Stavros
Dzodzos (guitarra solo, vocais), Marco Mottolini (baixo, backing
vocals) e Maxime Cosandey (bateria, backing vocals, efeitos
especiais) são os três elementos que dão vida e cor aos Dirty Sound Magnet, um
trio de rock enérgico oriundo da Suíça. Sem perder tempo, apenas um ano
após DSM III, o coletivo lança Dreaming In Dystopia, que na
realidade é irmão do anterior, embora com estados de espírito diferentes: raiva
no primeiro; alívio no segundo. Vejamos o que o power trio
tem a contar sobre este seu novo registo.
Olá,
pessoal, como estão? Obrigado pela disponibilidade. Sendo uma das bandas mais
ativas e energéticas da Suíça e da Europa, podem apresentar-se aos rockers
portugueses?
Dirty Sound Magnet são três amigos
que adoram música e adoram criar arte juntos. Para nós há algo mágico na música
e andamos a viajar pelo mundo para compartilhar essas emoções e sentimentos
profundos com o público. A música é uma porta direta para outra dimensão.
O
vosso novo álbum, Dreaming In Dystopia foi lançado no
final de outubro. O que nos podes dizer sobre este álbum?
É um álbum de esperança. Não
importa o quão sombrio tudo esteja ao redor, a música está sempre lá. É um
álbum cheio de cores. A música é o remédio da mente e o álbum foi o nosso
remédio. Durante o bloqueio conseguimos viajar com a mente e a alma. Este álbum
é a nossa maior aventura até agora.
Este álbum foi composto ao
mesmo tempo que DSM III, em tempos de pandemia.
Podemos dizer que é uma sequência natural do álbum anterior?
Sim, o DSM III trouxe
todas as músicas energéticas. Foi um álbum da raiva. Este é um álbum de alívio.
Com este álbum vimos a luz. Aconteceu muito naturalmente.
Por que não lançaram os
dois álbuns juntos?
Porque são muito diferentes. Expressaram
algo diferente. Mas é verdade que é interessante colocá-los lado a lado.
Juntos, eles podem ser os vossos melhores companheiros.
Neste álbum, todas as
faixas estão unidas por um traço comum. Qual é?
A água. Todas as faixas estão
ligadas pela água. A água é vida, mas a água também pode ser morte. Através do
álbum há uma sensação de urgência e destruição iminente. A água está sempre
presente em diferentes formas (oceano, rio, chuva). Está lá principalmente para
apaziguar o ouvinte. Na faixa Lost My Mind, acabamos por nos afogar
nela.
Três singles
já foram lançados deste álbum. São uma boa representação de todo o trabalho?
Sim e não. De certa forma, os
três singles representam a variedade que encontrarás no álbum e o clima
mais tranquilo em comparação com o energético DSM III. Por outro lado, é
verdadeiramente um álbum e não uma coleção de singles. Portanto, o único
momento em que terás a verdadeira sensação é quando ouvires a peça inteira.
Vocês são conhecidos como
uma banda incrivelmente energética, mas neste álbum, um dos singles é
a sensual balada, Lonely Bird. Sentem que só agora atingiram
a maturidade suficiente para explorar esse tipo de clima musical?
Certamente evoluímos como músicos
e na nossa expressão. Também evoluímos como seres humanos e isso certamente
refletir-se-á na nossa música. Teoricamente, a tua música deveria evoluir até
morreres. Contanto que não o faças por dinheiro, não vejo por que isso não deva
acontecer. Estou curioso para ouvir a nossa música aos 80 anos. Porque uma
coisa é certa – continuaremos a fazer isto até ao fim.
Como
foi o processo de gravação do álbum? Gravaram ao vivo em estúdio, não foi?
Sim, tentamos manter tudo o mais
natural possível. Tentamos manter a pós-produção ao mínimo. Concentramo-nos principalmente
em conseguir os takes perfeitos, aqueles onde a magica acontece.
Olhando
para o passado podemos ver o lançamento de dois álbuns dos DSM com Didier
Coenegracht. Podemos falar em duas fases distintas da banda?
Sim, na verdade, considero os
antigo DSM como outra banda. Por alguma razão mantivemos o mesmo nome.
Mas, pensando bem, deveríamos ter mudado. A banda como tu a conheces hoje
começou a existir em 2016.
O
que têm planeado para uma tournée de promoção
deste álbum?
É uma tournée enorme.
Tocaremos por toda a Europa, alguns espetáculos nos EUA, uma tournée pelo
México e outra pela Austrália. Estamos lotados até abril do próximo ano.
Muito
obrigado, pessoal, mais uma vez. Querem acrescentar mais alguma coisa?
Infelizmente, Portugal ainda não
está planeado, mas voltaremos com certeza. Adoramos o país e divertimo-nos muito
quando tocamos aí. As pessoas são adoráveis, a comida é ótima e o país é lindo.
Comentários
Enviar um comentário