Entrevista: Axenstar

 


Depois de uma aventura pela Ram It Down Records (aqui dissecada), os Axenstar regressam a uma casa que conhecem bem e lançam o seu oitavo capítulo, naturalmente intitulado Chapter VIII. E, mais uma vez, os adeptos do power metal melódico da escola escandinava têm aqui mais um trabalho com que se deliciar. Porque os Axenstar sabem como criar esses hinos metaleiros poderosos e carregados de melodia. O vocalista e baixista, e também único membro fundador, Magnus Winterwild, fala-nos de tudo isso.

 

Olá, Magnus, tudo bem? Chapter VIII é o novo álbum de estúdio dos Axenstar, tendo sido lançado recentemente. O que nos podes dizer sobre este vosso novo trabalho?

Olá, Pedro! Bem, estamos super felizes e entusiasmados por finalmente podermos lançar o novo álbum! Chapter VIII está repleto de hinos de metal!

 

De que forma Chapter VIII mostra a vossa evolução enquanto banda?

Tenho a certeza de que todos os nossos lançamentos têm um progresso natural em relação aos nossos álbuns anteriores, mas para apontar alguns aspetos, acho que conseguimos escrever músicas tanto para os nossos antigos fãs quanto para um possível novo fã. Tentamos manter-nos fiéis às nossas raízes enquanto nos esforçámos para adotar um som mais moderno. Às vezes não é preciso evoluir muito para lançar um grande álbum.

 

Como foi o processo de composição deste álbum? Mudaram alguma coisa em relação aos anteriores?

Bem, nós encontramos uma maneira que funciona para nós quando escrevemos música, portanto, na verdade, não mudou muita coisa. É claro que a pandemia surgiu precisamente a meio do nosso processo de composição, mas como normalmente demoramos alguns anos para concluirmos um novo álbum, não acho que isso nos tenha impactado muito.

 

O álbum traz uma enxurrada de power melodic metal. Como foi o processo criativo deste álbum e como conseguiram misturar estes aspectos?

Tentamos misturar tanto o som antigo dos Axenstar com um som contemporâneo e como sempre gostamos de misturar riffs pesados com melodias agradáveis. Acho que conseguimos uma boa mistura, estamos muito felizes com o resultado das músicas e do álbum. Colocamos muito esforço nas melodias vocais e nos coros para chegar a um som maior.

 

Como foi o trabalho de estúdio para este álbum?

Bem, sabes que hoje em dia não precisas de um estúdio caro para o processo de gravação, por isso gravámos tudo, exceto a bateria, sozinhos no nosso próprio estúdio que temos no nosso local de ensaio. É muito prático e também nos dá a oportunidade de testar muitas ideias e fazer milhares de repetições (risos)!

 

Na altura em que compomos esta entrevista, dois singles já tinham sido extraídos deste álbum –Heavenly Symphony e The Flame Of Victory, mas um terceiro será anunciado em breve. Por que escolheram essas músicas para este fim?

Escolhemos essas músicas porque achamos que elas possuem certos ingredientes que podem agradar aos fãs de metal. Queríamos que o primeiro single fosse uma faixa típica de power metal uptempo, portanto a escolha não foi tão difícil. Conversamos com a nossa editora e combinamos essas três músicas; a terceira será Through The Fire And Brimstone.

 

Este álbum marca o vosso regresso à Inner Wound Recordings após Where Dreams Are Forgotten de 2014. O que aconteceu para End Of All Hope não ter sido lançado pela editora sueca?

Bem, depois de Where Dreams Are Forgotten, tivemos algumas mudanças na formação que levaram algum tempo e quando finalmente escrevemos e gravamos as novas músicas, elas não se enquadravam no cronograma de lançamento da Inner Wound Recordings, por isso assinámos com a alemã Ram It Down Records. Mas é claro que eles fecharam as portas, portanto agora estamos de volta com a Inner Wound Recordings e estamos muito felizes com isso.

 

End Of All Hope foi lançado e o mundo fechou. Sentiram-se frustrados por não terem tido a oportunidade de o promover convenientemente?

Sim, bem, claro que não foi o melhor momento, mas quem poderia saber? Teria sido bom ter tido a oportunidade de o promover melhor, mas era mais ou menos a mesma situação para todas as bandas ou artistas musicais. Acho que o álbum poderia ter feito mais sucesso se o tivéssemos lançado depois da pandemia.

 

Quais são os vossos planos para divulgar este álbum em palco?

Bem, este álbum foi lançado no início de dezembro, o que também não é o melhor período para espetáculos ao vivo, pelo menos, mas estamos a planear fazer tantos espetáculos ao vivo quanto possível a partir do próximo ano.

 

Obrigado, Magnus, foi uma honra. Queres enviar alguma mensagem para os nossos leitores?

Obrigado pela entrevista e interesse na banda, e para todos vocês, metalheads, não deixem de conferir o novo álbum dos Axenstar, Chapter VIII! Stay metal!


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