Entrevista: The Pages

 


Os The Pages são uma jovem banda de mod revival/powerpop que nasceram para homenagear os Secret Affair. Aliás, o seu nome resulta diretamente do nome do vocalista e trompetista da banda britânica, Ian Page. Com gente experiente em campo, o primeiro lançamento é um split com os espanhóis The Neuras e foi para nos falar sobre este projeto e este trabalho que estivemos à conversa com o baixista Peter Page.

 

Olá, Peter, tudo bem? Obrigado pela disponibilidade! Para começar podem apresentar os The Pages?

Olá, Pedro Carvalho, muito obrigado pelo interesse e pela entrevista. Os The Pages são uma banda mod revival/powerpop, à imagem do que se fez do género em 1979, de Almada e formada em fevereiro de 2023. Os elementos da banda são: Philip Page – voz; Stephon Page - guitarra e voz; Peter Page – baixo; Casper Page – bateria.

 

Sendo que a ideia inicial era homenagear os Secret Affair, em que fase do vosso percurso sentiram que poderia ir mais longe?

Sim, quando formei a banda a ideia seria homenagear os Secret Affair, mas com originais nossos e não fazer uma banda de versões. Na verdade, musicalmente, pouco temos a ver com o som dos Secret Affair. O nosso som é mais simples e direto, mais punk. Até a versão do I’m A Bullet que tocamos ao vivo é mais The Pages do que Secret Affair.

 

Como surge o vosso nome? Tem algum significado especial?

O nome da banda The Pages é uma homenagem declarada ao Ian Page, vocalista e trompetista dos Secret Affair.

 

Podes falar um pouco das vossas experiências musicais anteriores e das aprendizagens que trazem para este novo projeto?

Da minha parte posso dizer-te que já formei 10 bandas, todas elas com discos editados, entre elas estão os Cello, Raindogs, Corsage e Manchesters. O Stephon Page é vocalista e guitarrista dos Dead Pigeon e formou comigo, também na guitarra e voz, Os Magnéticos e Peter, Louis and Stephon. O Philip Page tem experiência como vocalista, mas a solo, como banda é a primeira vez. O Casper Page é baterista dos Corsage, já tocou em Manchesters ao vivo, foi dos Pop Dell'Arte e More República Masónica entre outros grupos. Também é baterista dos Santa e as Visões. Como vês a nossa experiência é grande, no entanto os The Pages são uma banda distinta de todas as outras onde tocámos e onde tocamos.

 

Como tem sido o vosso trajeto até agora?

Os The Pages com um ano apenas desde o início da formação, já têm um disco editado e cerca de 10 concertos, entre eles as primeiras partes de The Outcasts e Menace e um festival em Sabinillas no sul de Espanha.

 

Se vos perguntasse quais os nomes ou movimentos que mais vos influenciam, o que responderiam?

Naturalmente que cada um de nós tem gostos muito variados. Mas o que para aqui importa são os The Pages e nesse caso o movimento que mais nos influencia é o mod revival e nomes que vão desde os Secret Affair, aos The Jam, TVPís, Les Elite e por aí fora, bandas que existiram entre 77 e 84.

 

Como se definiriam, em termos musicais e líricos, para aqueles que não vos conhecem?

Somos uma banda mod revival/powerpop.

 

A New Scene é o vosso primeiro trabalho que surge no split com os The Neuras. Como se proporcionou esta parceria?

Os The Neuras partilham este split álbum connosco a convite nosso. A edição é da Lux Records e existe em vinil preto, azul e tricolor e em CD.

 

Para quando algo mais substancial, como um álbum por exemplo, e apenas vosso? Já estão a trabalhar nisso?

Isto é já substancial e fizemos um split por nossa vontade, porque até podíamos ter feito uma edição só em nosso nome. Temos canções suficientes para isso. Até ao final do ano vamos gravar cerca de 12 canções novas para um álbum que irá sair em 2025. E mais, muitas mais novidades a caminho.

 

Há novidades para levar este EP para palco?

Já o apresentámos em Corroios, em Lisboa, no Porto, em Castelo Branco, em Espanha e agora no dia 19 de maio no Lisboa Mods Mayday no Village Underground com os The Neuras. No dia anterior fizemos um pequeno gig na Groovie Records como pré-apresentação do Lisboa Mods Mayday. Dia 22 de setembro tocamos no Fatela Sónica e mais concertos a caminho.

 

Muito obrigado, Peter! Dou-te a oportunidade de acrescentar mais alguma coisa…

Nós é que agradecemos. We Are The Pages! We Are the Mods!

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