Entrevista: Wheel



Durante oito anos apenas o álbum ao vivo Live At The Hammer Of Doom 2013 foi servindo para consolar os fãs dos Wheel. Mas a espera por um novo disco de originais acabou, finalmente, com o lançamento de Preserved In Time, um disco onde até o título traz associações a esse longo período sem novidades. Benjamim Homberger é o guitarrista de uma banda que consegue manter o mesmo line-up desde a sua formação e foi ele quem respondeu às nossas questões.

 

Olá, Benjamin, obrigado pela disponibilidade e parabéns pelo novo álbum Preserved In Time, que é lançado oito anos após o vosso último lançamento Icarus. Por que demoraram tanto para lançar esse novo álbum?

Olá, obrigado pelo convite! Sim, todos nós lutamos com eventos em tempo real, como paternidade, novos empregos, etc... mas também queríamos ter a certeza de que as músicas do álbum não seriam fillers. Ok, 8 anos ainda é muito tempo, eu sei...

 

Todas as músicas são recentes ou foram preservadas no tempo desde 2013/2014?

Deadalus é a mais velha. Acho que a partir de 2013 ou assim. As outras surgiram depois. Todas as músicas foram concluídas em 2016, acho eu... Fizemos uma pré-produção/demo em 2017 e então Arkadius saiu durante um ano. A gravação começou no outono de 2020 e terminamos Preserved In Time no início de 2021, logo depois do covid ter atingido o mundo.

 

Mas vamos concentrar-nos neste novo álbum. Como o definirias para os leitores que não vos conhecem?

É basicamente um álbum clássico do doom metal na senda de Solitude Aeturnus ou Trouble. Ao modo do início dos anos 90, sem stoner, death- ou hippie rock... Apenas DOOM METAL.

 

Em 2009 mudaram de nome. Porquê? Acham que Wheel está mais apropriado que Ethereal Sleep?

Sim, especialmente em territórios de língua alemã, onde as pessoas costumam ter dificuldade para pronunciar o “th” em inglês. E se tiveres que explicar o nome da banda repetidamente... é irritante.

 

Como se estabeleceu a ligação com a Cruz Del Sur Music?

Tocamos com os While Heaven Wept no Hammer of Doom Festival em 2013 e tive sorte de ter o seu guitarrista e o A&R da Cruz del Sur, Tom Phillips na minha lista de amigos do Facebook. Acabei por falar com ele, ele ouviu o álbum e gostou. Ele conversou com a editora e aqui estamos. É a minha editora de sonho, porque eu compro MUITAS coisas deles e eles têm um sentido apurado do que está em alta na cena underground do metal.

 

Lançaram algum vídeo para promover este álbum?

Há um lyric video de She Left In Silence no YouTube.

 

Preserved In Time foi misturado e masterizado pelo conhecido Dennis Koehne. Como foi a experiência de trabalhar com ele?

Uma palavra: profissional. A sério, o homem sabe fazer o seu trabalho. Tudo correu bem remotamente pela internet ou telefone. Estamos mais do que felizes. Fizemos alguns testes de mistura com outras pessoas, mas ele concentrou-se em como resolver um problema em vez de se queixar das horas.

 

Quais são os principais objetivos que gostariam de cumprir quando esta pandemia acabar?

Tocar ao vivo em alguns dos meus festivais favoritos: Hammer of Doom, Hell Over Hammaburg e Roadburn! Isso seria um sonho!

 

De momento, estás incluído em algum outro projeto?

Sim, mas nada que se possa falar por agora.

 

Só para terminar, não teremos que esperar mais oito anos pelo próximo álbum, pois não (risos)?

Espero que não (risos)! Não, a sério, já temos algumas músicas restantes das sessões de Preserved In Time e algumas novas... Planeio ter um sucessor pronto em 2-3 anos, prometo! Assim que pudermos ensaiar novamente, vamos pisar no pedal!

 

Obrigado, Benjamim. Queres enviar alguma mensagem aos vossos fãs portugueses?

Estou muito grato por todos que ouvem e gostam da nossa música! Quando era adolescente, tive o sonho de ter uma banda e um dia fazer um disco. Agora já é o nosso terceiro álbum e finalmente as pessoas parecem perceber, estamos lá! Isso é fantástico! Eu adoraria ir tocar ao teu país assim que esta pandemia acabe! Obrigado a todos!



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