Entrevista: The Virus Project



Com tudo parado devido à pandemia sobrou tempo para a composição. Para a composição e para a solidariedade. Foi com isso em mente que Gregor Vogt, guitarrista dos Greydon Fields, juntou alguns veteranos da cena local de Essen para gravar um EP cujas receitas revertessem a favor dos fechados clubes locais. O resultado é o projeto The Virus Project e o EP We Are The Virus, disco que fica com outra marca histórica: é o último lançamento pela Roll The Bones Records. Confirmamos tudo isso com o guitarrista alemão.

 

Olá Gregor. Espero que tudo esteja bem contigo! Com tudo parado devido à pandemia, sentiste a necessidade de criar, certo? Foi este o motivo do nascimento deste projeto?

Olá Pedro! Eu estou bem obrigado. Sim, de alguma forma algo tinha que acontecer. Os nossos espetáculos com os Greydon Fields, a minha banda principal, foram quase totalmente cancelados em 2020. Isso deu origem à ideia de começar The Virus Project com amigos meus.

 

O principal objetivo com este EP é ajudar os clubes da tua região, em Essen e na região do Ruhr. Como funciona e como estão a ir as coisas?

Financeiramente, os clubes estão com as costas contra a parede, pois tiveram que fechar devido à pandemia. Tentamos ajudar tanto quanto podemos e muitos metaleiros apoiam a nossa campanha, mas é apenas uma pequena ajuda que podemos fornecer. Vendemos o EP exclusivamente no Bandcamp onde também podem definir uma doação voluntária, que então transferimos para os clubes locais. Até agora, mais de 1200 euros foram doados. Vamos torcer para que as coisas voltem ao normal em alguma altura. Outro confinamento até o final de janeiro acaba de ser decretado.

 

Como foi feita a escolha dos músicos que te acompanham neste projeto?

Todos eles fazem parte da cena metal local. Primeiro, perguntei a Markus Siegemund (baterista dos Wolfskull) e Frank Stellmacher (baixista nos Ghosther) se eles gostariam de se juntar ao projeto. Em seguida, trabalhamos primeiramente nas canções instrumentais e depois entramos em contacto com Björn Gooßes (vocalista dos The Very End e Harkon) e Olaf Reimann (vocalista dos Ra’s Dawn).

 

Trabalharam juntos ou foi feito tudo remotamente?

Desde que gravamos a bateria e os vocais, fui o único que contactei com os outros. Gravamos isso principalmente em sessões na sala de ensaios dos Greydon Fields. Fizemos o baixo e guitarra em casa. Não nos encontramos todos juntos por causa das restrições da covid. Em seguida, enviamos as gravações para o engenheiro de áudio, Dennis Koehne, que possui um estúdio profissional e que já trabalhou com bandas conhecidas de metal internacionais. Björn, dono da gráfica Killustrations fez o artwork.

 

Foi planeado, desde o início, ter dois vocalistas?

Na verdade, deveria haver apenas duas músicas com um vocalista. Era com Björn. Em algum momento, expandimos para quatro músicas e Olaf juntou-se ao grupo como o segundo vocalista, o que acabou por ser ótimo.

 

Além dos cinco membros da banda, ainda tens Martin Rosemann como convidado. Como se proporcionou essa oportunidade?

Martin é um amigo nosso e um veterano da cena local. Conheci-o por acaso numa loja de discos aqui em Essen. Perguntei-lhe se ele gostaria de tocar guitarra como convidado numa canção.

 

We Are The Virus é uma experiência para continuar ou é algo único?

Pretende ser apenas um projeto, mas muitas pessoas fazem essa pergunta. Parecem gostar.

 

Corre a notícia que este EP será o último lançamento da Roll The Bones Records. É verdade? Tem alguma coisa a ver com a pandemia?

Sim, é verdade. Mas não tem nada a ver com a pandemia. Apenas quero ter mais tempo para a composição e família.

 

Mais uma vez Gregor, muito obrigado pelo teu tempo! Queres deixar alguma mensagem para os teus fãs?

De nada e obrigado, Pedro! E a todos pelo apoio. Acima de tudo, permaneçam saudáveis. Para um 2021 melhor!

https://thevirusproject.bandcamp.com

https://www.facebook.com/TheMetalVirusProject

http://www.roll-the-bones-records.de/the-virus-project

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