Entrevista: Eternal Flight


Ficar, de repente, sem banda não deve ser fácil de ultrapassar. Aconteceu a Gérard Fois que ficou sozinho nos Eternal Flight. Daí o hiato de seis anos entre álbuns que terminou com o lançamento de Retrofuture. Com uma formação renovada – e aparentemente estável – os gauleses prometem agora continuar e já se fala de um sucessor este trabalho. O líder Gérard Fois falou connosco sobre todos estes temas.

Olá Gérard, tudo bem? Seis anos depois, aí está o vosso novo álbum. O que aconteceu neste longo período?
Bem, houve os habituais concertos, tournées e escrevemos músicas. Infelizmente a seguir à tour europeia em maio-junho de 2013, a banda separou-se alguns meses depois e tive que encontrar novos músicos. Demorei algum tempo a repensar a melhor forma para continuar. Também andei em tour com outras bandas, gravei e misturei outras no meu estúdio. Também escrevi algumas coisas novas para completar o álbum. Em 2015, gravamos 3 músicas com John Macaluso, fizemos um vídeo e lançamos as músicas como um teaser do álbum. Gravamos, procuramos uma editora e analisamos as ofertas o que também leva algum tempo, como sabes.

Sei que tiveram algumas mudanças de formação. Está tudo estável agora? Os novos membros estão perfeitamente integrados e aptos para o processo Eternal Flight?
Sim, tudo está bem agora! Mesmo! Os elementos novos são excelentes, divertimo-nos muito juntos e quando chega a altura de trabalhar são profissionais! Super-músicos com uma super-atitude!

Retrofuture parece ser um nome perfeitamente adequado para este álbum. Quais foram as razões para a sua escolha?
Sim, nós gostamos de misturar heavy metal tradicional e hard rock com algumas ideias mais modernas e dicas de prog. A marca registada da banda é essa mistura. Peguei no nome de uma música do álbum para o batizar. Esta música não é sobre essa letra, mas o título era perfeito.

Neste conjunto de treze músicas, existem três que já foram gravados em 2015. Por que as recuperaste?
Essas músicas foram gravadas com o baterista John Macaluso (Labÿrinth, ex Malsmsteen e Ark entre muitos outros) e são ótimas! Fiz um ligeiro remix e acho que os fãs de John e, com certeza, os nossos, adoram o facto de também estarem incluídas no CD!

Chegaste a afirmar que o objetivo para este disco era ser mais direto sem perder a originalidade. Achas que conseguiram isso?
Com certeza! Algumas das músicas são puramente power metal melódico como Poison, The Journey ou Danger Calling, mas há um esforço em músicas como Retrofuture, Labÿrinth ou Nightmare King II que misturam muitas influências e são mais progressivas. O que nos separa de muitas bandas dentro do género é que não hesitamos em escrever músicas e usar muitas texturas diferentes de uma música para outra. Algumas bandas gostam de fazer as mesmas músicas desde o início ao fim do álbum, mas isso, para mim, é como comer a mesma comida todos os dias: chaaaaaaatttttooooooo!!!

Desta vez, o método de trabalho foi o mesmo que usaram nos álbuns anteriores?
Se estiveres a pensar no nosso 3º álbum, sim, no sentido em que escrevi todas as músicas. Costumo começar com um riff, uma linha vocal ou algumas peças de teclados e improviso em torno disso a procura de novas ideias. Nas músicas Retrofuture e Labÿrinth, trabalhei de forma diferente, já que coloquei as notas e riffs em teclados virtuais. Os meus companheiros odiaram-me quando tiveram que as tocar em instrumentos verdadeiros (risos). Mas fizeram um excelente trabalho no que lhes competia e mal podemos esperar para escrever e organizar tudo para o próximo álbum!

Como foi a experiência em estúdio?
Como gravamos no meu estúdio, tivemos muito tempo para fazer um bom som, tocar adequadamente as nossas partes e tentar takes diferentes. Trabalhamos numa óptima atmosfera e camaradagem, apenas com o stress suficiente para manter a urgência da música e não adormecer (risos).

O que se segue para os Eternal Flight?
Há outro vídeo a ser confeccionado, para o tema Succubus, temos alguns concertos e tentaremos fazer uma tournée antes de começar a trabalhar no próximo álbum. Bem, já temos algumas ideias, mas ainda não começamos a experimentá-las todas nos ensaios.

Obrigado, Gérard! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Muito obrigado pela entrevista da parte de toda a banda! Gostaríamos de dizer às pessoas que gostam de metal melódico em geral, seja ele prog ou power metal, não importa, que disponham de tempo para ouvir o álbum adequadamente, apreciem a sua diversidade e não fiquem assustados com os factos que pode ser diferentes e não se enquadrem nas receitas usadas pelas maiores bandas de sucesso da actualidade. 



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