Entrevista: Pedro Raposeira

Influenciado por bandas internacionais de rock alternativo/progressivo e apaixonado pela área de design e multimédia, Pedro Raposeira encontrou a sua definição enquanto artista na criação de interpretações musicais originais. O seu projeto consiste em gravações feitas em casa com alguns apontamentos de estúdio, com convidados que foi conhecendo ao longo dos tempos. Caminhos é o primeiro resultado dessas experiências e, por isso, quisemos saber mais sobre este músico/designer.
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Olá Pedro, tudo bem? Que caminhos te guiaram até este Caminhos?
Olá tudo bem, e com vocês? O caminho que me guiou até aqui foi um caminho que encontrei influenciado por várias formas de arte e fontes de inspiração, vivendo durante alguns anos em Coimbra no meio académico com muitos amigos ligados a várias áreas, que acabaram por participar nos meus projetos musicais e incentivar-me.

Como surge a música num designer?
Curiosamente a música surgiu primeiro, apesar de serem passos muito ao de leve, mas não é difícil de relacionar, visto que ambas as áreas vivem da inspiração e da criatividade só é preciso canalizar essa energia numa determinada direção.

Que nomes ou movimentos mais te influenciam?
Posso dizer que oiço um pouco de tudo, ou seja, em todas os estilos musicais existe música que aprecio. Mas posso sempre referir os Pink Floyd, The Cure, Mike oldfield, sendo que nacionalmente destaca-se para mim o projeto Humanos, Rui Veloso, Delfins entre outros.

Acabas por ser tu a registar a maior parte dos instrumentos, embora recorras a alguns convidados. Qual foi o seu input criativo?
Basicamente as músicas sou eu que componho sozinho, mas por vezes para dar uma identidade diferente convido amigos para interpretar alguns temas, chegando quase ao ponto de eu ter criado certas músicas para determinada voz que eu conheço.

Quando é que a Cogwheel Records cruza o teu caminho?
Cruza-se num momento e necessidade de encontrar um estúdio para gravar alguns temas com amigos, e através de uma pesquisa o destino levou-me até lá. Desde aí sou um cliente frequente.

Dada essa tua ligação à música, estes temas foram resultando de um trabalho ao longo do tempo ou foram criados para este EP?
Pode-se dizer que foi um trabalho ao longo do tempo, visto que este EP é composto por alguns temas que compus há uns bons anos atrás. No fundo foi uma recolha que fiz, não tendo incialmente a intenção para estas músicas comporem um projeto juntas, mas apenas para se transformarem numa coleção de singles que gostava de lançar.

Fala-me do processo de composição. Como funciona contigo?
Tenho vários processos, mas sobretudo costumo guardar todas as ideias que tenho e vou trabalhando por fases. Normalmente aproveito tudo e não descanso até sair qualquer coisa interessante, e muitas das vezes a última versão distancia-se muito da ideia inicial.

E quanto ao processo de gravação? Gravaste em casa, como era teu hábito ou não?
Por norma gravo tudo em casa, mesmo as vozes de amigos e afins, em estúdio só gravo a bateria, sempre com um músico convidado.

Está a pensar levar estes Caminhos para palco? Há alguma coisa planeada?
Não tenho nada programado nesse sentido, neste momento é um projeto mais virado para divulgação inicial do meu trabalho através de CD’s e outras plataformas/aplicações musicais digitais. Mas nunca se sabe o dia de amanhã.

E quanto ao futuro? Vamos poder ouvir mais coisas de Pedro Raposeira?
Espero sinceramente que sim, tenho algumas coisas na “gaveta” que gostaria ainda de lançar, talvez mais virado para uma obra completa e não tanto um EP com singles como foi este caso.

Obrigado! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Quero agradecer desde já o vosso contacto e espero ter mais novidades em breve para vos contar.

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