Com o final dos Kalidia, a vocalista Nicoletta Rosellini
resolveu, juntamente com outros dois membros, avançar para um projeto novo. E
não foi preciso esperar muito para nascerem os Alterium. E daí até ao primeiro
álbum, Of War And Flames, a espera também
não foi longa, até porque importaram algum do material em que estavam a
trabalhar na antiga banda. Com o impacto que Of War And Flames tem tido,
quisemos sentir o pulso deste jovem coletivo numa conversa com a cada vez mais
experiente e requisitada Nicoletta Rosellini.
Olá, Nicoletta. É uma honra fazer esta entrevista contigo. Como estás?
Muito bem! Foram
semanas intensas com tudo relacionado ao lançamento de um álbum, muito trabalho,
mas também muita energia positiva.
A estreia dos Alterium, Of War And Flames acaba de ser lançada. Como têm sido as
reações até agora?
Surpreendentemente
boas! Sabíamos que tínhamos feito um bom trabalho, mas devo dizer que a receção
esmagadoramente positiva, tanto por parte dos ouvintes como da imprensa,
surpreendeu-nos. Muitas pessoas contactaram-nos para nos felicitar, tanto
privada como publicamente, e as críticas são, em geral, muito positivas. Não
poderíamos pedir mais!
Para começar, como surge o nome da banda? O que significa?
Na verdade, o
nome não tem um significado real. Queríamos algo que refletisse as nossas
origens italianas, fosse uma palavra curta e fácil de lembrar. Além disso, Alterium
também complementa alguns dos nossos temas relacionados à mitologia.
Alterium é uma nova força de Power Metal Sinfónico que ganhou vida após o fim dos Kalidia.
Foi esse o único motivo que te fez iniciar este novo projeto? Quando aconteceu
isso?
Quando a banda
anterior ainda estava ativa, nunca pensei em fundar outro projeto. Dediquei 12
anos da minha vida a trabalhar incansavelmente para a levar ao sucesso.
Infelizmente, ao longo do caminho, o conto de fadas não teve um final feliz e
tornou-se impossível trabalharmos juntos. Porém, Dario (bateria), Paolo
(guitarra) e eu ainda tínhamos o mesmo sonho e a mentalidade certa para fazer
um novo projeto dar certo. Portanto, pegamos no material que tínhamos escrito e
formamos os Alterium. Em menos de dois meses tínhamos uma banda com
ótimos músicos e conseguimos finalizar o disco. Olhando para trás agora, é algo
que eu deveria ter feito muito antes porque Alterium é a banda que
sempre quis.
Quais foram os teus objetivos ao criar os Alterium?
Eu queria
continuar a produzir a música que amo e a compartilhá-la com o mundo. Claro que
desta vez trouxe tudo o que aprendi nos últimos 14 anos para garantir que esta
banda começasse com o pé direito. Já não sou uma adolescente e acho importante
não perder tempo, indo por atalhos. Foi um investimento significativo que
espero me traga grande satisfação no futuro. Por enquanto, os primeiros passos
foram todos muito gratificantes.
Como foi feita a seleção dos músicos que te acompanham nesta nova
jornada?
Dario e Paolo já
estavam na minha banda anterior, enquanto Luca (baixo) é um amigo de longa data
e já colaborámos no passado. Não conhecia pessoalmente o Alessandro (guitarra);
foi Paolo quem o sugeriu, mas devo dizer que ele foi como a cereja no topo do
bolo.
Alterium é um projeto para apenas um álbum?
Absolutamente
não! É uma verdadeira banda em todos os sentidos! Já começámos a escrever o
segundo álbum, portanto vocês ouvirão a nossa música durante muito tempo (ou
pelo menos espero que sim!).
Como descreverias Of War And Flames nas
tuas próprias palavras?
Poderoso,
melódico e elegante. Uma mistura equilibrada de power metal, riffs
de guitarra cativantes, linhas vocais poderosas e arranjos majestosos.
Como foi o processo de composição deste álbum? Foi diferente do
de Kalidia?
Eu escrevi a
maioria das músicas juntamente com o nosso produtor, Lars Rettkowitz,
para a banda anterior, portanto grande parte do álbum já estava bem
encaminhada. Os membros trouxeram um toque próprio, e claro que, no segundo
álbum, terão muito mais espaço para trazer as suas ideias (que, pelas demos
que estamos a produzir, estão realmente excelentes!)
O álbum fecha com Bismarck, um tema dos
Sabaton. Por que decidiram fazer uma cover dessa música?
É uma música que
gosto muito e achei que seria interessante ouvir uma versão cantada por um
contralto, já que somos muito raros no metal. Além disso, acho que
inicialmente ajudou a gerar alguma curiosidade na banda.
Passando ao aspeto lírico, sobre o que falam estas músicas?
Continuei com os
temas que sempre abordei na minha música, principalmente mitologia (do grego ao
egípcio) e temas retirados da literatura e dos videojogos de fantasia.
E quanto ao teu desempenho vocal? Adotaste alguma técnica nova?
Certamente ao
longo dos anos, cresci muito vocalmente. Principalmente, tornei-me mais
consciente do que faço bem e de como fazer o melhor uso da minha voz. É por
isso que estou muito satisfeita com o que consegui com este projeto!
Para além dos Alterium também estás incluída incluído em diversos
projetos diferentes, nomeadamente Walk In Darkness entre outros. Tens alguma
notícia sobre algum deles?
Os projetos
paralelos continuarão o seu curso. Ao contrário dos Alterium, onde não
só canto, mas também componho e faço management, nos outros projetos sou
simplesmente a vocalista, por isso o meu envolvimento é mais marginal. E é,
definitivamente, a única maneira de os manter, porque tratar de uma banda como
estou com os Alterium é um trabalho a tempo integral. No entanto, gravei
muitas músicas novas nos últimos meses, portanto haverá alguns lançamentos nos
próximos meses.
Quais são os vossos planos de tournée para este álbum? Portugal estará incluído?
Estamos a trabalhar
em novos espetáculos; nesta altura, temos alguns festivais programados para o
outono. Não é fácil ser uma banda “nova” e garantir muitos espetáculos, mas
estamos a fazer o nosso melhor para conseguir isso e crescer rapidamente. Nada
programado para Portugal neste momento, mas adoraria visitar o teu país!
E a partir de agora? Quais são os planos para os Alterium?
Além de procurarmos
novos espetáculo, já gravámos mais três singles que serão lançados nos
próximos meses, portanto podem esperar mais músicas nossas! E, claro, também nos
estamos a dedicar ao novo álbum.
Obrigada, Nicoletta. Queres enviar alguma mensagem aos teus portugueses?
Na verdade, esperamos
tocar no teu belo país em breve para que possamos vos podermos conhecer a todos!
Enquanto isso, podem apoiar-nos ouvindo a nossa música! You rock!
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