Entre paragens e regressos, sucessivas entradas e
saídas de membros (ainda agora se procura um baterista) e até divisões em duas
bandas, de tudo tem acontecido aos Atrophy. Mas os originais, liderados por Brian
Zimmerman, estão vivos e acabam de lançar um novo trabalho intitulado Asylum. E foi para nos falar
destas peripécias e do novo álbum que falámos com o próprio Brian Zimmerman.
Olá, Brian, tudo bem? Antes
de mais, parabéns pelo vosso regresso. O que motivou este regresso depois de
tantos anos?
Em 2017, reunimos todos, James Gullotta,
baixista, Timkelly, bateria, e eu, e apenas pretendíamos fazer alguns espetáculos.
Continuamos a receber mais e mais convites e isso levou a 2019, onde decidimos
que começaríamos a fazer novas músicas.
O que aconteceu nos
anos 90 quando se separaram depois de dois álbuns excelentes?
Surgiu a música grunge! Isso destruiu todas as bandas
de hair metal e também dizimou o thrash. Além disso, o meu braço
direito, o guitarrista, foi para a faculdade de medicina e tornou-se médico. Tentamos
substituí-lo, mas o som da banda mudou drasticamente e não estava à altura. Eu
também tinha uma menina de dois anos em casa e era altura de ser responsável e
conseguir um emprego de verdade.
E como te sentes de
volta à ação com esse lendário nome Atrophy?
Eu estive muito atento ao nome da banda, quando
criamos o nome e fomos para casa e desenhamos o logotipo e estou muito
orgulhoso que as pessoas achem que somos lendários.
Porém, da formação
clássica és o único membro, certo?
Estás certo, agora sou o único membro original agora.
Depois, acontece outra separação
em 2020 com os Atrophy a dividirem-se em duas bandas – Atrophy e Scars Of
Atrophy. Podes explicar o que aconteceu?
Em 2020 voltámos para casa depois de ir à Europa.
Tivemos oito dias de uma tournée de 23 por causa da COVID-19 e voltamos
para casa para escrever músicas, não foi correu bem. Em 2019 lançamos a música
chamada Riptide e o pessoal entrou em estúdio e gravaram quatro músicas,
tocando ao vivo. Enviaram-me as faixas e eu fiquei muito confuso, tendo
perguntado o que era aquilo. Eles disseram, bem, entrámos em estúdio e gravamos
ao vivo. Disse-lhe que não era isso que eu queria dizer quando lhe pedi para ir
ao estúdio e fazer as gravações. Na minha opinião, foi muito mal feito e eu não
poderia continuar com a banda depois de ouvir o material em 2020. Não soava a Atrophy
e eu já não tinha nenhuma participação na banda. Era uma causa perdida, portanto
afastei-me e pedi que não usassem o nome ou o logotipo e eles fizeram as duas
coisas.
Assim sendo, quem está
nos Atrophy contigo atualmente?
Eu escrevi o álbum com o meu novo guitarrista, Mark
Coglan. Na guitarra solo temos Nathan Montalvo, Josh Gibbs no
baixo, que também está nos Malevolent Creation e, nesta altura, estamos à
procura de um baterista!
Focando-nos agora neste
novo álbum, Asylum traz nove músicas. São todas recentes ou recuperaste
alguma dos velhos tempos?
Não há nada de antigo aqui. Há todo o material novo
que foi criado em 2022 em produção e finalizado em 2023.
A respeito da direção
musical, quais foram as tuas intenções e propósitos para Asylum?
Na direção musical, mantivemos o som antigo, o ritmo
antigo do som original e adicionámos um toque de guitarra um pouco mais
sofisticado, o que dá um som um pouco mais moderno.
Neste álbum contas com dois
convidados. O que procuravas atingir quando os convidaste? Que contribuição trouxeram
para as músicas?
O primeiro convidado é Kragen Lum da banda Heathen,
o segundo é Justin Stear que foi usado apenas para gravar as faixas de
baixo quando conheci Josh Gibbs. Eu queria usá-lo no álbum, mas Justin
já tinha gravado faixas de baixo, portanto dividimos as músicas. Isto é, cada
um poderia tocar cinco músicas, uma música não entrou no álbum.
O que tens planeado
para uma tournée de divulgação do Asylum? Portugal estará incluído?
Não temos certeza se neste ponto tínhamos um baterista
e não resultou com ele, portanto, atualmente, estamos à procura de um novo baterista.
Isso deixou de lado os meus planos para o verão. Queríamos ir para a Europa,
não tenho a certeza se Portugal estará incluído ou não. Fomos convidados para
ir a um grande festival ontem.
Obrigado, Brian! Foi uma honra. Queres enviar alguma mensagem aos nossos leitores e aos seus fãs?
Claro, temos que agradecer a todos os nossos fãs. Dissemos a todos que íamos fazer um álbum e era uma honra e um dever fazê-lo. Espero que todos gostem.
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