Reviews: Novembro (V)


Phronesis (MONUMENTS)
(2018, Century Media Records)
Phronesis é o terceiro álbum de estúdio dos britânicos Monuments e surge quatro anos após The Amanuensis. Apesar do título do álbum derivar da palavra grega que significa sabedoria, estes 10 temas devem mais à brutalidade que, propriamente, à sabedoria. O coletivo continua a praticar um metalcore/djent que, apesar de se notar uma tendência ligeira para a acalmia, continua a devastar tudo e todos à sua passagem. O problema é que isso é feito sem um critério musical definido. Isto é, o que Phronesis nos traz é mais do mesmo – violência sónica gratuita e completamente desnecessária. [60%]


Best In Show (MADISON)
(2018, Pride & Joy Music)
Os Madison foram uma banda sueca de hard rock/hair metal que esteve ativa entre 1983 e 1987 e onde se destacava um jovem vocalista chamado… Göran Edman. Durante a sua existência lançaram dois álbuns, o segundo dos quais, Best In Show é agora alvo de uma reedição pela Pride & Joy Music em cooperação com a Universal Music Sweden. Best In Show é um álbum onde fica bem evidente todo o sentimento hair metal que se vivia naquela data, com nítidas referências a Mötley Crüe ou Poison. Os temas foram remasterizados e foram adicionados dois temas bónus, nesta edição limitada a 1000 exemplares que é mais um importante marco histórico recuperado. [80%]


The Ventriloquist (METHEDRAS)
(2018, Massacre Records)
The Ventriloquist é o quinto trabalho dos Methedras e o primeiro com o novo guitarrista Daniele Colombo. E foi este novo elemento que esteve por trás do processo de composição, sendo perfeitamente notório na forma evolutiva como a música dos italianos se apresenta – mantendo a vertente de death/thrash metal bem vincada, mas apostando numa envolvência plena de groove e perfeitamente atualizada. Esta é, também, uma forma de renascimento, com a reentrada do antigo vocalista Cláudio Facheris que com o seu registo infernal se junta ao soberbo trabalho ao nível dos solos e aos poderosos e ríspidos riffs. [70%]


Silent Faces (INNERWISH)
(2018, Ulterium Records)
Entre 1998 e 2004 muita coisa mudou no seio dos InnerWish. Mudaram de editora, entrando na poderosa Limb Music, deixaram de ter um teclista permanente e mudaram a secção rítmica e o vocalista. E assinam o seu segundo álbum, Silent Faces, que agora é alvo de reedição (juntamente com o álbum de estreia e o sucessor deste) pela Ulterium Records, editora responsável pelo lançamento do dois últimos álbuns de originais dos gregos. Silent Faces é um disco de bom power/melodic metal com todas as suas virtudes e defeitos mas que, ao perder a ingenuidade do álbum de estreia, Waiting For The Dawn, também perdeu grande parte da sua magia. [86%]


Pale Divine (PALE DIVINE)
(2018, Shadow Kingdom Records)
Há 25 anos a praticar um proto-doom metal inspirado por nomes como Pentagram ou Black Sabbath (era Ozzy Osbourne), os Pale Divine estão de regresso, seis anos depois de Painted Windows Black, com o seu quinto álbum, desta vez, homónimo. Claro que depois de clássicos do género como Thunder Perfect Mind (2001) ou Eternity Revealed (2004) seria muito difícil aos Pale Divine voltarem a surpreender. Não o fazem, de facto, embora consigam de forma satisfatória manter bem acesa a chama do doom, fruto de uma postura mais enérgica e até de uma tentativa conseguida de explorar outras sonoridades como o epic metal ou o blues rock. [78%]

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