Review: Serpent's Kiss (IRONBOUND)

 


Serpent’s Kiss (IRONBOUND)

Ossuary Records

Lançamento: 15/março/2024

 

Tudo nos Ironbound nos remete para os Iron Maiden. Fora da música, o logo, o lettering, a mascote; no campo musical, as harmonias, as cavalgadas, os solos, as estruturas. Seguir os mestres não é mau e até é sinal de inteligência. De tal forma que, quantas vezes não acontece os pupilos superarem os próprios mestres? Não é isso que se passa com os Ironbound que até estiveram muito próximo no álbum de estreia The Lightbringer. Mas ficam bastante mais longe no trabalho que lhe sucede, três anos depois, e que aqui e agora nos ocupa: Serpent’s Kiss. Sem surpresas, estes oito temas navegam nas ondas do mais puro e clássico NWOBHM; sem surpresas, tudo o que neste álbum foi inserido, tem o dedo de inspiração nos Iron Maiden. As twin guitars estão lá bem trabalhadas; o baixo tem bastante preponderância, tanto nas estruturas como nas aberturas; as dinâmicas de bateria definem bem o caminho que os temas devem seguir; a componente épica surge bem enquadrada; os coros oh-oh marcam a sua presença; as mudanças rítmicas têm algum impacto. Então o que afasta Serpent’s Kiss de The Lightbringer? Acima de tudo, a qualidade das canções e o entusiasmo. Se bem se lembram, de The Lightbringer escrevemos “pode não ser o álbum mais original do ano, mas é, seguramente um dos mais entusiasmantes, pelo menos para quem gosta deste metal tradicional e clássico”. Para Serpent’s Kiss, a questão da originalidade (ou falta dela) mantém-se, mas estes temas não se tornam viciantes, parecendo arrastar-se, arrastando consigo todo um álbum. Com a agravante de algumas boas composições pedirem, claramente, uma outra abordagem vocal mais competente e capaz de os catapultar para outro patamar. O que não deixa de ser estranho, pois trata-se da mesma pessoa. Portanto, algo se passou nos Ironbound durante estes três anos – eles são os mesmos e traçam o mesmo caminho… mas o resultado fica longe do já atingido num passado recente. O beijo da serpente não terá sido antes uma mordidela venenosa? [81%]

 

Highlights

Doomsday To Come, The Destroyer Of Worlds, Vale Of Tears, The Healer Of Souls

 

Tracklist

1.      Doomsday To Come

2.      Holy Sinners

3.      Serpent’s Kiss

4.      The Destroyer Of Worlds

5.      The New Dawn

6.      Forefather’s Rites

7.      Vale Of Tears

8.      The Healer Of Souls

 

Line-up

Łukasz Krauze – vocais

Michał Halamoda – guitarra solo

Krzysztof Całka – guitarra ritmo

Zbigniew Bizoń – baixo

Adam Całka – bateria

 

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Edição

Ossuary Records   

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