Review: Majestic (ReinXeed)

Majestic (Reinxeed)
(2010, Liljegren Records)

ReinXeed é um colectivo sueco nascido da mente imaginativa de Tommy Johansson, em 2002. Nos primeiros cinco anos de vida do colectivo nada de especial aconteceu, a não ser a edição de uma demo e um EP, respectivamente Future Land (em 2002) e Lionheart (em 2004) mas em 2007 com a assinatura pela Liljegren Records, o multi-instrumentista começou a gravar tendo já lançado dois álbuns, The Light (em 2008) e Higher (em 2009) antes deste que agora nos ocupa, Majestic e estando já em preparação uma nova proposta para a Primavera/Verão de 2011. Sem dúvida, muito trabalho para este músico que aposta na escola nórdica do power metal como bandeira. Técnica assinalável, melodias cativantes, cavalgadas velocíssimas são os principais condimentos. E se os arranjos atiram para os Stratovarius, as melodias vão no sentido de uns Insania Stockolm e as estruturas rítmicas aproximam-se de Hammerfall. Verifica-se, ainda, a inclusão de inúmeros apontamentos sinfo-cinematográficos que, salvaguardando as devidas distâncias, coloca os ReinXeed na mesma linha de Rhapsody Of Fire. Enquadrado o trabalho que temos em mãos, passemos à análise da criação. E o disco até abre de uma forma muito interessante, com Deep Under The Sea, uma faixa com uma velocidade estonteante, quebras rítmicas bem planeadas e executadas, apontamentos sinfónicos, bom trabalho ao nível dos coros e, claro, com uma melodia muito apelativa, destacando-se a segunda voz criada pelos teclados, que, curiosamente, nos remetem para temas guerreiros à lá Turisas (este sentimento voltará a aparecer lá para o final do disco, em Lightning Strike Again e, principalmente, em Sword In Stone). A partir deste momento, a banda apresentou as suas credenciais e parte para um trabalho quase sempre rápido, em que alguns temas a meio tempo se vão intercalando e onde a inevitável balada também aparece (Second Chance). Em termos melódicos destaca-se Melody Of Life, Neverland e Majestic onde o colectivo consegue, realmente, criar verdadeiros hinos. O problema que está patente em Majestic é o mesmo que tem deitado abaixo o power metal e que nós apelidados de 3PI’s: pouca imaginação, pouca imprevisibilidade e pouca improvisação. Para além disso, as notas exageradamente altas provocam o frequente recurso a estridentes agudos e falsetes, quase sempre mal executados. Ou seja, temos aqui junto o que de melhor e pior o power metal tem. Nesse aspecto a banda acaba por demonstrar não ter capacidade de filtrar os recursos que tem à sua disposição criando uma obra claramente vocacionada para o mercado asiático. No mercado europeu, os adeptos fervorosos do género poderão consumi-la, mas consideramos que acabe por passar ao lado da maioria dos restantes fãs de metal.

Tracklist:
01. Deep Under The Sea
02. Invincible
03. Never Lie
04. Once Upon A Time
05. Melody Of Life
06. Atlantis
07. Second Chance
08. My Paradise
09. Neverland
10. Majestic
11. Lighting Strikes Again
12. Sword In Stone

Line Up:
Tommy Johansson – vocais, guitarras, teclados
Calle Sundberg – guitarras
Matt Machine – guitarras
Ace Thunder – baixo
Victor Olofsson - bateria

Internet:

Edição: Liljegren Recods

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