Review: Eigenheid (:NODFYR:)


Eigenheid (:NODFYR:)

(2021, Ván Records)

[Lançamento: 05/março/2021]

 

A celebrar 10 anos de carreira, Eigenheid é o primeiro longa-duração dos :Nodfyr: e bem se pode dizer que mais vale pouco e bom. Porque, de facto, este sucessor do EP de 2017 In Een Andere Tijd mostra como é possível uma banda conseguir ser criativa e empolgante nos dias de hoje. Autenticidade é outro termo que pode ser perfeitamente aplicado aos holandeses que bebem da tradição, da história e da cultura da sua região a sua principal influência. E foi por isso que quando foi preciso introduzir elementos folk na sua música, pois bem, não chamaram um ou dois convidados, mas a totalidade dos Folkcorn, a mais importante banda folk da região. E, ainda para reforçar a tal componente de autenticidade, outro convidado é uma personalidade local ligada a toda a temática e que produz e apresenta programas relacionados com a cultura e tradições locais: De Ridders van Gelre. Dito isto, importa referir que tal de nada (ou pouco serviria) se toda essa envolvente conceptual viesse desprovida de qualidade musical. Mas não é isso que acontece. Para quem aprecia boas doses de metal carregado de momentos épicos, tem aqui um dos melhores registos dos últimos anos e ao nível do que melhor foi feito pelos Tyr, Falkenbach ou Bathory, embora, no caso dos :Nodfyr: a componente vocal seja sempre limpa e, em muitos momentos, com um espetacular registo tenor ao qual se adiciona, por diversas vezes, a etérea voz da convidada Tineke Roseboom. O que não deixa de ser curioso porque esse registo limpo cruza-se várias vezes com blast beats bastante intensos. Outra abordagem que o coletivo faz é a um doom clássico que, também ele, não se desvincula de uma áurea épica, lembrando, a espaços, os seminais Candlemass. Com boas ideias, um conceito criterioso, autenticidade, excelente músicos e canções envolventes e entusiasmantes, Eigenheid torna-se um disco obrigatório. [94%]

 

Highlights

Mijn Oude Volk, Wording, Bloedlijn, Nagedachtenis

 

Tracklist

1. Mijn Oude Volk

2. Gelre, Gelre

3. Wording

4. Driekusman

5. Bloedlijn

6. Zelf

7. Nagedachtenis

 

Line-up

Joris van Gelre –vocais

Mark Kwint – guitarras, baixo, backing vocals

Jasper Strik – teclados, backing vocals 

 

Convidados

Folkcorn – componente folk

Tineke Roseboom – vocais (soprano)

De Ridders van Gelre – personalidade local

 

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Edição

Ván Records   

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