De
Sta. Maria da Feira chega-nos mais um nome a dar os primeiros passos no metal. Chama-se Ladon Heads e, com a bênção de Lex
Thunder dos Toxikull, os primeiros temas já rodam por aí. Oportunidades para se
irem apresentando ao vivo também já têm aparecido, o que vai consubstanciando
um crescimento e um trajeto lento, mas tranquilo, como nos afirmou Fernando
Ferreira, nesta entrevista em jeito de apresentação.
Olá, Fernando, tudo bem?
Obrigado pela disponibilidade! Para começar podem apresentar os Ladon Heads? Quando
é que se juntaram e com que objetivos?
Boas,
Pedro, tudo ótimo. Obrigado, nós pelo convite. Os Ladon Heads são uma
banda de Santa Maria da Feira que toca Heavy Metal tradicional. Eu e o
Samu (bateria) juntamo-nos para tocar algumas vezes em 2021, mas a banda
completa surgiria no início de 2022 quando o Rui (guitarra) e o António (baixo)
aceitaram o convite para se juntar. Os únicos objetivos que temos com a banda é
poder tocar ao vivo com alguma regularidade e poder eventualmente gravar um
álbum. É um objetivo que partilhamos desde miúdos (risos).
Podem falar um pouco
das vossas experiências musicais anteriores?
Nenhum
de nós tem grande experiência neste meio. O primeiro concerto dos Ladon
Heads foi o primeiro concerto de todos nós. Eu e o Rui Pedro há uns 15 anos
chegamos a ter uma banda de thrash - à qual o António se juntou mais
tarde - chamada Warizon, que nunca lançou nada nem nunca tocou ao vivo.
Ainda assim acabamos por reciclar alguns dos riffs para os Ladon
Heads que podem ser ouvidos em ambas as músicas que saíram até agora. O
António tem também neste momento outra banda onde toca guitarra que se chama Mad
Vamps.
Como tem sido o vosso
trajeto até agora?
Tem
sido lento, mas tranquilo (risos). Temos pouca experiência nisto, então as
coisas vão surgindo devagar o que é natural. Ainda assim já conseguimos tocar,
já conseguimos lançar 2 músicas, temos agora um concerto marcado para 17 de
novembro a fazer a primeira parte de Toxikull em Ovar. Acho que são
estes os pontos altos do trajeto até agora, o objetivo é continuar a tocar e
gravar mais algumas músicas.
Como é que os vossos
nomes artísticos surgem e qual o seu significado?
Na
verdade, não passam de uma brincadeira, não têm um verdadeiro significado.
Se te perguntasse quais
os nomes ou movimentos que mais vos influenciam, o que responderiam?
Eu
acho que a banda se enquadra no NWOTHM, e temos muitas referências
dentro desse movimento, bem como todos os movimentos que o influenciaram - NWOBHM,
USPM, FWOSHM, o thrash americano e europeu etc. Quanto a
bandas são demasiadas para nomear (risos).
No vosso canal de Youtube já podem ser
ouvidos alguns temas. Em que fase está o vosso processo de composição?
Neste
momento temos 7 temas compostos, que são os que fazem parte da nossa setlist.
Temos umas 3 músicas que ainda não estão terminadas, mas mais cedo ou mais
tarde ficam - neste momento deixamos um pouco de parte para focar em afinar as
que temos completas para o concerto.
Como se definiriam, em
termos musicais e líricos, para aqueles que não vos conhecem?
De
um ponto de vista musical diria que somos uma banda de Heavy Metal
tradicional. Dá para ouvir influências de outros subgéneros dentro do metal,
mas diria que o core é tradicional. Em termos líricos já acho que
colamos um pouco mais ao power metal e o metal mais épico.
Escrevemos maioritariamente sobre mitologia e batalhas. Temos 5 temas que
contam uma história de fantasia baseada em alguns mitos. Portanto sem dúvida
que vamos mais nessa onda de contar histórias nas nossas letras.
Já têm planos para o
lançamento de um álbum ou outro produto?
Neste
momento ainda não. Acho que vamos continuar a gravar as que temos concluídas e
lançando como temos feito até agora. Mas este plano pode mudar.
De que forma é que o
Lex Thunder aparece a misturar e masterizar estes temas?
No
final do ano passado senti necessidade de ter aulas de voz e comecei a ter
aulas com o Alex. Acabei por gravar as vozes destes primeiros temas no estúdio
dele. Era algo que queria porque sabia que ele ia dar boas dicas. Nisto soube
que ele também fazia produção musical e foi a escolha mais óbvia. É alguém com
quem me dou muito bem e que acima de tudo conhece bem o som que queremos
alcançar por estar dentro da cena. Estamos dentro de um estilo musical de
nicho, e com a qualidade dos materiais de hoje em dia não é fácil explicar que
queremos uma produção mais raw e mais oldschool. A não ser que a
pessoa que te vai produzir tenha uma banda de heavy metal tradicional,
aí fica fácil (risos).
Muito obrigado, Fernando!
Queres acrescentar mais alguma coisa?
Mais
uma vez muito obrigado nós Pedro a ti e à Via Nocturna pelo convite e
pela divulgação que fazem da música nacional. Para terminar queríamos apenas
convidar todos os que estiverem a ler isto a aparecerem no Buraco em
Ovar, dia 17 de novembro para uma noite de aço de Ladon Heads e Toxikull.
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