Entrevista: Lipshok

Bem-vindos ao mundo dos Lipshok, coletivo norte americano que continua a surpreender pela sua abordagem musical e pela maneira única de contar histórias. Dizem que é pura magia, mas para nós o que Shadows Of A Dark Heart traz, é um passo em frente em relação a tudo o que a banda já fez, analisado seja por que prisma for. O mentor Scarlett Dark despendeu algum do seu tempo para nos falar deste álbum e de todas as alterações que ocorreram desde To Haunt A Quiet Realm.

 

Olá, Scarlett, obrigado pela disponibilidade e parabéns pelo novo álbum Shadows Of A Dark Heart. Como já foi lançado no final de 2020, como têm sido as reações até agora?

Saudações dos Lipshok e obrigado por esta oportunidade! No geral, as reações foram positivas. E alguns até entendem as histórias que gosto de contar. Alguns não entendem, mas tudo bem. Mas aqueles que realmente ouvem têm reações maravilhosas.

 

Chegaste a afirmar que este é um álbum onde a magia é real. O que pretendias afirmar?

Bem, para mim a magia é real. Quero dizer, tu podes afetar o mundo ao teu redor com o teu foco e concentração verdadeiros. E isso afetar-te-á de volta. E, enquanto compositor principal, estou sempre a ouvir as energias ao meu redor e a aplicar esses pensamentos na minha composição e é extremamente mágico... para mim de qualquer maneira...

 

Podes descrever este álbum para os nossos leitores que não vos conhecem?

Certo. Se gostam de histórias sobre universos alternativos, paisagens de sonho, mundos mágicos, dimensões diferentes, contos de fadas (e como eles podem ser verdadeiros) e reinos fantásticos, a música de Lipshok é para vocês! De vez em quando lançamos algo para a sociedade, como Answer The Call, que tem uma abordagem política e um ótimo vídeo.

 

Shadows Of A Dark Heart foi lançado quatro anos depois de To Haunt A Quiet Realm. O que fizeram durante esse período?

Boa pergunta. Tínhamos que encontrar o guitarrista certo de forma permanente. E conseguimos!! Massimiliano Maggiari foi uma dádiva de Deus com os seus talentos e perspetivas. E, claro, um desses anos foi aquela coisa pandémica traquina e que atrapalhou os nossos planos (risos).

 

Para este álbum, mantiveste a mesma metodologia de trabalho ou mudaste alguma coisa?

Na maioria das vezes sim, mas com Max (o que chamamos ao Massimiliano para abreviar) as coisas mudaram drasticamente já que temos mais um parceiro para escrever. Na verdade, uma das músicas do novo CD é uma colaboração entre nós os dois. Isso é uma coisa nova na composição dos Lipshok...

 

Este foi o teu primeiro lançamento pela Sliptrick Records. Como se proporcionou esta ligação?

Na verdade, já nos tínhamos encontrado após o lançamento do nosso último trabalho To Haunt A Quiet Realm. Desta forma, a Sliptrick esperou por nós para lançar um novo álbum e finalmente aconteceu. Trabalhamos com uma empresa de relações públicas chamada Metal Coffee, que nos ajudou a começar.

 

Desta vez, como foi a experiência em estúdio?

O trabalho de estúdio é sempre difícil e, ao mesmo tempo, muito gratificante! Com a pandemia em mãos, tivemos que ir um pouco mais devagar do que o normal, mas definitivamente tentei coisas que nunca tinha feito antes em termos de teclados e canto. Estou sempre a tentar melhorar o meu desempenho e, claro, no final, estou apenas a acompanhar todos na banda (risos)!

 

Todas as tracklists citam um álbum de 8 faixas. Porém, a versão a que tivemos acesso continha 11 faixas. Quais são essas três canções extras?

As três músicas extras são de álbuns anteriores que têm vídeos e/ou são apenas as minhas favoritas. Tomei a prioridade e disse “vamos colocar algumas das minhas favoritas aqui com o resto dessas coisas!! Por que não?"

 

Neste álbum tens alguns convidados. Podes apresentá-los?

Na verdade, o único convidado neste álbum é o nosso engenheiro que tocou um solo de teclado muito fixe no final de Unknown. Mas no álbum de 11 músicas, temos Glen Avelais (de Testament e Forbidden) a tocar as partes de guitarra em Bad Place e The Unwinding e Art Cox (do álbum dos Lipshok: The Soul Of A Broken Mind) em Path Of Stone.

 

Obrigado, Scarlett. Queres enviar alguma mensagem para os teus fãs ou acrescentar algo mais?

Certo. Para quem o fez, obrigado por ouvirem; para aqueles que não o fizeram, de que é que estão à espera? Não sabem o que estão a perder. Mas, como sempre, obrigado por todo e qualquer apoio. A música é algo que sou obrigado a fazer e, se alcançar os outros, então alcancei um propósito de vida.



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