Apresentamos-vos
os Crimson Fire! Originalmente formados em 2004 este coletivo grego recupera de
forma brilhante toda a paixão e glória do heavy
metal dos anos 80. O seu segundo disco, primeiro para a cipriota Pitch
Black Records, Fireborn, é um
portento dentro do seu género. O quarteto helénico juntou-se para nos falar do
seu trajeto e do orgulho neste novo e brilhante disco.
Viva
pessoal! Obrigado pela disponibilidade! Mais de uma década no metal, mas Fireborn apenas é o
vosso segundo lançamento. Que razões indicam para tão pequena produção?
Obrigado
por nos entrevistares e pela review
ao nosso disco. Para ser honesto, temos andado a atuar todo esse tempo para
manter a banda ativa e não nos concentramos apenas na gravação. Achamos que
tocar ao vivo é um aspeto muito importante da nossa música e de quem somos.
Quando a altura chegou e todo o material estava no ponto, entramos em estúdio
para gravar Fireborn. Deem-lhe uma
escuta, não se irão dececionar.
Em
todo o caso, talvez seja melhor fazer uma pequena apresentação da banda aos metalheads portugueses. Importas-te?
Nada,
ficaria muito feliz! Os Crimson Fire foram criados no verão de 2004 por Jason
"Al Becker", Stelios Koutelis e Johnny XT (John Britsas). Depois de terem
completado o line-up no mesmo ano, entramos
em estúdio em 2005 para gravar a nossa primeira - e agora rara - demo, que incluía três canções: Crimson Fire, Metal Is Back e The Prophet’s
Gaze. Com esta demo gravada, conseguimos
abertura para muitas bandas importantes da cena internacional e local de metal, (tais como Anvil, Uli Jon Roth,
Demon, Brocas Helm, Elixir, Heir Apparent, Spitifire, Marauder etc.) e tocamos
em cidades como Thessaloniki, Heraklion, Agrinion, Patras, Trikala e Komotini. Como
ponto alto da nossa carreira, consideramos a nossa tournée com a banda canadiana Anvil, que passou por Thessaloniki,
Megara e Komotini, bem como performances
em Chipre no Power Of The Night Festivale
e Mental Noise Festival em 2010 e
2011. Em 2010 lançámos o nosso primeiro longa-duração - agora esgotado intitulado
Metal Is Back através da Iron
Records, tendo recebido críticas positivas. Em 2012 lançámos um EP limitado a 300
cópias intitulado Fire In The Sky,
contendo quatro faixas, duas das quais estão incluídas no nosso novo álbum, o
segundo longa-duração, Fireborn
lançado em 3 de junho de 2016 através da Pitch Black Records.
Precisamente,
saltaram da Iron Records para a Pitch Black Records. Essa mudança afetou a
vossa vida?
Bem,
gostaríamos de dizer obrigado à Iron Records por acreditar em nós, lançar o
nosso primeiro álbum e agenciar alguns espetáculos. Esse foi um primeiro passo
para nós e a editora ajudou-nos bastante. Fizeram um bom trabalho em tudo o que
resultou num álbum entretanto esgotado. A Pitch Black Records é uma editora relativamente
nova, em crescimento e trabalhadora. Até agora têm apresentado excelentes capacidades
de comunicação e profissionalismo. Pensamos que as suas caraterísticas combinam
bem com a nossa mentalidade e filosofia, e foi por isso que escolhemos
colaborar com eles. Fireborn é um
grande álbum para nós, merece ser ouvido por todos os fãs de Heavy Metal. Pensamos que a Pitch Black
Records vai promover o álbum e ajudar-nos a agenciar espectáculos mais importantes.
A
banda teve diversas mudanças de line-up nos últimos anos. Qual é a atual composição dos Crimson Fire?
Sim,
mudança é um termo com quem estamos familiarizados. Não é fácil ter uma boa química
dentro da banda e conseguir gerir os interesses musicais de cada um. Às vezes
funciona, outras vezes, não. Nesta altura, os Crimson Fire são: John Britsas (vocais),
Stelios Koutelis (guitarra), George Kapo (guitarra), Kostas Exarhakos (bateria)
e Nemo (baixo).
O
nome do vosso primeiro álbum diz tudo: Metal Is Back! Sem dúvidas! Vocês cresceram a ouvir os ícones do metal dos anos 80?
Sim,
totalmente! Adoramos os anos 80! Crescemos a ouvir tudo, desde Judas Priest, Helloween,
Shock Paris e Riot! Na realidade gostamos muito dos Riot, no entanto, pensamos
que é uma banda muito subestimada. É definitivamente uma das bandas com quem gostaríamos
de ir em tournée!
Como
já disseste, duas das canções deste disco já tinham sido lançadas no vosso
primeiro EP. De que forma trabalharam essas músicas?
As
músicas estavam prontas há muito tempo mas quisemos mantê-las em segredo. Decidimos
que seria bom tê-las lançado no EP Fire In
The Sky (juntamente com uma cover
de Stryper) que teve uma produção totalmente diferente de Fireborn e deixar os fãs decidirem qual a versão que mais gostam.
As faixas que aparecem no EP são diferentes em termos de ambiente. Pensamos
nelas como aperitivos musicais, uma ótima maneira de experimentar um novo álbum
antes de ser lançado. É uma boa oportunidade para as ouvir e ver como a
produção pode afetar a atmosfera dos álbuns.
Como
é/foi o vosso processo de composição?
Geralmente
alguém, Stelios (guitarra) ou Johnny B (voz), surge com uma ideia ou um riff que tem e nós vamos adicionando
coisas e expandindo-o durante os ensaios. Depois disso, adicionamos as letras e
damos uns retoques antes de a gravar. Em Fireborn
as ideias surgiram de todos os lados! Nemo (baixo), por exemplo, escreveu a Hunter, uma canção impressionante com riffs pesados e solos gritantes. As ideias
de Kostas foram fundamentais na criação dos temas de bateria. John Manopoulos
(ex-guitarrista) teve uma contribuição significativa e agradecemos-lhe por
isso! O nosso bom amigo Dinos deu-nos a honra de contribuir também com algumas
letras!
Já
agora, em termos líricos quais são os principais temas abordados?
Geralmente
concentramo-nos em questões como perseguir os teus sonhos. Também temos algumas
temáticas épicas nas nossas letras (sabes como é, Metal sem guerreiros e coisas do género, não é Metal!). No nosso novo álbum, Fireborn,
optamos por nos reinventar a nós próprios. A ideia do processo circular da vida
é representada pela criatura mítica Phoenix e através de seu prisma olhamos
para diferentes aspetos deste processo interminável, seja juventude, amor,
vingança, luta pessoal, política, novos começos, bem como finais, etc. Ele
simboliza o poder do homem para enfrentar e superar qualquer tipo de
dificuldade para emergir ainda mais forte.
O que
têm previsto para promover este álbum nos próximos tempos?
Tivemos
uma festa de lançamento na semana passada com muita diversão! Ouvimos todo o
álbum com os nossos fãs e amigos e enchemos o sistema de som com metal puro! Iremos tocar o nosso
primeiro concerto a 1 de julho em Atenas e depois de agosto estamos a planear
uma tour grega para Fireborn. Uma performance ao vivo no Chipre também está a ser planeada. Finalmente,
temos tido algumas ofertas para tocar no estrangeiro (Polónia principalmente) e
estamos a estudar como poderemos fazer isso. Portanto, se quiserem os Crimson
Fire a tocar ao vivo no vosso país, digam-nos algo através do Facebook ou e-mail!
Mais
uma vez, obrigado por este momento!
Foi
um prazer! Obrigado a vocês por nos receberem e terem feito a review a Fireborn. Mantenham a chama viva!
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