Reviews: Junho (II)


Colourblind (STINGER)
(2019, Boersma Records)
Os Stinger carregam a responsabilidade do prémio de melhor disco de 2017 de hard rock, atribuído na Alemanha ao álbum Disadvantaged. Para o novo trabalho, o segundo, intitulado Colourblind, o coletivo mantém a autenticidade e a honestidade na sua sonoridade a lembrar AC/DC e Rose Tattoo. Uma postura que os leva a criarem um conjunto de malhas rock ‘n’ roll com um groove direto aos ossos e capaz de agradar a qualquer fã deste género. Colourblind é um disco de um rock descomprometido, que não tem idade e que tem como única preocupação satisfazer os fãs com composições diretas, empolgantes e entusiasmantes. Objetivo cumprido, portanto. A descobrir. [75%]


Signals Through The Flame (IAN BLURTON)
(2019, Pajama Party)
Após mais de 35 anos na indústria musical canadiana Ian Blurton, músico que já tocou com mais de 40 bandas (sendo as mais conhecidas os Change Of Heart, Blurtonia, Bionic, C’Mon e os ainda ativos Public Animal) e produziu/misturou mais de 100 álbuns, sentiu a necessidade de, finalmente, lançar um álbum a solo. Signals Through The Flame é essa proposta que se revela conservador e evolucionista, mantendo um pé no passado e o outro firmemente assente no future. Signals Through The Flame apresenta alguma diversidade de influências com ganchos de dark pop, múltiplos riffs e paisagens ambientais que resultam no trabalho mais pesado de Blurton até à data e onde se notam influências de Budgie, Motorpsycho, Thin Lizzy ou Blue Öyster Cult. [67%]


Lift Off (SPACEJAM)
(2019, Independente)
Os Spacejam são um power-trio de rock/punk/pop que inclui elementos ingleses, americanos e franceses e que está sedeado na França sendo liderado por Sebastian Parris, dos Bikini, Karmasonik e The Inflicts. Lift Off é a sua estreia, um EP que traz quatro temas que mistura de forma alegre e descomprometida a melodia do rock com o poder do punk e a sensibilidade pop. A banda inspira-se em nomes como Foo Fighters, The Clash, Soundgarden ou Red Hot Chilli Peppers e já se encontra a preparar novos temas para um longa-duração que deverá surgir na primavera de 2010 e que, pela amostra agora apresentada, será aguardado com expetativa. [75%]


Pretty Straighforward (JAMES C.)
(2019, Independente)
A cena alternativa de Coimbra continua a surpreender-nos com alguns coletivos independentes que vão marcando a história musical da cidade. O duo composto por Alexandre Santos (músico natural de Santarém, mas que cedo se deixou encantar pelas sonoridades da Cidade dos Estudantes) e André Oliveira veste a pele de James C., projeto que recentemente lançou o seu trabalho de estreia Pretty Straightforward. Reza a história que estes nove temas foram gravados durante madrugadas clandestinas num estúdio com material alugado. Isso em nada influenciou um resultado com boas vibes indie e de brit pop, com a inclusão de alguns laivos de punk rock. Um agradável conjunto de canções onde distorções suaves marcam os ritmos e onde se impõem linhas melódicas simples, mas diretas, com saliência para o uso da guitarra acústica. [73%]


Souvarof (SOUVAROF)
(2019, Independente)
Os Souvarof são uma banda muito jovem, formada no ano passado, em Genebra e que não perdeu tempo a colocar cá fora o seu primeiro EP homónimo. Inspirados por nomes como Foo Fighters, Audioslave ou Arctic Monkeys, os Souvarof são um coletivo que irradia uma pura energia orgânica, alimentado por uma pesada seção rítmica, guitarras selvagens e vocais roucos. As orquestrações são diretas e simples, sendo através da fúria dos riffs e das melodias fortes, que os suíços pretendem compartilhar a sua visão alternativa do rock. Um primeiro EP que reúne um conjunto de seis faixas de elegância crua, levadas à intensidade máxima. [63%]

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