Entrevista: Rhapsody Of Fire

 

Os lendários Rhapsody Of Fire estão de regresso aos discos com Challenge The Wind. Esta é a terceira parte da saga The Nephilim’s Empire e traz um coletivo a manter a sua formação composta apenas por elementos italianos. Para perceber o que mudou e o que essa estabilidade trouxe à banda, estivemos à conversa com o líder e único representante da mágica banda que, na mudança de século, reinventou o power metal, Alex Staropoli, que pretende voltar a Portugal na tournée que se seguirá.

 

Olá, Alex, obrigado pela tua disponibilidade. Como estás desde a última vez que conversámos?

Olá, Daniel, estou bem, obrigado! Muito trabalho e muitas coisas a acontecer.

 

Challenge The Wind é o novo álbum dos Rhapsody Of Fire lançado recentemente. Como têm sido as primeiras reações?

As reações são ótimas e muito positivas. Não consigo esconder a emoção de finalmente ver este lançamento.

 

Como foi o processo de composição deste álbum? Mudaste alguma coisa em relação ao anterior?

O processo foi muito parecido, é um método de trabalho que criei e funciona muito bem em termos de criatividade e produção. Compor, organizar, gravar e juntar todas as peças, demora tempo e dá muito trabalho.

 

Da última vez que conversámos, disseste que tentarias adicionar mais elementos sinfónicos no próximo álbum, mas não há muita diferença entre Glory For Salvation e Challenge The Wind. O que mudou na tua mente?

Roby apresentou-me muito material de trabalho de guitarra, por isso mudei de ideias ali mesmo e decidi fazer o contrário, proibir a balada e introdução e fazer um álbum mais direto e in your face. Há sempre tempo para adicionar orquestrações extra, talvez na próxima vez.

 

Também acho que o álbum está menos melódico que o habitual. Foi ago que pretendesses atingir?

É sempre uma mistura entre planear e seguir o fluxo, e desta vez o fluxo foi bastante voltado para o metal, considerando os muitos riffs de guitarra e ritmos que Roby apresentou.

 

E consiste apenas em músicas uptempo. Por que decidiram não incluir nenhuma balada desta vez?

Fizemos tantas baladas durante a nossa carreira que poderíamos preencher um espetáculo inteiro com elas. Não senti necessidade de outra agora.

 

Vanquished By Shadows é um épico de 16 minutos que se aventura no death metal. O que te inspirou a criar essa música?

Não foi planeado, simplesmente aconteceu. Fiz experiências de cúpula e funcionou como eu queria. Eu só permito que uma música longa esteja num álbum se, quando a ouves, não percebes que é tão longa, mas na verdade é rápida e agradável.

 

Este é o terceiro e último capítulo de The Nephilim’s Empire Saga. Quais são as aventuras que o nosso supera desta vez?

Permite-me corrigir as tuas informações (que foram divulgadas incorretamente). Este é o terceiro capítulo, mas não o final. Narramos contos de fantasia que possuem alguns significados, cabendo ao ouvinte considerá-los ou não. O personagem principal tem de enfrentar repetidamente dualidades e tomar decisões épicas para continuar o seu caminho para a autorrealização e a glória. De qualquer maneira, em primeiro lugar, gostamos de oferecer aos ouvintes a oportunidade de curtir e mergulhar no nosso mundo musical.

 

Pela primeira vez desde The Frozen Tears Of Angels, não tiveram qualquer mudança de formação entre dois álbuns. De que forma essa estabilidade vos ajudou a criar este álbum?

Neste momento sinto-me abençoado. A formação atual é totalmente italiana e, para ser mais preciso, além de Giacomo, todos os outros são da mesma cidade, Trieste – Itália. Isso torna a comunicação entre nós muito clara e fácil, como nunca. Há muito tempo que precisava desse tipo de mentalidade e estabilidade.

 

Se tivesses de avaliar todos os vossos álbuns, em que posição estaria Challenge The Wind?

Eu deixaria isso para os fãs. Normalmente não estou interessado em gráficos e rankings de qualquer tipo, positivos ou negativos, realmente não dou importância a isso. Tudo o que sei é que estamos a construir o nosso próprio caminho, a criar a música que amamos e a ter a sorte de viajar pelo mundo e tocar a nossa música para os nossos fãs leais e especiais.

 

Quais são os vossos planos de tournée para este álbum? Portugal estará incluído?

Neste momento, estamos a trabalhar nas datas europeias. Adoro ir a Portugal, da última vez divertimo-nos muito e até aproveitamos um dia como turistas pelo Porto. Magnífico!

 

Obrigado, Alex, foi uma honra fazer esta entrevista. Queres aproveitar para enviar alguma mensagem aos vossos fãs portugueses?

Obrigado por me receberes aqui! Muito obrigado a todos os nossos fãs em Portugal, esperamos reencontrar todos vocês em breve!


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