Reviews: Maio (VI)


The Counterbalance (DEATH’S-HEAD AND THE SPACE ALLUSION)
(2019, Inverse Records)
The Counterbalance é o álbum de estreia desta banda finlandesa com um nome completamente inapropriado, Death’s-Head And The Space Allusion, e que inclui elementos que já passaram por To/Die/For, Burning Point, Antipope e Downstone. Provavelmente, com um nome destes, chamarão a atenção, mas isso é secundário face àquilo que nos apresentam. Bons vocais e algumas melodias catchy num metal de inspiração contemporânea que a espaços procura e consegue introduzir emotividade. Pode, pois, considerar-se que os DAATSA se enquadram numa vertente de modern prog melodic metal, onde se encontram diversos elementos que caraterizam esses subgéneros. A eletrónica e os samples também marcam presença, talvez numa dose pouco adequada. [73%]


Towards Victory (IRONGUARD)
(2019, Heathen Tribes)
Towards Victory é o álbum de estreia dos Ironguard, depois de uma demo e um EP e mostra claramente como deve funcionar a atitude DIY. Todo o álbum, em todos os seus aspetos, foi apenas trabalhado pelos elementos da banda dinamarquesa e após muito trabalho deve ser uma alívio e orgulho para a banda ver o seu álbum editado. Em oito temas completamente novos e dois clássicos regravados, os Ironguard variam de hinos rápidos como A Second Sun até ao power metal germânico de Free Again ou o speed metal de Strangers In Hell. Há ainda uma bela balada – Sentenced – inspirada nas grandes baladas rock do século passado bem como o épico tema título que encerra o disco. Towards Victory é um disco old school para quem gosta de riffs fortes e canções sing along. Deveriam ter mais cuidado com o aspeto vocal, algo frágil em alguns momentos. [78%]


If Icarus Could Fly (HAUNT)
(2019, Shadow Kingdom Records)
Não perdem tempo estes Haunt – um EP em 2017, um álbum em 2018 e o mais recente disco, If Icarus Could Fly este ano. A fórmula mantém-se e Trevor William Church, o mentor desta causa, conserva a sua postura num heavy metal tradicional e NWOBHM, com as cavalgadas a sucederem-se e as harmonias das twin guitars também. Heavy metal old school, como nos anos 80 adicionado de alguns elementos de hard rock dos anos 70 explodem em hinos com adrenalina, eletricidade e empolgamento. É certo que tudo isto já foi feito, algumas vezes até de uma forma bastante melhor, mas não deixa de ser de salutar verificar como há bandas que ainda conseguem permanecer fiéis e oferecer viagens a uma época gloriosa do metal tradicional. [75%]


Trials Of Torment (RITUAL)
(2019, Pure Steel Records)
Originalmente lançado em 1993 pela Massacre Records, foi o primeiro álbum dos Ritual, uma banda cuja principal caraterística sempre foi a dificuldade de acertar com o nome – antes de Ritual foram Firedance, Rotterdam, Torment e Tormentor e depois houve uma fase entre 1995 e 2017 em que se chamaram Ritual Of Torment. Bom, quem, de facto, não consegue acertar com o nome, dificilmente conseguirá ser coerente nas suas opções musicais. É o que acontece com este álbum Trials Of Torment que a Pure Steel Records agora reedita numa versão completamente remasterizada. Desde Metallica a Nevermore, passando por Judas Priest e Voïvod, há aqui influências para todos os gostos, num álbum onde os instrumentistas até mostram ter capacidade técnica, mas onde o problema começa quando essa técnica não consegue ser posta ao serviço de boas composições. Ainda assim, Trials Of Torment tem um aspeto curioso e que deve ser salientado: quase todos os temas começam mal, mas têm uma evolução positiva, terminando muito melhor do que começaram. [63%]

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