Entrevista: Skylake


Os Skylake são uma das grandes revelações do panorama prog internacional e após lançarem o seu primeiro álbum In Orbit, decidimos ir falar com eles. Apesar da inexperiência sentida no estúdio, nada disso se vê nem neste coletivo nem no seu primeiro álbum. Falámos da importância de ter um segundo guitarrista ao vivo, dos seus passados musicais e ainda dos seus objetivos para o futuro.

Os Skylake são uma banda muito jovem, portanto, podem dizer-nos como tem sido a vossa existência e o que vos motivou a criar esta banda?
Os Skylake foram originalmente formados como uma banda escolar. A nossa escola tinha um foco em arte e performance e esse ambiente uniu-nos ao nosso amor pela música. No começo, a formação era um pouco diferente: Charlie, Bart e Arjan começaram a tocar juntos em 2013 com dois outros membros que deixaram a banda. Suzan tornou-se a nova vocalista em 2015 e a partir daí a banda começou a trabalhar no seu álbum de estreia. In Orbit foi lançado em fevereiro de 2019 e agora estamos a apresentarmo-nos em vários lugares fixes e a trabalhar em novas músicas.

Que nomes ou movimentos são as vossas principais influências?
Acho que a nossa principal influência é o rock progressivo em geral. Adoramos a quantidade de inovação que existe na música progressiva e gostamos de por o foco em harmonias, arranjos, secções instrumentais e criação de atmosferas. Para além disso, Bart tem um pouco de educação em harmonia clássica e Suzan em composição clássica. Quanto aos nomes das bandas, há muitas de que gostamos, mas acho que as principais influências vêm de Karnivool, Tesseract, Porcupine Tree, Anathema, Plini e Pain Of Salvation.

De onde veio a inspiração para criar In Orbit?
Cada tipo de música tem o seu próprio conceito. Todas contam uma história, mas algumas são melhor definidas como uma narrativa (como The Storm e Luna), enquanto outras são mais como um comentário ou mais pessoal (Haste e Prisoner são bons exemplos). Somos influenciados por histórias pessoais e pela nossa própria relação e interpretação do mundo em que vivemos.

Como descreveriam In Orbit para quem não vos conhece?
In Orbit consiste de 7 músicas, todas muito diferentes com uma história única. A música varia do atmosférico e melancólico até partes mais pesadas e conduzidas pelas guitarras e há muito a ser descoberto em sucessivas audições. Além do nosso set principal utilizar guitarra, baixo, bateria e vocais, também usamos harmónia e violino em algumas canções. As músicas têm um mood diferente, mas há um tema comum que as torna lineares: tiram-te de um lugar e acabas noutro. É claro que temos refrões, mas para além disso, não ficamos presos a repetições.

Qual é o vosso background musical?
Nós temos backgrounds musicais diferentes. O Charlie desde tenra idade esteve envolvido em filmes e em teatros por causa da sua família, que vem mesmo a calhar quando queremos fazer videos para a banda. A Suzan tem uma formação clássica, e apreendeu a tocar harmónica desde muito cedo tocando em várias orquestras. O Bart e o Arjan foram inspirados para entrar no mundo da música por causa da sua educação dada pelo pai, conhecido como o teclista dos Silhouette (banda de rock progressivo).

Como correram as sessões de gravação do álbum. Correu tudo bem?
Gostaria de te dizer que tudo correu bem, mas isso estaria longe da verdade. Quando fomos para a produção de In Orbit, nenhum de nós tinha experiência na escrita, arranjos, gravação nem nenhuma dessas coisas. Tivemos que aprender, da maneira mais difícil, que todo o processo é, na verdade, muito trabalhoso e tivemos que atrasar o nosso prazo final algumas vezes. Isso também significa que tivemos que regravar várias músicas, o que está longe de ser ideal. Felizmente, tínhamos acesso ilimitado a um estúdio de gravação para que pudéssemos levar o tempo que precisássemos. Para encurtar a história: embora não tenhamos sido muito eficientes, todos aprendemos muito com a experiência e também foi um momento muito divertido.

Porque optaram por ter um segundo guitarrista ao vivo?
Porque nós começamos a banda com dois guitarristas e sempre tivemos duas guitarras em mente quando escrevemos In Orbit. Descobrimos que precisávamos de uma guitarra extra para preencher o nosso espaço sonoro e não fazia sentido parar de fazer isso quando Joost, um dos guitarristas, deixou a banda. A maior parte da música já estava escrita, apenas precisávamos de um guitarrista extra para tocar ao vivo e estamos muito felizes que Jimmie tenha se juntado a nós.

Sendo uma banda tão jovem, quais são os objetivos e as ambições que tem?
Nos nossos objetivos para este ano está em primeiro lugar fazer mais concertos para promover In Orbit. Àparte isso estamos também a trabalhar em novo material para o segundo álbum. Estamos também excitados para podermos melhorar ainda mais e ver até onde podemos ir.

Obrigado pela entrevista. Querem acrescentar mais alguma coisa?
Obrigado nós e obrigado por apoiarem o prog. Se alguém estiver interessado em descobrir mais sobre nós ou ir aos nossos concertos procurem por nós no facebook ou no instagram com o nome de Skylake band.



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