Reviews: Magnum, Elegy Of Madness, Byfist, Traces, Edenbridge


Dance Of The Black Tattoo (MAGNUM)

(2021, Steamhammer/SPV)

Foi há três anos que os Magnum apresentaram The Valley Of Tears – The Ballads, uma compilação focada nos temas mais calmos e emotivos dos britânicos. Durante estes três anos uma ideia foi amadurecendo – uma compilação que apresentasse os Magnum tal como são: rockeiros e vibrantes. E o que faz deste lançamento algo especial é que a banda foi aos seus arquivos buscar gravações ao vivo raras e pouco conhecidas versões para rádio. Para este álbum, Tony Clarkin teve a oportunidade de remasterizar todos os 14 temas para um álbum que começa com as versões ao vivo de Black Skies e Freedom Day, até agora apenas disponíveis no DVD Escape From The Shadow Garden (e como bónus!), de onde também foram retiradas On A Storyteller’s Night e Dance Of The Black Tattoo. Merece, ainda, destaque a peça anti-guerra On Christmas Day e as faixas bónus incluídas em Sacred Blood Divine Lies: Phantom Of Paradise Circus e No God Or Saviour, num disco que é uma verdadeira obra de colecionador. [90%]



Live At Fusco Theater (ELEGY OF MADNESS feat. GIOVANE ORCHESTRA JONICA)

(2021, Pride & Joy Music)

Invisible World foi um álbum que não nos convenceu totalmente e, portanto, esperava-se o próximo passo dos Elegy Of Madness para aferir a sua capacidade. A resposta não tardou. O sexteto foi um dos projetos vencedores do Departamento da Cultura da sua cidade, Taranto e isso resultou na realização e na filmagem de um espetáculo especial com a orquestra local, a Giovane Orchestra Jonica conduzida por Fabio Orlando. E neste espetáculo realizado no dia 7 de fevereiro de 2020, ficou patente algo mais do que havia sido apresentado no álbum. Como se pode comprovar (ouvindo o CD e vendo o DVD) nas 17 faixas distribuídas por 83 minutos de Live At Fusco Theater.  [86%]



In The End (BYFIST)

(2020, Pure Steel Records)

Quando se ouve Universal Metal fica-se pasmado com a forma como os Byfist se apresentam no seu primeiro longa-duração. Isto é, de facto, metal. Universal! Sem contemplações, mas ainda assim, cativante. É aqui se sente que os Riot, definitivamente deixaram escola. Mas o pior vem depois. O álbum nem é mau e até tem diversos momentos com muita classe, como na aproximação épica aos Manilla Road em With This Needle I Thee Wed; ou alguns momentos onde os falsetes de Raul Garcia lembram os Sanctuary. E, claro, o destaque deve ser dado ainda a outros dois aspetos: a diversidade apresentada que transforma In The End num disco com algum dinamismo e no desempenho de Ernie B nos solos. Mas nos oito temas que compõem In The End faltam, essencialmente, fortalecer as melodias e, num caso ou outro, até falta a própria canção. Um caso típico de um disco de US power metal genericamente bem conseguido, mas que sai ligeiramente prejudicado ao nível de alguns pormenores. [75%]


 

Traces (NINE STONES CLOSE)

(2020, Freia Music)

Dignos representantes da cena neo-prog holandesa, os Nine Stones Close nasceram em 2008 como um projeto a solo de Adrian Jones (Numb, Lie Big, Jet Black Sea). A estreia discográfica aconteceu precisamente no ano de nascimento, com o álbum St Lo. Dois anos volvidos, o projeto, já na forma de um quinteto, lançou Traces pela ProgRock Records. Seguiram-se os álbuns One Eye On The Sunrise (2012, ProgRock Records) e Leaves (2016, Bad Elephant Music). Dez anos se passaram e os fãs de prog rock continuavam à procura de uma cópia física (principalmente em vinil) de Traces, o que levou o mentor a preparar uma reedição de aniversário dos 10 anos do seu lançamento original. E aí está o lançamento em vinil, via Freia Music, de um Traces completamente remisturado e remasterizado e com uma nova capa. A música, essa é claro que continua a ser prog rock de vanguarda da escola holandesa, mas que também segue as matrizes criadas por nomes como Marillion e Riverside. [88%]



The Chronicles Of Eden – Part 2 (EDENBRIDGE)

(2021, Steamhammer/SPV)

Depois da primeira retrospetiva lançada em 2007, The Chronicles Of Eden, os Edenbridge, verdadeiramente uma banda única no seu segmento, lança um segundo Best Of, a coincidir com a celebração do seu 20º aniversário. The Chronicles Of Eden Part 2 cobre álbuns que a primeira parte não. Mantendo a opção de escolha dos temas a recair nos seus fãs. E essa escolha, sem surpresa, abrangeu os maiores hits e os temas mais épicos. Depois, também há algumas novidades, como sejam as versões acústicas de Higher – aqui com uma abordagem jazzística - e Paramout, bem como a versão de Páscoa de Dynamind. São 150 minutos de belíssimas canções que elevam o symphonic metal a um patamar de grandiosidade com os anfitriões Sabine Edelsbacher e Lanvall, acompanhados pelos seus colegas e por algumas majestosas orquestras, a conduzirem os ouvintes pelos mais sumptuosos palácios musicais da sua carreira. Um disco para quem conhece e para quem quer conhecer. Um disco para poder ter junto os maiores momentos de uma banda única. Um disco para quem aprecia música de qualidade superior. [95%]

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