, o Lino
andava sempre em tour o que atrasou o Dark Emotions, no fim
decidi procurar outro vocalista. O João Ventura conhecia o Pedro de
tocar em bares. Eu ouvi umas coisas que ele tinha e decidi arriscar. Também
tinha falado com o Ray Alder dos Fates Warning, mas nesse momento
estava a gravar o disco a solo logo era impossível, então decidi arriscar todas
as cartas no Pedro e acho que foi uma excelente escolha.
Mas, não concordas que o projeto ganha outra identidade por ter
um vocalista não tão próximo do Bruce Dickinson?
Claro que sim, com primeiro disco eu já
sabia que ia ser bombardeado com referências ao Dickinson mas decidi ir em
frente. Aliás, o primeiro disco era suposto ser todo instrumental mas no fim lá
falei com o Lino e ele desenrascou a coisa. Mas sim, prefiro algo não tão
colado ao Dickinson e com influências mais rock como Whitesnake, Rainbow,
Dio…
Depois, tens a entrada do João Covas para o baixo. No primeiro
álbum foste tu quem assumiu o baixo, não foi? O objetivo é teres mais liberdade
para a guitarra?
Sim, no primeiro disco gravei eu o baixo,
mas é sempre melhor ter alguém que esteja habituado a tocar o instrumento
porque tem mais bagagem do que eu. O objetivo era ter um baixista a tocar baixo
e não ter um guitarrista desenrascar a tocar baixo e acho que o resultado final
ficou bem melhor que no primeiro disco.
Diana Piedade participa num incrível dueto em A Stroll Along The Shoreline. Como surgiu a ideia de incluir
uma voz feminina e como chegaram à Diana?
Eu não gosto muito de vozes femininas a
cantar Metal, aquelas que gosto são muito poucas, gosto da Doro e
da Jody Turner das Rock Goddess. Prefiro vozes femininas rockeiras
como a Ann Wilson dos Heart e claro da Diana. Todos conhecemos a
Diana e sempre quis fazer um dueto, o Pedro teve uma trabalheira terrível para
compor as melodias vocais para os dois e a Diana chegou, gravou dois takes
à primeira e depois tivemos que escolher entre o ótimo e o fabuloso… A Diana
para mim tem uma das melhores vozes do mundo e entende o mundo do Metal
por isso falei com ela.
Têm algum vídeo retirado deste álbum? Que critérios estiveram na
base da sua escolha?
O primeiro vídeo foi feito pelo amigo
Conim para o tema Hearth Of Dead Ashes e dediquei o tema a um amigo
espanhol que cantava nos Bella Bestia e agora nos Devil Fantasies,
devido ao suicídio da filha. Entretanto quando tenho tempo faço uns lyric
vídeos com pouca qualidade, mas o dinheiro é pouco… o último vídeo foi
feito pelo Carlos Guimarães para o tema Chasm Of Fallen Illusions.
Entretanto, já começaram a preparar um terceiro disco. Será de
versões? Para quando está previsto o
seu lançamento?
O terceiro disco já está composto, está
em fase de pré-produção. Desta vez falei com o Kyle dos Seven Sister e Phantom
Spell para produzir o disco. Não vai ser um disco de versões, vai ter uma versão,
mas de momento não quero dizer qual. Ainda estou á espera que o Kyle faça uma mix
das guitarras e as estruturas para poder marcar o estúdio onde vai ser gravada
a bateria por isso o lançamento deve ser lá para maio de 2024 se tudo correr
bem.
E palco para promover Dark
Emotions? O que têm acontecido e o que está previsto?
É muito complicado levar On The Loose
para a estrada, tinha que arranjar outro guitarrista, o Ventura e o Pedro têm
muito trabalho por isso, isto é, um projeto. Se algum festival quiser que
toquemos tinha que ponderar tudo muito bem. Para tocar ao vivo já tenho Els
Focs Negres.
Obrigado, Marco, mais uma vez! Queres acrescentar mais alguma
coisa?
Muito obrigado por esta oportunidade para
divulgar On The Loose. WE ARE ALL DEVILS ON THE LOOSE.
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