Entrevista - The Ransack


Oriundos de Barcelos, os The Ransack são já um nome estabelecido no panorama death metal nacional. Bloodline, o seu terceiro álbum, vem confirmar precisamente isso, demonstrando o crescimento da banda. Agora a trabalhar para a Raging Planet, os The Ransack têm, naturalmente, novos e mais ambiciosos objetivos.

Sendo Bloodline, já o vosso terceiro longa duração, como o classificariam em termos de percurso evolutivo da banda?
Este Bloodline é sem dúvida o zénite da nossa harmonia musical e de composição em termos de coletivo. Penso que encontrámos finalmente o nosso denominador comum e talvez por isso conseguimos um disco tão coeso e sólido. Sei que muitos poderão interpretar como um limitar de horizontes. Mas nós preferimos achar que apurámos a nossa receita!

E que diferenças apontariam entre Bloodline e os seus antecessores?
Este é sem dúvida um disco muito mais melódico e cheio de harmonias, além disso passámos a introduzir no nosso som breakdowns o que nos deixou com estruturas mais dinâmicas e que resultam de forma completamente avassaladora ao vivo.

O artwork é deveras apelativo. Quem foi o responsável? E que mensagem quer deixar transparecer?
Voltámos a trabalhar com o Nuno Silva, que já tinha sido responsável pelo artwork do Vortex. É a representação de várias interpretações da palavra Bloodline. Desde o rasto de sangue à linhagem. Foi sem dúvida algo que nos deixou muito contentes. Aliás nem consigo imaginar outra capa para este disco.

De que forma decorreu, desta vez, o processo de gravação?
Desta vez trabalhámos com o Pedro Mendes nos USS de Braga. O Pedro é nosso amigo e já tinha trabalhado connosco também no Vortex. Decidimos levar mais tempo em estúdio, improvisar mais, arranjar mais, é um disco mais espontâneo. E isso agrada-nos especialmente.

Trata-se da vossa estreia para a Raging Planet. Que expectativas têm para esta nova fase?
As expectativas são sempre as de levar o nosso disco e a banda mais além, a mais gente. A nossa pretensão não é que toda a gente goste de nós, mas sim que toda a gente possa ter conhecimento se gosta ou não.

Como de costume, voltam a trabalhar com alguns convidados. Que papel tiveram eles na sua prestação?
O Pedro faz um solo, que como expliquei anteriormente foi algo espontâneo que aconteceu no estúdio. Ele achou que ali ficava bem algo daquele género e tocou aquilo por cima para nos mostrar a ideia. E nós achámos que nem valia a pena mexer mais.

A vossa agenda de espetáculos está bem preenchida. Entre eles, novamente a ida a Espanha. Têm-se dado bem por lá!
Sim, o publico de Espanha é muito recetivo ao nosso som, gostámos muito de tocar em Espanha e iremos tentar que estas incursões sejam cada vez mais frequentes.

Para além disso, que outras novidades poderemos esperar dos The Ransack nos próximos espetáculos?
Ora bem, este ano fazemos 10 anos de banda, assim que lá para o final do ano, iremos com certeza organizar algo muito especial com muitos convidados e amigos à mistura. Estejam atentos!

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