Entrevista: Rifforia

 


Os Tuck From Hell, anteriormente, Brother Tuck, lançaram um excelente álbum há 14 anos, intitulado Thrashing. Desde essa altura muita coisa mudou, entre as quais, o surgimento de um coletivo chamado Civil War que granjeou mais atenção. Mas, houve membros que não desistiram e, percebendo que Tuck From Hell não era um nome lá muito agradável, mudaram para um mais apelativo Rifforia. Axeorcism é a primeira proposta desta renovada e rebatizada banda que contactamos através de Fredrik Johansson, filho do ex-membro Nils Patrik Johansson (Civil War, Astral Doors, Lion’s Share).

 

Olá, Fredrik, como estás? Muito obrigado pela disponibilidade. Rifforia é o projeto que dá continuidade a Tuck From Hell e, anteriormente, Brother Tuck. Que ligação existe entre os atuais Rifforia, as bandas anteriormente citadas e o álbum Thrashing de 2010?

As coisas pareciam muito boas para Tuck From Hell. Começámos como Brother Tuck e depois mudamos o nome para Tuck From Hell. Quando chegou a altura de escrever e lançar o segundo álbum, chegámos apenas a metade do processo de composição. Outros assuntos atrapalharam. Mais tarde, Petrus entrou nos Civil War e ficou ocupado com eles. O vocalista Niklas não conseguiu comprometer-se. Eu e Marcus Bengts (guitarra) continuamos a tocar. Tocamos juntos desde os 14 anos e somos amigos desde os 4. Cresci na mesma rua de uma pequena aldeia. Depois de Tuck From Hell escrevemos algumas músicas de vez em quando, e agora podes ouvir muitas delas aqui em Axeorcism. Bem, Patrik escreveu os vocais para a maioria delas em 2023. Com apenas dois membros originais, e Tuck From Hell a mostrar ser um péssimo nome para uma banda, decidimos mudá-lo para Rifforia e começar do zero. Levaremos o curto legado de Tuck From Hell e esperamos elevá-lo a novos níveis.

 

Depois de vários anos, e de algumas experiências diversas, o que te faz regressar com Rifforia e este álbum?

Na verdade, eu e Marcus não queríamos deitar a toalha ao chão. Queríamos fazer algo novo quando chegasse a altura certa. E Patrik criou o nome Rifforia para nós há vários anos. Tínhamos ambições de lançar algo há cinco anos, mas não conseguimos. Agora estamos ansiosos para voltar ao negócio! Podemos já não ser tão jovens (risos), mas espero que tenhamos evoluído e prometo-vos que ainda nos podemos debater. Thrash até a morte! Gravámos um monte de músicas, Patrik ofereceu para as cantar, portanto foi óbvio.

 

Os membros antigos estavam todos disponíveis para reiniciar esta atividade com os Rifforia?

Não, somos só eu e Marcus. Petrus e Niklas não conseguiram comprometer-se com a nossa nova banda. Magnus é um velho amigo e também um ótimo guitarrista, portanto procuramo-lo quando o álbum ficou pronto. Patrik obviamente tem muitas bandas no seu currículo, Astral Doors, Civil War e muito mais.

 

Mas Petrus Granar, um dos antigos membros, também contribuiu com alguns solos. Por que não é membro pleno dos Rifforia?

Sim, ele toca o solo em Death Row Child. Ele está ocupado com outros assuntos, mas sim, discutimos sobre isso. Ele está nos Civil War e acho que está agora ocupado a escrever para eles, depois de Patrik ter saído. Mas Petrus é um grande amigo nosso e estamos gratos pelas suas contribuições.

 

Portanto, depois de todos estes anos, como foi a preparação para Axeorcism e quais foram os vossos principais objetivos?

Apenas queríamos fazer música e tocar ao vivo novamente. Algumas das músicas foram escritas para Tuck From Hell, mas a maior parte do material é totalmente nova. Eu e Polo escrevemos à moda antiga, a tocar na sala de ensaio. Quando surgimos com algo porreiro, gravamos uma demo e enviamos para o Patrik. Somos inspirados pelos deuses antigos, pelos primórdios dos Metallica, Megadeth, Slayer. Adoramos tocar música.

 

O título do álbum mostra um jogo de palavras. Qual foi o principal objetivo para este título e o que significa?

Como o nosso nome é um jogo de palavras, pensamos que seria apropriado criar o título do álbum também assim. Eventualmente, Axeorcism foi o que saiu. Acho que foi ideia do Patrik. Axe por causa da música com guitarras. E o exorcism fala por si mesmo, a conexão entre o horror e o metal existe desde o início. Achamos que parece muito porreiro.

 

A respeito da direção musical, quais foram as vossas ideias para este álbum? Uma abordagem totalmente nova ou a tentativa de recuperar algumas das antigas influências?

Como mencionei, as principais influências ainda são Metallica, Megadeth, Slayer. Não tanto Testament e Exodus, que também são ótimas bandas! Também gostamos de black metal sueco e incorporamos um pouco disso aqui e ali. Há algo especial num bom riff de black metal. Além disso, às vezes podemos ser um pouco mais melódicos por causa dos vocais de Patrik, e também somos inspirados por Accept e Judas Priest.

 

Todas essas músicas são novas e criadas para este álbum ou são resultado do vosso processo criativo ao longo dos últimos anos?

Algumas músicas foram escritas para Tuck From Hell, mas os vocais foram alterados. A maioria das músicas foram escritas nos últimos anos. Polo é uma verdadeira máquina de riffs, por isso não há problema em criar o material. Na verdade, já começamos com o próximo disco.

 

Já tiveram a oportunidade de tocar Axeorcism ao vivo? Que mais têm planeado para o futuro?

O nosso primeiro espetáculo com Rifforia será num grande festival sueco neste verão. O nosso objetivo é tocar ao vivo o máximo possível. Vamos ver o que surge! Tentaremos tocar ao vivo e esperamos fazer alguma tournée em 2024/2025, depois estará na altura de um novo disco!

 

E agora os Rifforia já estão para ficar ou Axeorcism será um lançamento único?

Nós estamos aqui para ficar! A resposta a Axeorcism tem sido muito boa até agora, portanto, estamos interessados em continuar!

 

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