Se há nome incontornável na história do rock sulista, esses
são os Outlaws. E depois de It’s About Pride, há oito anos atrás, a
banda tocou munto, lançou dois álbuns ao vivo e um novo trabalho de originais
já era muito aguardado. Será lançado esta sexta feita, dia 28, pela
Steamhammer/SPV, intitule-se Dixie Highway e traz um coletivo na plenitude da
sua criatividade e força. Ainda antes do lançamento deste registo que –
avançamos – é fantástico, fomos conversar com um dos três guitarristas – Henry
Paul.
Olá Henry, obrigado pela
disponibilidade. Para o vosso novo álbum, escolheram o nome de uma autoestrada.
Que conexão existe entre esse título, a estrada real e toda a vossa carreira?
A Highway 41 (Dixie Highway) atravessa Tampa,
onde crescemos. Era o nosso caminho para fora da cidade. É também uma metáfora
para a nossa carreira.
Esta é uma viagem que começa e termina
em Illinois. O que acontece durante esta viagem?
O passado da banda está bastante bem documentado.
Fomos atingidos por triunfos e tragédias.
Há oito anos, regressaram com o aclamado
álbum It's About Pride. Na altura, era uma questão de orgulho,
suponho. E agora? O que vos faz continuar? O que vos motiva depois de quase
meio século de carreira?
It’s About Pride foi a declaração musical da banda de
compromisso com o futuro. Dixie Highway ressalta esse compromisso e
ajuda a definir a personalidade musical da banda todos estes anos depois.
Durante estes oito anos, tocaram muito e
lançaram dois álbuns ao vivo. Os Outlaws continuam a ser, essencialmente, uma
banda ao vivo?
Os Outlaws são, de facto, uma banda de palco. As
nossas performances foram sempre a marca registada da banda. Esses nossos
registos fazem alusão à nossa performance ao vivo.
Voltando a este novo álbum, mais uma vez
pela SPV, o que podem os vossos fãs esperar?
Um disco dos Outlaws que é fiel à personalidade
musical da banda com certa aptidão para crescer.
É sintomático que a primeira música do
álbum seja Southern Rock Will Never Die. Uma verdadeira declaração de intenções
em defesa do vosso amado estilo. É uma saudação a heróis antigos, mas ... e o
futuro? O que achas das gerações mais novas de southern rock?
Eu acho que o Southern Rock Will Never Die é
uma visão otimista de um género musical que eu tinha na mão moldar. Sinto que a
intrincada personalidade musical que essa banda encarna, inspirará a nova
geração de músicos a entender e abraçar.
Heavenly Blues estava presente no vosso
clássico álbum de 1977, Sundown Rush e agora apresentam uma nova versão.
Muitos anos se passaram, portanto, suponho que tenham feito algumas mudanças na
música. Como foi essa nova abordagem? O que fizeram de forma diferente desta
vez?
Investimos muito mais musicalidade na estrutura básica
do disco original. Foi uma conclusão lógica.
Também Wind City’s Blue é
uma música muito antiga, de uma demo de 1972, mas essa permaneceu sem ser
gravada até agora. Onde a descobriram e por que nunca a gravaram antes?
Essa música foi escrita pelo nosso baixista original Frank
O’Keefe. De alguma forma, foi esquecido em qualquer um dos nossos primeiros
discos e achei que era um bom momento para trazê-la de volta e lançar muita luz
em atraso sobre Frank e a sua personalidade musical.
Em breve, terão alguns espetáculos nos
EUA. E para a Europa, o que têm planeado?
Por agora não temos planos de ir tocar à Europa.
Ansiamos por essa oportunidade e esperamos que ela se apresente na força desse
registo.
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