Reviews: Janeiro III


On A Mission (BLOODY TIMES)
(2019, Independente)
Os Bloody Times embarcaram numa nova missão que os levou a criarem o seu mais recente disco intitulado On A Mission. Apesar de ser uma missão com alguns elementos de renome (Ross The Boss, John Greely, Raphael Saini), esta acaba por ser uma missão de certa forma falhada. O seu metal tradicional, com elementos que vêm quer da escola alemã, quer da americana, quer, ainda, do old school, não acrescenta nada de novo. E nem serão as guitarras do lendário de Ross The Boss a retirar este conjunto de canções da monotonia e da vulgaridade. [60%]


The Darkest Of Human Desires – Act II (PORN)
(2019, Echozone)
The Darkest Of Human Desires é o segundo de três atos sobre o enigmático Mr. Strangler. A personagem foi criada pelos franceses Porn que a desenvolvem numa história cheia de impulsos negros e macabros e onde surgem a contracenar alguns dos mais marcantes (e assustadores) serial killers: Richard Ramirez, Ed Kemper, Charles Manson, entre outros. Tudo construído sobre um musical forte e cinematográfico de um metal industrial e mecanizado, perfeitamente enquadrador dessa temática de terror e medo, e onde a influência gótica também se nota em muitas das ambiências criadas. Uma boa banda sonora para ouvir a seguir a Sweeney Todd, por exemplo! [66%]


Diatribe (MALUM SKY)
(2019, Sliptrick Records)
Dando continuidade ao metal progressivo apresentado na estreia homónima de 2015, Diatribe mostra uns Malum Sky a navegarem em ondas de um progressivo mais pesado e agressivo, com riffs poderosos (embora isso não seja significativo de riffs mais memoráveis) e guturais. Diatribe é um miniálbum de 5 temas de tal forma complexo que se torna confuso e, muitas vezes, de uma audição muito pouco fluída. Adicionalmente, em termos melódicos deixa muito a desejar o que se reflete num resultado final pouco interessante, que nada acrescenta ao metal progressivo. [58%]


Viktoria (MARDUK)
(2018, Century Media Records)
Os Marduk são uma das mais autênticas bandas de black metal surgidas na Suécia e com o seu mais recente lançamento, Viktoria, mantém bem acesa a chama do género. Viktoria, o seu décimo quarto trabalho, traz 9 temas divididos por 33 minutos dentro daquilo a que os Marduk já nos habituaram – bom black metal, mas, por agora, longe da criatividade e da malvadez de outros tempos. É mau? Não! Mas também não acrescenta nada a um género que tem vindo a mostrar-se muito pouco empolgante. Os riffs são os mesmos de sempre, os blastbeats também, os vocais já foram mais demoníacos. Pouco para quem procura algo mais que a repetição de fórmulas, mesmo que sejam elas de um sucesso passado. [67%]


Kiss Of The Night (LAZY BONEZ)
(2019, E X R Metal Records)
Juntando ex-membros dos Tarot, surgiram em 2012 os Lazy Bonez, sendo que Kiss Of Night é já o seu terceiro álbum. E, pela primeira vez, os finlandeses centraram-se apenas neles próprios em vez de, ao contrário do que aconteceu nos trabalhos anteriores, apostarem em convidados. Talvez por isso, Kiss Of The Night se mostre um registo menos sólido, menos bem estruturado e até menos apelativo em termos melódicos. Este é um disco com alguns elementos que roçam a mediania, sendo muito improvável que se consiga impor face à qualidade da grande maioria dos álbuns dentro deste segmento. Ainda assim, os fãs de AC/DC, Scorpions ou Uriah Heep poderão encontrar interesse em algumas malhas. [65%]

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