Entrevista: Steelballs


Da América do Sul já nos habituamos a ouvir bandas de enorme qualidade e os argentinos Steelballs são mais um nome a juntar ao rol. Thunder Strikes Again é o seu primeiro álbum e promete muito. O disco já havia sido lançado, de forma independente, no ano passado, mas este ano a editora grega Alone Records procedeu a uma nova edição com uma melhor sonoridade e com uma apresentação mais profissional. Via Nocturna quis conhecer melhor os Steelballs e foi conversar com o guitarrista Juan Herrera.

Olá Juan, obrigado pela disponibilidade. Quem são os Steelballs? Podes apresentar a banda aos metalheads portugueses?
Obrigado pelo teu interesse! Somos um abanda de heavy metal de Buenos Aires, Argentina. Começamos em 2014, temos um EP homónimo (2016) que foi lançado aqui na Argentina e também na Alemanha pela Witches Brew. No ano passado gravamos o nosso primeiro álbum Thunder Strikes Again, lançado aqui de forma independente e na Europa pela Alone Records, a Grécia. A banda é composta por J. P. Churruarin (vocalista), por mim, Juan Herrera (guitarrista e único compositor – risos), Paolo Rossi (guitarrista), Mario Mansilla (baixista) e Nicolas Gimenez (baterista).

O que vos motivou a iniciar este trajeto formando uma banda?
Queríamos tocar Heavy Metal como aquele que crescemos a ouvir. Vimos que em todo o mundo, pessoas de diferentes países estavam a criar bandas com algum tipo de “regresso às origens”, e isso também nos motivou a começar a banda.

Que nomes ou movimentos mais vos influenciam?
Nós temos várias influências da cena alemã dos anos 80, bandas como Helloween, Running Wild, Blind Guardian, Grave Digger, Rage, etc. Também da NWOBHM, e bandas americanas como Manowar ou Riot.

Sendo uma banda jovem, que sonhos e objetivos têm em mente poder realizar?
O nosso sonho é levar a nossa música ao maior número de países possível. Por exemplo, no futuro, queremos fazer uma tournée europeia. Também fazer tours aqui na América do Sul, tocando e levando as nossas músicas até novas pessoas e, claro, ganhar mais experiência.

O primeiro passo para a concretização desses objetivos está feito – o vosso excelente primeiro álbum. Como foi o processo de criação de Thunder Strikes Again?
As músicas do álbum são compostas principalmente por mim e por J.P Churruarin. Duas delas já estavam no EP, para as outras trabalhamos juntos na estrutura geral, músicas e letras. Mais tarde o resto da banda colocou os seus arranjos pessoais e fez tudo soar muito melhor.

Podes falar um pouco do processo de gravação? Correu tudo bem em estúdio?
Ao contrário do EP que foi gravado num home studio, desta vez fomos a um estúdio profissional. Tanto o EP como o álbum foram gravados com o mesmo homem, Bryan Troussel. Sentimo-nos confortáveis a ​​trabalhar com ele, ele fez as nossas músicas parecerem um pouco old school (faixas não muito processadas), por isso estamos muito felizes com o resultado.

Thunder Strikes Again foi lançado, primeiramente, de forma independente, no teu país, e só agora acontece o lançamento pela Alone Records - estou certo?
Sim, estás! Foi assim porque, para a apresentação oficial do álbum, queríamos ter cópias físicas e, até essa altura, não tínhamos chegado a acordo com nenhuma editora, por isso fizemos o lançamento de forma independente. Terminando 2018, contactamos a Alone Records da Grécia e Emmanoel Emmanouilidis (dono da editora) acreditou que a nossa música valia a pena e assim surgiu o lançamento do álbum em janeiro deste ano.

Esta nova versão é exatamente igual à primeira ou melhoraram alguma coisa?
É o mesmo álbum, mas com uma qualidade melhor porque os CD’s são replicados (não é CD-R como na primeira edição aqui na Argentina). Também a Alone Records fez alguns stickers impressionantes para esta edição!

Nas tuas próprias palavras, como descreverias Thunder Strikes Again para quem não vos conhece?
É um álbum de heavy/speed metal diretamente ao osso! As estruturas são simples, colocamos o foco na criação de melodias e de letras melhores, a mistura não é superprocessada porque queríamos deixar correr o espírito antigo. Todos no heavy metal dos anos 80 devem gostar!

A América do Sul é o berço de várias grandes bandas em todos os géneros de metal. Sentes que a cena é tão forte como a qualidade das bandas tem demonstrado?
Sim, claro!! Aqui na Argentina, e também no Chile, Brasil, Peru, Colômbia, há bandas incríveis de Heavy Metal. Falando especificamente do nosso país, posso nomear bandas como Metaluria, Interceptor, Velocidad 22, Bushido, Herpes, Bulletproöf, Sorcerer, Silverblade, Kombate, Filosa e muitas mais. Muito bons lançamentos nos últimos anos!! A cena está a crescer bem, claro que ainda é underground, mas muitas pessoas vêm aos espetáculos.

Prontos para irem para palco? O que têm preparado?
Sim, temos feito muitos concertos!! E teremos muitos mais nos próximos meses. Damos sempre o nosso melhor ao vivo. Para nós é muito importante ter uma forte presença de palco, para além da música.

Muito obrigado Juan! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Muito obrigado. Para nós, qualquer tipo de difusão é muito importante. Estes espaços ajudam-nos a chegar a mais pessoas em diferentes partes do mundo, por isso tentamos sempre utilizá-las de uma boa maneira. Obrigado pelo teu tempo e deixo aqui os contactos oficiais da banda:
Facebook: https://www.facebook.com/stellballs/
Bandcamp: https://steelballs.bandcamp.com/
Contacto: speedmetalsteelballs@gmail.com

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