Reviews - Agosto 2018 (II)


Shushine (AVI ROSENFELD)
(2018, Independente)
Avi Rosenfeld continua a sua intensa produção musical acompanhado de músicos de todo o mundo, quase todos desconhecidos, mas quase todos de elevada craveira técnica. Shushine é o 36º álbum da sua carreira e teve lançamento logo a abrir este ano de 2018. Este será, porventura, o seu álbum mais eclético em termos de estilos musicais e também o mais étnico. O seu rock clássico surge muitas vezes misturado com sonoridades orientais, irlandesas, country, funky, bluesy e latinas, num disco que volta a contar com algumas interpretações na sua língua nativa. [79%]


Back From The Grave (THE SLOTHS)
(2018, Eternal Sound Records)
Em 1965 cinco jovens com idades entre os 15 e 17 anos, alunos do Beverly Hills High School (ou melhor, ex-alunos, pois alguns já tinham desistido ou sido expulsos) subiram ao palco do Pandora’s Box no Sunset Strip, em Hollywwod e assim nasciam os The Sloths. 50 anos depois, literalmente a regressarem dos mortos, os The Sloths lançaram, em formato cassette, com Back From The Grave. A edição deste disco em formato vinil aconteceria em 2017, pela Burger Records e, mais uma vez, este ano, quando a banda assinou pela Eternal Sound Records. O que Back From The Grave nos traz é um rock ‘n’ roll claramente assente nas regras estabelecidas nos anos 60 por nomes como The Rolling Stones, The Animals (com quem chegaram a compartilhar palco), The Who ou The Alice Cooper Band. [82%]


The Big Dream (LONELY ROBOT)
(2017, InsideOut Music)
John Mitchell não será um nome desconhecido para os fãs do prog rock, nomeadamente pelos It Bites e Kino. E Lonely Robot é a sua aventura em nome pessoal que apresenta The Big Dream, sucessor do bem-recebido, Please Come Home. Naturalmente, The Big Dream é rock progressivo, composto por algumas boas melodias, com uma estrutura arrojada em termos conceptuais, mas que frequentemente pouco acrescenta ao que músico tem feito nos outros projetos. Um conjunto de boas músicas, que apesar de alguma complexidade, se ouvem com agrado, mas que, provavelmente irão acabar nos cantos mais escuros do nosso cérebro, de onde nunca mais sairão. [82%]


Fallen America (PACINO)
(2018, Sneakout Records)
O que desde logo se destaca neste novo coletivo italiano é a substituição do baixo por um sintetizador. O resultado é o que o rock alternativo dos Pacino vive muito desses rimos eletrónicos e nem sempre se consegue soltar adequadamente dessa amarra. Fallen America, o seu primeiro disco, procura conquistar novos territórios musicais e, em parte, é bem-sucedido. Os fãs de Muse, Red Hot Chilli Peppers ou Faith No More têm aqui uma proposta que não deslustra os seus criadores, embora, dentro deste género os Pacino ainda estejam longe do que fazem, por exemplo, os seus compatriotas Dead Behind The Scenes ou Séta. [77%]


Soul Redemption (MARTIN/MAROTTA)
(2018, Independente)
Flav Martin (cantor e compositor) e Jerry Marotta (baterista) juntos apresentam a sua estreia – Soul Redemption, uma mistura harmoniosa de rock moderno e evoluído com world pop. Com base na guitarra acústica, Soul Redemption cria algumas atmosferas intrincadas e melodias apelativas, com o appeal de introduzir o samba em Rio de Janiero e a língua italiana em Coffe Song. Os fãs de Peter Gabriel deverão delirar com a inclusão de Tony Levin que assim se junta a Jerry Marotta naquela que foi a histórica secção rítmica do músico inglês. [81%]

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