Entrevista: Mob Rules


Não têm sido fáceis os últimos tempos para os elementos dos Mob Rules. Por isso este seu novo álbum tenha como título Beast Reborn e seja um dos mais pesados obscuros lançamentos da sua discografia. Paralelamente, também é um dos seus produtos mais consistentes e com mais qualidade. Com isto em mente fomos falar com Sven Lüdke, o guitarrista do coletivo germânico.

Olá Sven, tudo bem? Parabéns pelo vosso novo álbum. Por que um título como Beast Reborn? Referem-se a que, exatamente?
Olá, tudo bem! Estamos de regresso da tour com os Brainstorm, que foi muito divertida. Nos últimos dois anos tivemos que lutar muito contra os golpes do destino, quer ao nível pessoal, quer dos negócios. Mortes, doenças, divórcios, etc... Parecia que nunca mais acabava. Isso também influenciou a banda e influenciou muitos processos na banda. Como resultado, tivemos que nos manter como colegas de banda e amigos e tornamo-nos ainda mais fortes. Assim surge algo como raiva ou desafio, que nos deu a energia necessária para superar tudo isso e escrever este disco. E era necessário que isso se refletisse no título. Ou seja, depois de tudo o que se passou, sentimo-nos "renascidos".

O álbum anterior, Tales From Beyond, teve reações muito boas. Como tem sido com este novo álbum?
As reações são impressionantes. Entramos nos tops de álbuns da Alemanha e da Suíça. E as reviews também têm sido muito boas. Estamos muito felizes.

Entre estes dois lançamentos mudaram um dos guitarristas. Desde quando Sönke Janssen está convosco?
Sönke está na banda desde o lançamento de Tales From Beyond. Primeiro apenas como substituto. E depois de quase dois anos e várias tournées agora é membro efetivo da banda.

Portanto, já teve oportunidade de cooperar no processo criativo?
Sim, teve. Ele contribuiu com vários solos de guitarra e esteve envolvido no processo de escrita e gravação.

Assim, como foi feita a gestão dos processos de gravação e criação dessa vez? Houve mudanças significativas ou não?
Nenhuma mudança significativa. Trabalhamos no meu estúdio na minha casa e aí escrevemos todas as músicas. Isso é algo que começamos com o Cannibal Nation e continuamos com Tales From Beyond e Beast Reborn. É muito confortável trabalhar assim.

Poderemos afirmar que os Mob Rules encontraram a sua própria personalidade e agora, cada álbum representa uma evolução natural? Sente isso?
Sim, acho que estás certo. Tivemos algumas mudanças estilísticas que queríamos que acontecessem. E conseguimos tornar essas mudanças mais óbvias e reconhecíveis em cada álbum.

Claro, houve uma evolução grande desde a vossa estreia, em 1999, com Savage Land. Apenas dois membros permanecem ainda, mas, olhando para trás, pode dizer-se que valeu a pena?
Absolutamente. Esta banda percorreu um longo caminho e tomou todas as decisões e evoluções necessárias para funcionar e continuar como um grupo.

Ainda antes do álbum, lançaram três singles. Há mais algum planeado para os próximos tempos?
Talvez, mas não agora.

Por que a escolha dessas músicas para singles? São o reflexo de todo o álbum?
Mais ou menos. Ao selecionar as músicas, os aspetos da promoção desempenham sempre um papel. É claro que não se quer dificultar as coisas para as pessoas e escolhemos as músicas mais cativantes, que são lançadas como singles.

Muito obrigado, Sven! Queres deixar alguma mensagem ou acrescentar mais alguma coisa?
Eu é que agradeço. Apoiem a cena musical comprando álbuns das bandas que gostam e vão aos concertos.

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