Entrevista: Sun Of The Dying


Ao segundo álbum, os madrilenos Sun Of The Dying surpreendem com um disco profundamente emocional e de uma devastadora beleza. The Earth Is Silent, assim se chama o álbum, mostra um cruzamento único entre a devastação e criação de momentos épicos com as linhas de piano, teclados atmosféricos e até coros celestiais a conjugarem-se numa verdadeira obra de arte. Na capital espanhola o quinteto reuniu-se para responder às nossas questões.

Olá, obrigado pela disponibilidade. Antes de mais, podem apresentar a banda aos metalheads portugueses?
Bem, Pedro, nós somos os Sun of the Dying e somos Eduardo Guilló (vocal), Casuso (guitarra), Roberto Rayo (guitarra), José Yuste (baixo), David Muñoz (teclado) e Diego Weser (bateria). Prazer em conhece-te e obrigado pela oportunidade que nos dás para divulgar a nossa música! Obrigado!

O que vos motivou a iniciar esse projeto em 2013?
A banda tornou-se um projeto paralelo entre Casuso (Apocynthion) e Lavín (Cristal Moors). A ideia principal era começar a fazer um doom/death metal dos anos 90. Mas, à medida que o grupo crescia com mais membros, era óbvio que tínhamos que dar um passo para uma banda a tempo inteiro.

Qual o significado do nome da banda e como é que ele surge?
“Sol dos Mortos” é o nome do último sol do anoitecer na Cantábria, de onde são Lavin e Casuso. É também o Sol que foi visto nos dias de garoa. Gostamos do nome e achamos muito sugestivo.

Quais são as vossas principais influências, musical e liricamente?
Focados no doom dos anos 90, poderíamos dizer que My Dying Bride é a influência principal, mas também há Saturnus, Ahab, Tristania, Swallow The Sun e Paradise Lost. No aspeto lírico, escritores como Dylan Thomas, H.P. Lovecraft, Neil Gaiman ou Cormac McCarthy são a inspiração para compor estas letras sombrias, profundas e cruas como nós.

The Earth Is Silent é vosso segundo álbum. Como analisas a vossa evolução desde The Roar Of The Furious Sea?
A evolução tem sido longa desde o primeiro álbum The Roar Of The Furious Sea. O line-up alterou-se devido a circunstâncias pessoais, por isso temos um novo cantor e baixista. Se o primeiro álbum foi gravado rapidamente e com baixo orçamento, o segundo foi mais planeado, melhor produzido e realizado. Também The Earth Is Silent, foi concebido tomando o álbum anterior como referência e com o objetivo de superá-lo. Foi o que fizemos.

E quanto a esses novos membros, desde quando estão eles na banda? Já tiveram a oportunidade de cooperar no processo criativo?
Eduardo tornou-se vocalista quando o primeiro álbum foi lançado, e Yuste (baixo) vários meses depois. Tivemos um baixista durante os primeiros dias do grupo e gravação, e um segundo principalmente para apresentações ao vivo. Foi difícil, mas como temos um line-up estável, tudo é melhor e mais fácil. É claro que eles colaboram no processo criativo.

The Earth Is Silent foi incluído em algumas listas de melhores do ano. Esperava estas reações?
Não, para nós foi uma incrível surpresa. A receção deste álbum foi incrível e estamos muito satisfeitos com isso. Estamos totalmente satisfeitos com esta situação e por isso queremos começar os concertos para mostrar o nosso trabalho a todos vós!

Que outros projetos têm em mente realizar nos próximos tempos?
Antes de mais, fazer uma pequena tournée para apresentar The Earth Is Silent e depois compor e fazer mais espetáculos. É a vida de um músico!

Durante o último tiveram bastantes oportunidades para tocar ao vivo. O que está planeado para 2020?
Em 2020, a ideia é tocar o máximo possível, por isso estamos à procura de datas possíveis... e Portugal seria uma honra para nós.

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